ACERVO VIRTUAL HUBERTO ROHDEN E PIETRO UBALDI

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sábado, 27 de agosto de 2016

Uma Janela para o infinito: O que é o perispírito?

Comentário(s)

1) INTRODUÇÃO
"Se não se explicar tudo muito depressa a humanidade não acreditará em nada mais". 
(Pietro Ubaldi, O Sistema, Conclusão, p. 276).
Antes de adentrarmos no assunto específico de que trata este artigo, o perispírito, o corpo semi-material que envolve o corpo físico e que igualmente reveste o espírito, matriz da matéria orgânica, corpo sutil que serve de ponte entre a matéria condensada e o espírito imortal, façamos breves comentários acerca de sua evolução ao longo da escalada humana, para que, ao término, entendendo a finalidade, funcionamento e a dinâmica do psicossoma, possamos compreender que tudo é Espírito e "o princípio das coisas está nos segredos de Deus". (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Pergunta 49).
Remontando nossa trajetória, volvamos aos tempos idos, onde a matéria rudimentar iniciava o seu processo de ascensão. O Princípio Divino vertido na matéria densa protagonizou a jornada de evolução após ter invertido negativamente sua polaridade positiva, contraindo-se e desencadeando o processo de queda ou de involução:
"É licito considerar-se espírito e matéria como estados diversos de uma essência imutável, chegando-se dessa forma a estabelecer a unidade substancial do Universo. Dentro, porém, desse monismo físico-psíquico, perfeitamente conciliável com a doutrina dualista, faz-se preciso considerar a matéria como o estado negativo e o espírito como o estado positivo dessa substância". (Emmanuel, Emmanuel, Capítulo XXXIII, p. 170).
"O espírito não é inimigo, oposto, à matéria: é a continuação da matéria". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo XI, p. 124).
"O trajeto de ida ou descida, que forma a queda, significa um processo de curvatura do estado cinético que constitui o espírito, no estado cinético que constitui a matéria". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo XII, p. 150).
"Não se trata, com efeito, entre matéria e espírito, de substâncias diferentes, mas apenas de formas diferentes da mesma substância. Elas são contíguas e conjuntas e, portanto não se pode reconstruir o espírito senão retransformando a própria substância, do seu estado de matéria em seu estado de espírito". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo XVIII, p. 234).
1.1) DO ÁTOMO AO ARCANJO
MONISMO FÍSICO-PSÍQUICO. ESPÍRITO E MATÉRIA, estados diversos de uma essência imutável. Eis o princípio da descida consciencial, magistralmente relatado por Pietro Ubaldi em sua inigualável obra, contudo, revelado desde os mais antigos contos mitológicos e orientais, nas parábolas das diversas religiões, bem como na resposta cristalina à pergunta 540 de O Livro dos Espíritos que desvendando os mistérios da evolução, ensina: "É assim que tudo serve, que tudo se encadeia na Natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo que também começou por ser átomo".
O QUE O ARCANJO ESTAVA FAZENDO DENTRO DO ÁTOMO? A pergunta é pertinente, porque a evolução desenvolve o menos a partir do mais, que no menos existe em potencialidade ou em latência. O menos não é capaz de desenvolver o mais por soma ou agregação, mas por desenvolvimento do que nele já existe em germe, à semelhança da semente e da árvore. Se o arcanjo estava no átomo nos primórdios da evolução é porque algo aconteceu antes disso! E esta é uma das preocupações ou conjecturas de alguns cientistas, que questionam e buscam respostas ao que teria antecedido ao Big Bangque representa, no estágio atual do nosso conhecimento científico, a gênese da matéria, do espaço, do tempo e do nosso universo:
"Mas a pergunta permanece. Quando postulamos um instante finito de criação, é sempre possível perguntar: o que existia antes da criação, antes do big-bang?" (Dr. Amit Goswami, A Janela Visionária, Capítulo Cinco, p.23). (Itálicos do autor).
“O mais é apenas a explosão de um mundo fechado em si mesmo, mas que já continha tudo em potencial”. (Pietro Ubaldi, A Grande Síntese, Capítulo 29, p. 90).
"Colocada por Deus no caminho da vida, como o discípulo que termina os estudos básicos, a alma nem sempre sabe agir em correlação com os bens recebidos do Criador, caindo pelo orgulho e pela vaidade, pela ambição ou pelo egoísmo, quebrando a harmonia divina pela primeira veze penetrando em experiências penosas, a fim de restabelecer o equilíbrio de sua existência". (Emmanuel, O Consolador, Pergunta 248). (Os grifos são nossos).
"Disso resulta que se pode existir de dois modos, ou seja, a vida pode assumir duas formas. A primeira é a do Sistema. Podemos representá-la como a de um organismo são, com funcionamento sempre perfeito, sem mutações. A segunda é a do Anti-Sistema. Podemos imaginá-la como a de um organismo doente de transformismo, para o qual o existir só é possível à custa de um tornar-se contínuo, que o modifica sem tréguas, para o qual tudo deve sempre nascer, desenvolver-se e morrer". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo XII, p. 137). (Os grifos são nossos).
"Os filhos de Deus só podiam ser livres e conscientes, aceitando permanecer na ordem só por livre adesão". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo III, p. 39).
"Todavia, a liberdade é tal, que contém a possibilidade do arbítrio e do abuso, o que significa poder quebrar a unidade orgânica do Sistema". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo III, p. 40).
1.2) - A PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO
Jesus, o Augusto enviado de Deus, ciente da nossa pobreza moral, procurando traduzir a nossa condição espiritual, contou-nos uma parábola (Lucas, 15:11 a 32), que nos remetia a um reino distante onde um Pai amoroso e bom, vê partir um filho amado, imaturo e impulsivo, para uma terra longínqua, onde, vivendo dissolutamente, dissipa todos os bens que havia herdado. Padecendo extremas necessidades, chega a desejar o alimento dos porcos. Caindo em si, após tanto sofrer, levanta-se e resolve voltar à morada paterna. Ainda quando estava longe viu-o seu Pai, que o recebe com alegria e íntima compaixão. O filho diz: "Pai, pequei contra o céu e perante ti e já não sou digno de ser chamado teu filho" e o Pai misericordioso e magnânimo entre tantas palavras amorosas e doces ressalta: "Este meu filho estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado".
A parábola do Filho Pródigo é a nossa própria história em sua faceta de involução ou queda, e de ascensão ou evolução:
"Filhos pródigos, abandonai vosso exílio voluntário; voltai vossos passos para a morada paterna: o pai vos estende os braços e mantém-se sempre pronto para festejar vosso retorno à família". (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Comentários de Lammenais, Pergunta 1009). (Os grifos são nossos).
"Nosso pai é justo e bom. Todos somos filhos pródigos; voltemos à casa paterna". (J. B. Roustaing, Os Quatro Evangelhos, Tomo Primeiro, Item 14, p. 168).
