ACERVO VIRTUAL HUBERTO ROHDEN E PIETRO UBALDI

Para os interessados em Filosofia, Ciência, Religião, Espiritismo e afins, o Acervo Virtual Huberto Rohden & Pietro Ubaldi é um blog sem fins lucrativos que disponibiliza uma excelente coletânea de livros, filmes, palestras em áudios e vídeos para o enriquecimento intelectual e moral dos aprendizes sinceros. Todos disponíveis para downloads gratuitos. Cursos, por exemplo, dos professores Huberto Rohden e Pietro Ubaldi estão transcritos para uma melhor absorção de suas exposições filosóficas pois, para todo estudante de boa vontade, são fontes vivas para o esclarecimento e aprofundamento integral. Oásis seguro para uma compreensão universal e imparcial! Não deixe de conhecer, ler, escutar, curtir, e compartilhar conosco suas observações. Bom Estudo!

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sexta-feira, 30 de maio de 2014

O CONHECIMENTO

Comentário(s)

Existem dois tipos de heróis: o herói do medo e o herói da fé. O herói do medo lança-se ao perigo por nada mais ter a perder; o herói da fé busca a aventura por saber que tem tudo a ganhar.

O herói do medo é compelido à luta pelo desespero, o herói da fé é impelido à luta pela própria fé.

O herói do medo atira-se isento de qualquer raciocínio ao perigo, e não sabe se dele sairá vivo ou morto; o herói da fé para além do raciocínio obedece a sua intuição, e lança-se à aventura do Infinito, na certeza absoluta de que nela encontrará a vida.

Não se pode, porém, ignorar o perigo dos últimos passos da atual jornada evolutiva dos ser humano. É verdade que a esta altura estás próximo de Deus ou de uma concepção maior ou mais plena de Deus, mais ainda não estás plenamente realizado, ainda te é possível estacionar, marcar passo, se não fores suficientemente corajoso e fiel a ti mesmo; ainda te é possível confiar mais nos teus artificialismos do que na tua divindade interior. Se assim procederes, não verás a Canaã de teus sonhos, tua auto-realização será indefinidamente adiada, e sua conquista exigirá de ti mais esforços, mais trabalho, mais sofrimento.

Nesse instante supremo de nosso trânsito, de nossa jornada rumo ao super-homem, mais do que nunca é necessário que confiemos e ousemos.

Só os que confiam, ousam, só os que ousam, vencem.

Delfos 
(Livro: O Canto da Vida)

sexta-feira, 23 de maio de 2014

OLHOS DE VER

Comentário(s)

De que maneira vês tu o mundo? De que maneira vês tu a vida? Para alguns, a vida é um devaneio e o mundo um parque de diversões; para outros, a vida é um tormento e o mundo um vale de lágrimas; para outros, ainda, a vida é um curso cósmico e o mundo uma escola.

Em que grupo te situas? Estarás dentre aqueles que se divertem, entre aqueles que matam o tempo, entre aqueles que se alienam voluntariamente, para não enlouquecerem compulsoriamente, ou te situarás entre aqueles cuja vida é um contínuo e eterno aprendizado, entre aqueles que buscam fazer do transitório o eterno ser? Se estiveres entre os que se divertem, sabe que, um dia, serás compelido a entrar em ti mesmo, serás como o filho pródigo ao menos pelo salário devido aos diaristas de teu pai; passarás, então, das diversões para a conversão. O homem que se diverte alheio a si mesmo, não consciente de sua unidade com o Cosmos, é como folha solta ao vento; o homem que se converte sabe que é uno com toda a vida e que a vida é parte dele; as diversões são as caricaturas da felicidade, a conversão é a felicidade sem caricaturas e sem ilusões.

Como funciona a acústica de tua alma? Como te situas entre os viajores do mundo? Como quem nada percebe, como quem tudo percebe à luz dos seus caprichos pessoais, ou como quem tem sede de Infinito e sabe aquietar-se para Lhe adivinhar os lampejos entre todas as coisas ? Se nada percebes, és como alguém que caminha às tontas, olhos e ouvidos vedados, todos os sentidos paralisados. Esse alguém pensa que vive mas, na realidade, apenas existe; se percebes de acordo com os teus caprichos pessoais, então, é necessário que estabeleças uma diferença nítida entre conceber e perceber. Quem apenas concebe é alheio à realidade, porque a realidade para ele há de amoldar-se aos seus interesses; quem, sobretudo, percebe está enquadrado na realidade, porque para ele a realidade está acima do seu ego físico, mental e emocional. 