"Não foi uma queda em sentido espacial, mas foi demolição de valores, inversão de qualidades, descida de dimensões, ou seja, contração de tudo isto, através de uma progressiva inversão de valores positivos originários, até que se tivessem todos transformado no sentido negativo". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo III, p. 44). (Os grifos são nossos).
1.3) ANTES DO ÁTOMO
Antes do átomo, movimentamo-nos equivocadamente, em relação à mobilidade ordenada, em perfeita obediência à disciplina da Lei, existente no Sistema, contraindo a nossa consciência até a densificação em estado de matéria, originando o Anti-Sistema, morrendo para a verdadeira vida:
"A substância da vida é expressa pela consciência de existir. A substância da morte é dada pela perda dessa consciência". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo XVI, p. 211).
"Que é, com efeito, o culpado? É aquele que por um desvio, por um falso movimento da alma, se distancia do objetivo da criação, (...)." (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Comentários de Paulo, Apóstolo, Pergunta 1009). (Os grifos são nossos).
"Que é o castigo? A conseqüência natural, derivada desse falso movimento; uma certa soma de dores necessária a desgostá-lo da sua deformidade, pela experimentação do sofrimento. (...). O castigo só tem por fim a reabilitação, a redenção". (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Comentários de Paulo, Apóstolo, Pergunta 1009). (Os grifos são nossos).
"Então, a única coisa que podia mudar com a revolta era a forma do movimento, ou seja, uma direção diferente que a criatura livre quis dar àquele impulso originário, ao menos até onde foi possível no âmbito de seu domínio. Eis então que o movimento geral ordenado do Sistema, que antes da revolta só se dava na dimensão infinito, congelou-se na parte doente da desordem, encarcerando-se em dimensões cada vez mais fechadas sobre si mesmas pela involução, contraindo-se cada vez mais até às nossas dimensões espaciais". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo XII, p. 141). (Os grifos são nossos).
"O movimento, portanto, é o denominador comum de todos os fenômenos. Os próprios fenômenos, como tais, são um movimento, desde que são constituídos por um transformismo. Isto teve início com a revolta, já que nesse momento teve início o movimento da involução, que depois continuaria com o de evolução. Explica-se dessa maneira, como tenha nascido - e qual o impulso que originou - o transformismo fenomênico, este que é o modo de existir em nosso universo". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo XII, p. 136). (Os grifos são nossos).
"A essência da queda não é, portanto, um ato de punição, mas o afastamento de Deus, desejado pela criatura, que tem fatal necessidade de subir novamente a Ele, se quiser reencontrar a vida". (Pietro Ubaldi, Deus e Universo, Capítulo X, p. 137).
"O afastamento da Lei é o que se chama: erro, a reação da Lei ao erro é o que se chama: dor". (Pietro Ubaldi, Queda e Salvação, Introdução, p. 31).
"A medida da dor é estabelecida pela medida do erro". (Pietro Ubaldi, Queda e Salvação, Capítulo 06, p. 141).
"A dor existe como método de ensino e educação na escola dos primitivos". (Pietro Ubaldi, Queda e Salvação, Capítulo 06, p. 133).
"É verdade que com a revolta nasceu a desordem, mas sem sair da ordem, nasceu o caos, mas sempre controlado por Deus, nasceu o mal, mas só como sombra do bem". (Pietro Ubaldi, Queda e Salvação, Introdução, p. 24).
1.4) APÓS O ÁTOMO
Após o átomo, lançamo-nos em processo de expansão, secundado pela vibração divina, até nos situarmos a meio caminho, na fase hominal, onde por decisão interior e livre, nos levantaremos e corrigindo trajetórias, buscaremos, mais cedo ou mais tarde, a senda do Reino Divino onde certamente nos alegraremos e regozijaremos na unidade do Espírito: "Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade". (João,17:23).
"Então, o átomo se quebra e a evolução, que é caminho de regresso, torna a levar à distensão cinética o movimento que se curva sobre si mesmo. Assim as trajetórias fechadas no átomo abrem-se para a saída dos elétrons, que se lançam livres no espaço, gerando um novo modo de ser da substância: a energia.
Podemos, dessa forma, compreender o significado profundo do fenômeno da radioatividade: ele representa o primeiro passo no caminho do regresso, com a passagem da fase matéria à fase energia. Representa o primeiro arranco da distensão cinética para libertar o movimento das formas fechadas das trajetórias do átomo. Representa o primeiro golpe da destruição das construções do Anti-Sistema (átomo, matéria), para a reconstrução do Sistema destruído com a revolta. Entramos na fase energia, da qual, mais tarde, se passará à do espírito". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo XII, p. 149). (Os grifos são nossos).
"O conceito de evolução implica o de expansão e crescimento, o que implica a idéia de um ponto de partida do "menos", isto é, no negativo, que tende a atingir um ponto de chegada no "mais", ou seja, no positivo". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo XVI, p. 201).
"Os Espíritos que alcançaram o grau supremo de perfeição, depois de passarem pelo mal, têm menos mérito que os outros, aos olhos de Deus? - Deus contempla os transviados de igual maneira, e os ama com o mesmo coração. São chamados maus, porque sucumbiram; (...)". (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Pergunta 126). (Os grifos são nossos).
1.5) INDIVIDUALIDADE E TOTALIDADE
Somos imagem, semelhança do Pai, fomos gerados tal qual miríades de luz divina, imortais, sábios em cada uma das funções que empreendíamos no sistema divino, relativamente perfeitos, livres para escolher: a Individualidade, gerando o egocentrismo egóico, o mal, o caminho longo, que nos afasta do Pai, involução e evolução, ciclo de contração e posterior expansão da consciência, com a reconquista do que estava em estado de germe, ou a Totalidade, a entrega à vontade divina, o egocentrismo altruísta, o bem absoluto desde o princípio, o caminho curto, que nos integra imediatamente a perfeição infinita:
"A sabedoria de Deus está na liberdade que ele deixa a cada um de escolher, porque cada um tem o mérito de suas obras". (Allan Kardec, O Livros dos Espíritos, Trecho da Resposta à Pergunta 123).
"E, se Deus é perfeito, donde nasceu e como se justifica entre nós a imperfeição, o erro, o mal, a dor, etc.? Como podem as trevas ter nascido da luz, da vida a morte, e tantas negações do existir, quando a suprema qualidade de Deus é afirmação?" (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo V, p. 67).
"Oh! Digo-vos em verdade, cessai, cessai de colocar em paralelo, na sua eternidade, o Bem, essência do Criador, com o Mal, essência da criatura; (...)". (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Comentários de Paulo, Apóstolo, Pergunta 1009). (Os grifos são nossos).
"No estado de perfeição dos espíritos que aderiram à Lei, só há uma liberdade possível: a da absoluta adesão à Lei, que é a vontade divina, adesão livre e espontânea, querida e consciente. Por este motivo, os espíritos rebeldes deveriam ter obedecido e, como desobedeceram, caíram". (Pietro Ubaldi, Deus e Universo, Capítulo X, p. 133).
"Jesus disse-lhes: A minha vontade é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra". (João, 4:34).
"Assim, também a queda teria sido progressiva, por sucessão de filiações, que não derivam de Deus e depois dos elementos puros do Sistema, mas derivam dos espíritos rebeldes. A propagação desse impulso invertido, ao invés de gerar, como na criação dos círculos de ordem, no seio do Sistema, gerou por filiação invertida os círculos da desordem, no seio do Anti-Sistema". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo XIX, p. 251).
"O mal não pode ter sido criado por Deus, porque se assim tivesse acontecido teria que ser tal como a substância Dele, isto é eterno e indestrutível". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo XII, p. 158).
"Das mãos de um Deus perfeito não pode sair uma obra imperfeita, cheia de erros, males e dores, como é nossa atual criação". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo VI, p. 75).
"Uma vez que há Espíritos que, desde o princípio, seguem o caminho do bem absoluto e outros, o do mal absoluto, deve haver, sem dúvida, degraus entre esses dois extremos? - Sim, certamente, e é a grande maioria dos Espíritos". (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Pergunta 124). (Os grifos são nossos).
"Os Espíritos que seguiram o caminho do mal poderão alcançar o mesmo grau de superioridade que os outros? - Sim; porém, as eternidades serão para eles mais longas". (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Pergunta 125). (Os grifos são nossos).
O Espírito pode ser visto constituído de dois grandes princípios complementares: a Individualidade e a Totalidade. A totalidade pode também ser descrita como o Todo-Uno-Deus. Simbolicamente Eva e Adão. Na queda ou involução, não houve degenerência, mas tão somente escolha e movimento. Ao escolher a individualidade, o ser deixa de se alimentar da totalidade, contraindo a consciência, criando o ego, uma distorção da consciência real, passando a alimentar-se daquilo que é externo, a matéria, o tempo e o espaço, a relatividade. Simbolicamente a Serpente e a Maçã. O ser transforma-se num verdadeiro ovóide, a diferença em relação à primeira queda e que dependendo do impulso de afastamento ou revolta, a consciência em contração, ultrapassa a barreira da monoidéia e vai às antípodas, ao não ser, onde tudo fica em estado de germe, nada se perde, a totalidade, a divindade, pemanecem nas entranhas do ser, no inconsciente, aguardando momento de escolha propícia, para o desenvolvimento: "Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá". (Efésios, 5:14). "Eu disse: sois Deuses". (João, 10:14). Na redução da vibração do Espírito, surge a energia, na contração máxima, a matéria:
"(...) o desmoronamento tenha consistido numa contração individual de cada elemento. (...) por retrocesso íntimo de cada um, mediante contração". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo XX, p. 265). (Os grifos são nossos).
"Chama-se a este processo involução. Podemos assim explicar-nos como nasceu a matéria e porque o nosso universo assumiu uma forma material. E também é só assim que podemos explicar como, chegado ao fundo do caminho da descida involutiva, tenha podido nascer e desenvolver-se aquele processo inverso, em que estamos situados e que se chama evolução". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo III, p. 43). (Os grifos são nossos).
"De tal forma que energia e matéria poderiam ser consideradas como estados de progressiva corrupção ou decadência do estado perfeito de espírito, e este seria então o sentido que deveríamos dar à palavra queda". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo XX, p. 268). (Os grifos são nossos).
1.6) PONTO DE CHEGADA E PONTO DE PARTIDA
Entre os extremos: os espíritos, que não caíram, permanecendo no sistema ou paraíso divino, fora do espaço-tempo, pois desde o princípio seguiram o caminho do bem absoluto e os que por impulsos, contrário a totalidade, chegaram à contração máxima, a matéria em estado mais denso, manifestando-se na dimensão tempo e espaço. Existem degraus quase infinitos, propiciando a criação e desenvolvimento de diferentes mundos, aparelhados para a transformação paulatina da consciência: "Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar". (João, 14:2). Essas moradas vão desde múltiplos universos, mundos fluídicos, espirituais e físicos até as moradas íntimas ou níveis conscienciais.
As consciências que sofreram maior densificação ao acordarem depois do processo de evolução determinística: na fase mineral, vegetal e animal, desenvolvem na fase humana, o livre arbítrio, tornando-se co-criadores em plano menor, mas já encontram o universo, os mundos, as colônias espirituais, em pleno desenvolvimento, mundos nascentes, em franco progresso e em fase de extinção, tal qual acontece conosco. Isso se deve ao fato de que, como a queda dimensional ocorreu devido a impulsos íntimos, baseado na individualidade, cada ser foi até o limite consciencial máximo, onde os estímulos de contração se esgotaram, dando inicio ao movimento contrário, à expansão ou à evolução. Daí os infinitos níveis conscienciais e os diversos mundos. Do espaço ao átomo, ao anjo, cada ser, de degrau em degrau, volta do exílio voluntário à casa paterna, ao absoluto, servindo, construindo e co-criando a partir do patamar onde houve o despertar, aparelhando, preparando "lugares" para os que ficaram a retaguarda e sendo beneficiado pelos que seguem a sua frente. Uma grande caravana, interligada por uma hierarquia entrelaçada, em movimentos sincrônicos, com interações locais e não locais, em processos contínuos e descontínuos:
"Por uma lei de inércia, que é verdadeira também no campo moral, pela qual uma massa, como uma idéia, continua a avançar na direção em que foi lançada, enquanto não encontrar uma força que a desvie ou um atrito que a freie, (...)". (Pietro Ubaldi, Deus e Universo, Capítulo X, p. 121).
"E tanto mais assim acontece, porque revolta significa resistência e, portanto, atrito, que é o que desgasta o elemento rebelde, esgotando-lhe o impulso individual". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo XII, p. 149). (Os grifos são nossos).
"Então, nem todos os seres teriam decaído até o estado de matéria, mas podem tê-lo feito até círculos ou planos de existência mais altos, menos involuídos". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo XIX, p. 253).
"Desse modo, o trajeto evolutivo que cada ser tem de percorrer para reentrar no Sistema não é igual para todos, mas é proporcional para cada um deles à profundidade alcançada com a própria queda". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo XIX, p. 253).