É evidente que tuas percepções não estarão de todo libertas de tuas concepções ENQUANTO FORES APENAS UM HOMEM; no entanto, quanto mais nitidamente perceberes, mais verdadeiramente conceberás, quer dizer, quanto mais a realidade te surgir tal qual é, e quanto mais se abrirem os teus canais de percepção, tanto mais as tuas concepções individuais serão, gradativamente, substituídas pelas concepções universais.

A palavra é um dos mais preciosos e perigosos dons; com a palavra podes ferir ou curar, com a palavra podes perturbar a evolução ou acelerá-la. De que maneira falas: como quem pontifica ou como quem edifica? Se falas como quem pontifica, prepara-te para as mais angustiosas decepções, porque todos os “pontífices”, com suas verdades definitivas, serão reduzidos a zero, mas, se falas como quem edifica, ajudas a ti mesmo e ao próximo, porque desenvolves a tua Natureza Divina e estimulas a Natureza Divina em quem te ouve.

Para onde te levam os pés, para as alturas ou para os abismos? Onde caminhas: na montanha ou na planície? Se teus pés te conduzem às alturas, bem aventurado és; se te levam aos abismos, quão difícil te será mais tarde reconquistar as alturas...

Os pés são como material de escoamento de todas as tuas impurezas astrais; teus pés te fazem ficar ereto e também te ajudam a libertar-te das sujidades psíquicas que o caminho evolutivo ou os atritos com o mundo acumulam em tua aura. Lavar os pés no sangue do coração para poderes permanecer ereto na presença dos Mestres ou na presença do Mestre dos Mestres, que está em ti, é aceitar os desafios do dia-a-dia, é crescer a cada evento, a cada problema, ou a cada acontecimento alegre ou triste. Aprende a lavar os pés no sangue do coração e todo o teu ser ficará limpo.

Delfos

quarta-feira, 21 de maio de 2014

TENTANDO ROMPER O VÉU DO INVISÍVEL

Comentário(s)

Há entre mim e o Infinito um véu,
Tenuíssimo como teia de aranha.
Para além desse véu adivinho e entrevejo
Estupenda Realidade,
Anônima,
Amorfa,
Incolor,
Tese e Síntese de tudo quanto é,
Foi e será...
É o infinito “Aqui”,
O eterno “Agora”,
O absoluto “Todo”,
O “Ser” universal...
Há entre mim e o Infinito um véu...
E eu, impaciente, sacudo esse véu,
Procuro corrê-lo,
Rompê-lo,
Para contemplar a Realidade além...
Desvendar o mistério do Cosmos...
Mas ai! que essa teia de aranha
É rija muralha de granito,
Erguida entre mim e Ti,
Senhor!...
Entre mim, esse insatisfeito bandeirante,
E Ti, o eterno Incognoscível...
Qual cão faminto anda minha alma rondando,
Rondando, dia e noite,
O inexpugnável castelo
Da tua opulência...
Ansiosa por apanhar uma migalha
Do lauto festim da tua plenitude...
Mas ai! Que as migalhas
Que caem da tua mesa,
Depois de saboreadas por minha alma,
Acendem em mim uma fome voraz,
Uma ânsia imensa de migalhas sem fim,
E sem medida,
Dos teus divinos banquetes...
E eu vitupero minha alma,
Porque saboreou tão avidamente
Um átomo da tua infinita opulência,
Porque sorveu uma gota
Do Oceano sem praias
Da tua Divindade...
Por que, minha alma, saboreias aquilo que,
Depois de saboreado,
Te ateia no íntimo novos incêndios
De fome?
Veementes tempestades de amor?...

Por que é, Senhor, que a posse de Ti
Me torna mais consciente a falta que tenho
De ti?...
Por que é, Senhor, que,
Quanto mais te possuo
Mais te procuro?...
Quanto mais te saboreio
Mais fome tenho de Ti?...
Quanto mais te gozo
Mais sofrido me sinto de Ti?...
Quanto mais saúde tenho em Ti
Mais doente agonizo longe de Ti?...
E, no entanto, não consigo
Divorciar-me de Ti,
Meu dulcíssima Amargura...
Meu Inimigo querido...

Que seria de minha vida
Sem esse inferno celeste,
Sem esse céu infernal?...


Não, não quero romper esse véu
Dessa mística tanscendência,
Dessa fascinante longinquidade,
Que me separa de Ti,
Senhor!...
Quero viver para sempre nessa transcendência
Do mistério,
Contanto que a imanência do Amor
Mantenha aceso em mim
O fogo sagrado que arde sem cessar
Em mim...

(Escalando o Himalaia - Huberto Rohden)


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