"Ficai sabendo que teu mundo não existe de toda a eternidade e que, muito antes que ele existisse, já havia Espíritos que tinham atingido o grau supremo". (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Resposta à Pergunta 130).
"Pai aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me hás amado ANTES DA CRIAÇÃO DO MUNDO". (João,17:24).
"Tudo se encadeia na Natureza por laços que não podeis ainda compreender, e as coisas, as mais díspares na aparência, têm pontos de contato que o homem não chegará jamais a compreender no seu estado atual". (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Trechos da Resposta a Pergunta 604).
"Os Espíritos são iguais ou existe entre eles uma hierarquia? - São de diferentes ordens, segundo o grau de perfeição ao qual chegaram". (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Pergunta 96). (Os grifos são nossos).
Seguindo os raciocínios que estamos desenvolvendo, considerando os patamares da viagem evolutiva, poderíamos dizer chegaram ou partiram:
"Os anjos hão percorrido todos os graus da escala? - "Percorrem todos os graus, mas do modo que havemos dito: uns, aceitando sem murmurar suas missões, chegaram depressa; outros, gastaram mais ou menos tempo para chegar à perfeição". (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Resposta à Pergunta 129).
"Todavia, o princípio soberano de unidade absorve as variações, crendo nós que, sem perdermos a consciência individual no transcurso dos milênios, chegaremos a reunir-nos no grande princípio da unidade, que é a perfeição". (Emmanuel, Emmanuel, Capítulo XXXIII, p. 171).
"A Lei dirigindo-os todos por um mesmo princípio, leva-os para a unidade". (Pietro Ubaldi, Queda e Salvação, Capítulo 05, p. 123).
A ascensão é também questão de foro íntimo, inalienável, movimento de retorno, escolha, livre arbítrio:
"Os Espíritos são bons ou maus por natureza, ou são eles mesmos que se melhoram? - São os próprios Espíritos que se melhoram e, melhorando-se, passam de uma ordem inferior para uma ordem superior". (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Pergunta 114).
1.7) AS OUTRAS QUEDAS
Se depende de cada um se melhorar, a dualidade interior, que todos nós sentimos, o confronto permanente entre as tendências perversas do pólo negativo oriundas da essência da criatura e do bem, manifestação essencial do Criador, pode nos levar a novos equívocos, a quebra da harmonia divina pela segunda, terceira, quarta, quinta ou mais vezes, provocando quedas conciensciais variadas, durante o longo período em que a evolução se desenrola, quedas psicológicas, reencarnatórias, espirituais, planetárias e fenômenos de maior monta, como a segunda queda ou a queda do homem, que ocorre logo após a passagem, da essência espiritual, da forma animal para a forma humana, quando o ser alcança novamente o livre arbítrio, e que pode, a partir daí, evoluir, com a assistência dos espíritos prepostos, em linha reta moral, pelos mundos fluídicos ou colônias espirituais, mas devido o retorno do impulso de revolta ou de egocentrismo egoísta, causador da queda primordial, cai em encarnações e reencarnações provacionais, proporcionais ao engano cometido, fragmentando a vida, em dois pólos, a vida encarnada e a existência além túmulo, tal qual acontece conosco:
"Desde o início de sua formação, goza o Espírito da plenitude de suas faculdades? - Não, pois que para o Espírito, como para o homem, também há infância. Em sua origem, a vida do Espírito é apenas instintiva. Ele mal tem consciência de si mesmo e de seus atos. A inteligência só pouco a pouco se desenvolve". (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Pergunta 189).
"Chegado deste modo à condição de Espírito formado, de Espírito pronto para ser humanizado se vier a falir, o Espírito se encontra num estado de inocência completa, tendo abandonado, com os seus últimos invólucros animais, os instintos oriundos das exigências da animalidade.
A estátua acabou de receber as formas. Sob a direção e a vigilância dos Espíritos prepostos, o Espírito formado se cobre dos fluidos que lhe comporão o invólucro a que chamais - perispírito, corpo fluídico que se torna, para ele, o instrumento e o meio ou de realizar um progresso constante e firme, desde o ponto de partida daquele estado até que haja atingido a perfeição moral, que o põe ao abrigo de todas as quedas; ou de cair, caso em que o perispírito lhe será também instrumento de progresso, de reerguimento, mediante encarnações e reencarnações sucessivas, expiatórias a princípio e por fim gloriosas, até que atinja a perfeição moral". (J. B. Roustaing, Os Quatro Evangelhos, Tomo Primeiro, Item 56, p. 295). (Itálicos do autor).
"Entretanto, que me diz dessas quedas? Verificam-se apenas na Terra? Somente os encarnados são suscetíveis de precipitação no despenhadeiro?
(...). Em qualquer lugar, o espírito pode precipitar-se nas furnas do mal, salientando-se, porém, que nas esferas superiores as defesas são mais fortes, imprimindo-se, conseqüentemente, mais intensidade de culpa na falta cometida". (André Luiz, Nosso Lar, Capítulo 44, p.244). (Os grifos são nossos).
"A terra é um plano de vida e de evolução como outro qualquer, e, nas esferas mais variadas, a alma pode cair, em sua rota evolutiva (...)". (Emmanuel, O Consolador, Pergunta 249). (Os grifos são nossos).
"Dividido no meio desse dualismo, o homem escolhe o seu caminho, obedecendo a este ou aquele impulso, segundo as suas preferências". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo XIV, p. 177).
"Considere as criaturas como itinerantes da vida. Alguns poucos seguem resolutos, visando ao objetivo essencial da jornada. São os espíritos nobilíssimos, que descobriram a essência divina em si mesmos, marchando para o alvo sublime, sem vacilações. A maioria no entanto estaciona. Temos então a multidão de almas que demoram séculos e séculos, recapitulando experiências. Os primeiros seguem por linhas retas. Os segundos caminham descrevendo grandes curvas". (André Luiz, Nosso Lar, Capítulo 44, p.244). (Os grifos são nossos).
1.8) A LEI DE EVOLUÇÃO
A lei de evolução deve ter mecanismos que não permitam à consciência, dominado pela ignorância, revolta, orgulho, ambição, vaidade ou egoísmo, após experenciar a primeira e a segunda queda, retornar aos estágios iniciais da subida evolutiva, porque caso contrário, o processo se tornaria infindo, dado a natureza inferior do homem. A primeira queda, imediata e rápida, como uma desintegração atômica, uma explosão, depende totalmente do impulso interior inicial, ela é toda baseada na individualidade, no livre arbítrio pleno.
Pode ser pobremente comparada, em termos de rapidez, para que tenhamos uma idéia do fenômeno a nível psicológico, a visão panorâmica, que ocorre, segundo os espíritos e diversos pesquisadores terrenos, em frações diminutas de tempo, onde o desencarnado revê todos os quadros mentais, palavras e ações que estruturaram a sua vida. Em segundos, uma existência terrena longa, que se desenvolveu lentamente, passa rapidamente, em detalhes precisos, aos olhos espirituais daquele que se despede da vida física. Nessa rapidez, comparativamente, ou em tempo muito menor, ou quase isso, podemos dizer, que ocorre a primeira queda:
"Quaisquer que sejam as dúvidas que se levantam contra esta teoria, é um fato que ela não pode ser repelida por aqueles que seguem a doutrina do Cristo. Este, no Evangelho de Lucas, (capítulo 10:18), diz: "Vi Satanás, como um raio, cair do céu". De fato, a queda foi fulminante, rapidíssima, como ocorre quando rui um edifício. Subir de novo é que é cansativo e lento, como acontece na construção". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo X, p. 118).
"O fenômeno da queda não pode medir-se com o nosso tempo. Foi também um desmoronamento de dimensões e o tempo foi apenas uma das dimensões atravessadas na queda, tanto como, no oposto da evolução, esta é a dimensão que desaparece, após ter sido atravessada a fase de energia, de que é própria. (...). Os estágios da subida foram certamente atravessados na descida, porque se eles ligam o Sistema ao Anti-Sistema na direção de ida, devem também ligar o Anti-Sistema ao Sistema na direção de regresso. Foram atravessados, não na forma lenta em que vivemos, mas certamente em sua substância, porque a ponte de passagem entre os dois pólos, de ida ou de volta, só pode ser uma. Não na forma lenta, em que o ser viveria mais tarde, porque se tratava de uma fulminante desintegração atômica, em cadeia, em que não há como despertar, aprender, reconstruir. O processo lento atual de experimentação e assimilação não tinha razão de existir. A queda foi como uma explosão em que a unidade se pulverizou". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo XV, p. 195).
"De tudo isto se compreende que a evolução é tanto mais lenta e penosa quanto mais se está em baixo, e que é tanto mais rápida e feliz quando mais se chegou ao alto". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Conclusão, p. 296).
As quedas que ocorrem nos planos de vida e evolução, nos domínios da matéria, são mais lentas, devido à própria existência da matéria, e não rompem os limites das dimensões já conquistadas. Caso ultrapassasse esses limites o Espírito que animou o corpo de um homem poderia voltar a encarnar num animal. O máximo, que o desequilíbrio pode engendrar, é a destruição da rica vida mental do ser, levando-o a ovoidização, por monodeísmo torturante, e a conseqüente perda do perispírito, entendido como sinônimo de corpo astral, porém a barreira hominal não é quebrada, os estágios evolutivos conquistados não se perdem, não ocorre retrogradação, não há recuo:
"Podem os Espíritos degenerar? - Não; à medida que avançam, compreendem o que os distanciava da perfeição. Concluindo uma prova, o Espírito fica com a ciência que daí lhe veio e não a esquece. Pode permanecer estacionário, mas não retrograda". (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Pergunta 118). (Os grifos são nossos).
"O Espírito que animou o corpo de um homem poderia encarnar em num animal? - Isso seria retrogradar e o espírito não retrograda. O rio não remonta à sua fonte". (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Pergunta 612). (Os grifos são nossos).
Notem que os Espíritos Reveladores usam as expressões: À MEDIDA QUE AVANÇAM, que em seu conjunto significa EVOLUÇÃO, ou seja, não se referem, ao exílio voluntário, caracterizado pela contraparte do ciclo evolutivo, a involução ou a queda consciencial, mencionada pelo Cristo divino, mas tão somente ao período de ascensão, retorno ou subida. As duas respostas conjugadas, nos mostram que as dimensões conquistadas, não se perdem, a consciência ao se contrair novamente, consegue ir apenas até a ovoidização ou se revestir de corpos físicos mais densos ou primitivos, como nos casos das quedas planetárias, mas não voltar aos estágios primordiais com a densificação nas formas: mineral, vegetal ou animal. E nem poderia ser de outra maneira, porque somente na fase humana é que o livre arbítrio retorna parcialmente, todos os outros períodos são determinísticos, a ação de quebra de harmonia só pode lesar o ser que a gerou e não interferir na LEI: "o rio não remonta à sua fonte". Mesmo em relação a primeira queda não há recuo ou retrocesso, como já ressaltamos, mas somente contração, permanecendo em germes todas as potencialidades do ser:
"Assim a queda foi um desmoronamento de dimensões, em planos de vida inferiores, involuídos, nos quais todos os dons de Deus se contraíram em um estado potencial, de latência, do qual só o sacrifício de ascensão do ser poderá retirá-los, despertando-o para a atualidade". (Pietro Ubaldi, Deus e Universo, Capítulo X, p. 137).
"A criação é verdadeiramente progressiva, mas no sentido de reconstrução de um edifício desmoronado, do qual se estão juntando as partes desagregadas e retificando os planos afundados". (Pietro Ubaldi, Deus e Universo, Capítulo X, p. 142). (Os grifos são nossos).
"É necessário compreender que a criatura é livre, mas dentro de limites, livre para alterar-se a si mesma, mas não a ordem universal". (Pietro Ubaldi, Deus e Universo, Capítulo X, p. 134).
"É assim que o princípio da queda se conservou presente em todo ser decaído". (Pietro Ubaldi, Deus e Universo, Capítulo X, p. 118). (Os grifos são nossos).
"A revolta foi um desvio da posição correta. Esse foi o primeiro erro e o maior, que gerou todo o processo de queda. Mas veremos agora que, ao longo do caminho da evolução, o ser pode voltar a realizar o seu impulso de desobediência, com afastamento da Lei, gerando semelhantes, mas pequeninas quedas, porém, com relativa recuperação". (Pietro Ubaldi, Queda e Salvação, Capítulo 03, p. 72). (Os grifos são nossos).
"Em cada ato nosso, através da escolha que soubermos fazer, amadurece o nosso ser e avança a grande marcha da evolução. Em virtude dos atos e da liberdade do ser, opera-se o resgate e a salvação, ou a sua involução". (Pietro Ubaldi, Deus e Universo, Capítulo X, p. 120).
1.9) A REENCARNAÇÃO
Se a encarnação faz parte do processo natural da evolução, oferecendo ao ser a possibilidade de desenvolver e readquirir as faculdades, que neles estão latentes, a reencarnação já é fruto da segunda queda ou a queda do homem, quando o espírito perde a oportunidade de seguir a sua evolução em planos fluídicos, em linha reta, caindo em mundos diversos, mais sutis ou grosseiros, como os mundos primitivos e de expiação e provas, descrevendo à partir daí, conforme o emprego do seu livre arbítrio, longas e demoradas curvas, permanecendo por séculos, nas mesmas provas e comportamentos condicionados, estacionado, até ser, pela lei da evolução coletiva, exilado em um novo planeta, ocorrendo então a terceira grande queda, a queda planetária, reiniciando em nova morada, em regime de dor, isolamento e saudades, a jornada de volta a Casa Paterna:
"Qual o objetivo da encarnação dos Espíritos? - Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição. Para uns, é expiação: para outros, missão. Mas, para alcançarem essa perfeição, têm que sofrer todas as vicissitudes da existência corporal: nisso é que está a expiação". (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Trecho da Resposta a Pergunta 132). (Itálicos do autor).
"Qual o estado da alma na sua primeira encarnação? - O da infância na vida corporal. A inteligência então apenas desabrocha: a alma se ensaia para a vida". (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Pergunta 190).
"A encarnação é uma necessidade até ao momento em que, alcançado um certo ponto de desenvolvimento intelectual, o espírito está apto a receber o precioso dom, mas tão perigoso, do livre arbítrio". (J. B. Roustaing, Os Quatro Evangelhos, Tomo Primeiro, Item 59, p. 322). (Itálicos do autor).
"(...) quando o livre arbítrio atinge um desenvolvimento completo, os Espíritos fazem dele bom ou mau uso, uns logo no início da vida espiritual consciente, outros em pontos mais ou menos adiantado da carreira". (J. B. Roustaing, Os Quatro Evangelhos, Tomo Primeiro, Item 57, p. 309). (Itálicos do autor).
"A encarnação humana, em princípio, é apenas conseqüente à primeira falta, àquela que deu causa à queda. A reencarnação é a pena da reincidência, da recaída, pois que todas as vossas existências são solidárias entre si". (J. B. Roustaing, Os Quatro Evangelhos, Tomo Primeiro, Item 59, p. 324). (Itálicos do autor).
"Como pode a alma, que não alcançou a perfeição durante a vida corpórea, acabar de depurar-se? - Sofrendo a prova de uma nova existência". (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Pergunta 166). (Os grifos são nossos).
"A provação é uma luta que ensina ao discípulo rebelde e preguiçoso a estrada do trabalho e da edificação". (Emmanuel, O Consolador, Trecho da Resposta a Pergunta 246). (Os grifos são nossos).
"Qual o fim objetivado com a reencarnação? - Expiação, melhoramento progressivo da Humanidade. Sem isto, onde a justiça". (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Pergunta 167). (Os grifos são nossos).
"A expiação é uma pena imposta ao malfeitor que comete um crime". (Emmanuel, O Consolador, Trecho da Resposta a Pergunta 246). (Os grifos são nossos).
"Os Espíritos podem conservar-se estacionários, mas não retrogradam. Em caso de estacionamento, a punição deles consiste em não avançarem, em recomeçarem, no meioconveniente à sua natureza, as existências mal empregadas". (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Resposta à Pergunta 178-a). (Os grifos são nossos).
"(...), uma vez preparados a ser humanizados, eles caem, na encarnação humana, conforme o grau de culpabilidade e nas condições apropriadas às exigências da expiação e do progresso ouem terras primitivas, ou em mundos já habitados por espíritos que faliram anteriormente". (J. B. Roustaing, Os Quatro Evangelhos, Tomo Primeiro, Item 57, p. 309). (Itálicos do autor).
Quando caem em processos de humanização, terão os espíritos de evoluírem em dois planos de vida: físico e extra-físico, não sendo mais possível a vida permanente nos mundos fluídicos ou mais sutis, e isso se deve às leis de causa e efeito. Os erros cometidos em cada plano, só poderão ser resgatados no plano onde as ações foram materializadas ou cometidas, daí a reencarnação ser definida como provação e expiação, destinadas aos seres rebeldes, preguiçosos e ou malfeitores:
"Não se seria mais feliz permanecendo na condição de Espírito? - Não, não; estacionar-se-ia e o que se quer é caminhar para Deus". (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Pergunta 175-a).
"Imagine que cada um de nós, renascendo no planeta, somos portadores de um fato sujo, para lavar no tanque da vida humana. Essa roupa imunda é o corpo causal, tecido por nossas mãos, nas experiências anteriores". (André Luiz, Nosso Lar,Capítulo 12, p.70). (Os grifos são nossos).
O impulso inicial da revolta, matriz interior, capaz de gerar a primeira e a segunda queda, continua existindo no movimento do ser, na sua estrutura mais íntima, podendo eclodir no plano espiritual, na reencarnação ou vir a afastá-lo do planeta, onde reiniciou o desenvolvendo de seus esforços evolutivos:
"Quais os que têm de recomeçar a mesma existência? Os que faliram em suas missões ou em suas provas". (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Pergunta 178-b).
"(..), se não progredistes, podereis ir para outro mundo que não valha mais do que a Terra e que talvez até seja pior do que ela". (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Resposta à Pergunta 174).
Diante de toda essas explicações, concluímos:
"Sem a queda, não se justifica a reencarnação, e quem nega a primeira teoria deve negar também a segunda, já que não possui elementos para justificá-la. Se a maior explicação da razão primeira da reencarnação está na teoria da queda, não é possível admitir logicamente que se possa crer na reencarnação sem aceitar a teoria da queda que a condiciona". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo XVII, p. 227).
"Se admitimos a reencarnação, temos que abandonar o conceito de criação unicamente progressiva e aceitar a teoria da queda. Se aceitamos a criação apenas progressiva, é necessário abandonar o conceito de reencarnação. Isto porque, segundo o princípio de criação progressiva, que se desenvolve apenas no sentido evolucionista, sem o precedente semiciclo involucionista, o criado deveria mover-se em uma única direção, devendo no sistema ser desconhecido, jamais aparecendo, o princípio do ciclo. Se este princípio surge em um caso particular, num universo que sabemos construído num tipo único de sistema, depois repetido em todos os níveis e dimensões, isto significa que o referido princípio do ciclo está também no caso geral do tipo-base do sistema". (Pietro Ubaldi, Deus e Universo, Capítulo X, p. 143). (Os grifos são nossos).
"Em nosso universo, é absurdo um fenômeno unilateral, desequilibrado, por falta do seu complemento compensador; um fenômeno que avance em uma só direção, isto é, apenas um semiciclo, um semicircuito, significa um semifenômeno". (Pietro Ubaldi, Deus e Universo, Capítulo X, p. 142).
"O ponto de partida da criação progressiva seria um estado em que Deus se autodestruiu nas Suas qualidades primaciais, estabelecendo a própria negação na inconsciência, na dor e no mal, para iniciar num penoso sacrifício de ascensão, cotidianamente imposto à criatura, certamente inocente de tudo isto". (Pietro Ubaldi, Deus e Universo, Capítulo X, p. 140).
"Sabemos que o transformismo é filho da queda, pois em Deus não há mutação nem evolução, mas tudo simplesmente é. Tudo, pois, no universo, deve completar-se no seu semiciclo e com ele volver ao ponto de partida, ainda que com pequeno deslocamento, que constitui a evolução. Todos os fenômenos caminham em duas fases inversas e complementares, sem o que, no transformismo, não pode haver fenômeno". (Pietro Ubaldi, Deus e Universo, Capítulo X, p. 142). (Itálico do autor).
"A própria teoria da reencarnação, simplificando contínuas inversões entre vida e morte, entre erros e expiações, prova-nos o princípio fundamental do ciclo completo, composto de dois semiciclos: queda e ressurreição. Há absoluta incompatibilidade entre a teoria da criação progressiva e a teoria da reencarnação". ( Pietro Ubaldi, Deus e Universo, Capítulo X, p. 142).
"Não se esqueça, André, de que a reencarnação significa recomeço nos processos de evolução e retificação. Lembre-se de que os organismos mais perfeitos da Casa Planetária procedem inicialmente da ameba. Ora, recomeço significa "recapitulação" ou "volta ao princípio"". (André Luiz, Missionários da Luz, Capítulo 13, p.234).
1.10) AS PROVAS
Quedas psicológicas, reencarnatórias, espirituais, planetárias, a queda do homem, a primeira grande queda, a evolução, a ovoidização, a contração e expansão da consciência nos processos reencarnatórios etc., exprimem uma Lei, e não somente constituem fenômenos isolados. Não seria possível falar em ciclo evolutivo, sem a sua contraparte, a involução, em matéria e espírito sem entender que o dualismo é apenas aparente, porque ambos refletem a mesma e única substância. Sem a Teoria da Queda, tudo se reduz a fatos desconexos, sem uma explicação real:
"Só dessa forma são coordenados todos os fenômenos do universo num único telefinalismo; compreende-se por que nasçam os planetas e a vida sobre eles, e se descobre o fio espiritual que liga todas as formas da vida num único caminho ascensional dirigido para Deus. Sem este conceito da queda do Sistema, que nos mostra que agora vivemos num Anti-Sistema, que não pode ser atribuído a Deus, tudo permanece desconexo e incompreensível". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo III, p. 43).
"Do ponto de vista da criatura não teria sido injusto e maldoso (duas qualidades que Deus não pode ter) condená-la ao sacrifício da ascensão sem que ao menos fosse justificado o seu erro inicial?
Às mentalidades que se rebelam à idéia de uma reação da Lei pela queda na dor, em virtude do erro de origem, perguntamos se não se revoltariam mais ainda contra o conceito de um Deus que haja querido uma criação imperfeita e progressiva, impondo ao ser inocente o tremendo esforço de construir a sua felicidade através da dor, por um preço tão duro, quando sabemos que o princípio de Deus, ao criar, é o Amor, isto é, doação por ato de bondade". (Pietro Ubaldi, Deus e Universo, Capítulo X, p. 124). (Os grifos são nossos).
Quando olhamos para a vida, sem a Teoria da Reencarnação, inúmeros acontecimentos ficam sem sentido, a justiça divina torna-se movediça e inexplicável, e a maioria das questões pessoais e coletivas têm de ser envolvidas pelos véus dos mistérios e dos dogmas. Porém, quando equacionamos os diferentes problemas da existência, sob o enfoque reencarnacionista, tudo se ajusta, fica coerente e racional. O mesmo se dá com a Teoria da Queda. Como explicar, o nosso universo, o nosso mundo, a existência do mal, a infelicidade, a destruição, a luta pela vida desde os primórdios da evolução, sem a visão que tudo isso, tenha nascido dos impulsos da criatura e não de uma criação divina imperfeita e progressiva? Sem a Teoria da Queda, nada se explica, incluindo as últimas descobertas da física relativista e quântica:
"Talvez, especulam os cientistas, a Gênese ocorra repetidamente num oceano atemporal de Nirvana. Neste novo quadro, talvez seja possível comparar o nosso universo como uma bolhaflutuando num "oceano" muito maior, com novas bolhas formando-se o tempo todo. Segundo esta teoria, os universos como bolhas, que se formam na água fervendo, estão em contínua criação, flutuando numa arena muito maior, o Nirvana do hiperespaço em onze dimensões. Um número crescente de físicos sugere que nosso universo surgiu mesmo de repente, de um faiscante cataclisma, o Big Bang, mas ele também coexiste num oceano eterno de outros universos. Se estivermos certos, big bang estão acontecendo enquanto você lê esta frase". (Michio Kaku, Mundos Paralelos,Capítulo Um, p.21).
Esse universo fora do espaço tempo, o Nirvana do hiperespaço atemporal, que a ciência começa a postular é o Sistema, revelado nas obras de Pietro Ubaldi. O Big Bang, que surge de repente, é o resultado final, do movimento ilusório, escolhido conscientemente pelo ser. Os vários Big Bang, são os gritos finais do fenômeno da queda, o espírito congelando-se em energia e esta se congelando em matéria, que continua ocorrendo, devido à natureza do impulso individual, sua extensão, profundidade e permanência e a relatividade do tempo, próprio para cada consciência em contração:
"A única teoria que concilia e resolve tudo é a da queda. Se a eliminarmos, acaba-se em um mar de contradições e nada se resolve (...). O leitor que deseja eliminar a teoria da queda, procure outra que igualmente resolva tudo sem dúvidas. Parece-nos lógico que tenhamos preferência pela teoria que tudo resolve, deixando de lado as que não resolvem: teoria que aceitamos por força dos fatos e não por influência de uma escola ou religião". (Pietro Ubaldi, Deus e Universo, Capítulo X, p.125 ).
"Talvez uma das maiores provas da verdade da teoria da queda seja dada justamente pelas objeções feitas à teoria e pela atitude da psicologia humana a discuti-la. A maior parte das dificuldades consiste em procurar os defeitos da obra de Deus, para acusá-lo como culpado dos danos atuais; ou seja, consiste em fazer de si o centro do universo, para julgar, desse centro, tudo em função de si mesmo e da própria vantagem ou prejuízo". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo XIV, p. 173).
Transformar-se no centro do universo, corrigindo a obra divina, é um dos mais comuns reflexos dos impulsos egocêntricos egoístas, responsável por todas as quedas, e que psicologicamente subsiste em vários atos humanos, observáveis no dia a dia da nossa vida em sociedade, impulsos que vão do suicídio a destruições coletivas, como a guerra, da violência à hipertrofia do eu:
"Estivesse eu presente no momento da criação, teria dado algumas sugestões úteis para uma organização melhor do universo". Afonso, o Sábio (Citação do livro de Michio Kaku, Mundos Paralelos, Capítulo Dois, p.36).
"Dane-se o sistema solar. Má iluminação; planetas distantes demais; infestado de cometas; invenção medíocre; eu teria feito [um universo] melhor". Lord Jeffrey (Citação do livro de Michio Kaku, Mundos Paralelos, Capítulo Dois, p.36).
"Não seria bastante este fato para provar que o homem ainda se está movendo em plena psicologia da revolta, tão vivo está ainda nele o princípio que determinou a queda?" (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo XIII, p. 164). (Os grifos são nossos).
"A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda". (Provérbios, 16:18).
IBBIS - NSTITUTO BRASILEIRO DE BENEMERÊNCIA E INTEGRAÇÃO DO SER


quarta-feira, 24 de agosto de 2016

A missão do Mestre

Comentário(s)

ESQUEMA ETERNO DA MISSÃO DE JESUS 

João, 1:1-18 

1. No princípio era o Verbo e o Verbo estava em Deus e o Verbo era Deus. 

2. Ele estava no princípio em Deus. 

3. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada foi feito. 

4. O que foi feito nele, era a Vida e a Vida era a Luz dos homens; 

5. e a Luz resplandece nas trevas e as trevas não prevaleceram contra ela. 

6. Houve um homem, chamado João, enviado por Deus. 

7. Veio ele como testemunha, para dar testemunho da Luz, a fim de que por meio dele todos os homens cressem. 

8. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da Luz. 

9. Havia. a Luz Verdadeira que ilumina a todo homem que vem ao mundo. 

10. Ele estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu. 

11. Veio entre os seus, e os seus não o receberam. 

12. Mas deu o poder de tornar-se filhos de Deus a todos os que o receberam, aos que acreditaram em seu nome. 

13. que não nasceram nem do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. 

14. E o Verbo se fez carne e construiu seu tabernáculo dentro de nós, cheio de graça e Verdade, e nós contemplamos sua glória, glória. igual à do Filho Unigênito do Pai. 

15. João dá testemunho e exclama: ..Eis aquele de quem eu dizia : O que vem depois de mim é maior do que eu, porque existia antes de mim”. 

16. De sua plenitude todos nós recebemos, e graça por graça, 

17. porque a Lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo. 

18. Ninguém jamais viu Deus: o Filho Unigênito que está no seio do Pai é que O revelou.


Carlos Torres Pastorino (Introdução do Livro: Sabedoria do Evangelho)

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

O dinamismo da não agressão

Comentário(s)

"O homem mais dinâmico e revolucionário não é o que grita e ataca, mas o que pensa, penetra a verdade e a anuncia, sem agredir." 

Pietro Ubaldi

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

A Intuição

Comentário(s)

Não vos espanteis com esta incompreensível intuição. Começai por não negá-la e ela aparecerá. O grande conceito que a ciência afirmou (embora de forma incompleta e com consequêcias erradas), a evolução, não é uma quimera e estimula vosso sistema nervoso para uma sensibilidade cada vez mais delicada, que constitui o prelúdio dessa Intuição. Assim se manifestará e aparecerá em vós essa psique mais profunda, por lei natural de evolução, por fatal maturação que está próxima. Deixareis de lado, para uso da vida prática, vossa psique exterior e de superfície, a razão, pois só com a psique interior que está na profundeza de vosso ser, podereis compreender a realidade mais verdadeira, que se encontra na profundeza das coisas. Esta é a única estrada que conduz ao conhecimento do Absoluto. Só entre semelhantes é possível a comunicação; para compreender o mistério que existe nas coisas deveis saber descer no mistério que está em vós. 

Não ignorais isto totalmente; olhais admirados tantas coisas que afloram de vossa consciência mais profunda, sem poderdes descobrir as origens: instintos, tendências, atrações, repulsas, intuições. Daí nascem irresistíveis todas as maiores afirmações de vossa personalidade. Aí está o vosso verdadeiro e eterno Eu. Não o Eu exterior, aquele que sentes mais quando estais no corpo, aquele Eu que é filho da matéria e que morre com ela. Esse Eu exterior, essa consciência clara, expande-se no contínuo evolver da vida, aprofunda-se para aquela consciência latente que tende a vir à tona e a revelar-se. Os dois pólos do ser — consciência exterior clara e consciência interior latente — tendem a fundir-se. A consciência clara experimenta, assimila, imerge na latente os produtos assimilados através do movimento da vida — destilação de valores, automatismos, que constituirão os instintos do futuro. Assim expande-se a personalidade com essas incessantes trocas e se realiza o grande objetivo da vida. Quando a consciência latente tiver se tornado clara e o Eu tiver pleno conhecimento de si mesmo, o homem terá vencido a morte. Aprofundarei mais adiante essa questão. 

O estudo das ciências psíquicas é o mais importante que podeis hoje fazer. O novo instrumento de pesquisa que deveis desenvolver e se está desenvolvendo, naturalmente, é a consciência latente. Já olhastes bastante para fora de vós. Agora resolvei o problema de vós mesmos e tereis resolvido todos os outros problemas. Habituai aos poucos vosso pensamento a seguir esta nova ordem de idéias. Se souberdes transferir o centro de vossa personalidade para essas camadas profundas, sentireis revelar-se em vós novos sentidos, uma percepção anímica, uma faculdade de visão direta; esta é a intuição da qual vos falei. Purificai-vos moralmente e refinai a sensibilidade do instrumento de pesquisa, que sois vós, e só então podereis ver. 

Aqueles que absolutamente não sentem essas coisas, os imaturos, ponham-se de lado; torneiem-se até chafurdarem-se na lama de suas baixas aspirações e não peçam o conhecimento, precioso prêmio concedido apenas a quem duramente o mereceu. 

(Livro: A Grande Síntese - Por Pietro Ubaldi)


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