ACERVO VIRTUAL HUBERTO ROHDEN E PIETRO UBALDI

Para os interessados em Filosofia, Ciência, Religião, Espiritismo e afins, o Acervo Virtual Huberto Rohden & Pietro Ubaldi é um blog sem fins lucrativos que disponibiliza uma excelente coletânea de livros, filmes, palestras em áudios e vídeos para o enriquecimento intelectual e moral dos aprendizes sinceros. Todos disponíveis para downloads gratuitos. Cursos, por exemplo, dos professores Huberto Rohden e Pietro Ubaldi estão transcritos para uma melhor absorção de suas exposições filosóficas pois, para todo estudante de boa vontade, são fontes vivas para o esclarecimento e aprofundamento integral. Oásis seguro para uma compreensão universal e imparcial! Não deixe de conhecer, ler, escutar, curtir, e compartilhar conosco suas observações. Bom Estudo!

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sábado, 31 de dezembro de 2016

Ano novo, vida vida nova. Um feliz 2017 para todos.

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Meu Ignoto Leitor

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Os mistérios do eterno e a epopeia do mundo efêmero... 
A noite milenar do cosmos e da terra e o lampejo fugaz da nossa história... 
O Oceano imenso da nossa ignorância e a pequenina gota do nosso saber... 
O enigma do mal e o paradoxo das dores... 
A estranha escala de luzes e sombras que forma a vida humana... 
A eterna odisseia dos bandeirantes da verdade e dos apóstolos do bem... 
A tragédia anônima dos herois do dever e dos mártires do ideal... 
A soluçante nostalgia das almas exiladas duma pátria longínqua... 
A veemente gravitação do espirito em torno dum centro invisível... 
O inextinguível heliotropismo do Eu sonhando alvoradas em plena noite... 
Visões de praias longínquas... 
O vulto heril de um homem feito poema de divino poder e humana caridade 
Encontrarás neste livro o teu próprio Eu... 
O autor é apenas intérprete e locutor do teu subconsciente... 
Ele diz o que dirias -- traduz em palavras explicitas teus pensamentos implícitos. 
Dá nome aos mistérios anônimos de tua alma... 
Fala do grande dia que esta noite sucede...
Por isso, meu amigo, Lê este livro como teu — e não como meu... 
Lê-o, vive-o, sofre-o,não na lufa-lufa profana — mas na hora de paz e sossêgo... 
Lê-o como a voz do teu próprio Eu despertada por um Tu...
Seja ele teu companheiro e amigo na jornada da vida... 
Na árdua escalada das montanhas de Deus... 
Nas Lutas atrozes... 
No solitário sofrer... 
No silêncio dos homens... 
Na vitória Final... 

(Huberto Rohden - Livro : De Alma Para Alma)


sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Realidade — Ou Realidades?

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A faculdade perceptiva dos seres, nos diversos planos, pode ser comparada a uma espécie de rede, ou crivo, com malhas ou interstícios de tamanho vário:  A rede número 1 corresponde ao poder sensório, que temos de comum com o  mundo  animal.  Nessas  malhas  apanhamos  certos  fenômenos  de  natureza  muito primitiva e grosseira, como são as coisas do mundo físico material, ao  passo  que  outras  realidades  mais  finas  e  sutis  escapam  pelos  largos interstícios da rede...  

123 anos do nascimento de Huberto Rohden

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Hoje, 30 de dezembro, faz  123 anos do nascimento do professor Huberto Rohden. Em homenagem a esse servidor da humanidade,  transcrevemos um texto de um de seus amigos, na obra Por Um ideal. Nele encontramos o que gostaríamos de dizer nessa data tão significativa para todos nós. A Rohden nossa eterna gratidão e felicitações, esteja ele onde estiver. 

Segue o texto:

“Sua matéria-prima era a mensagem do Cristo. Sua permanente inspiração, o ideal de servir à humanidade. Sua arma, a palavra. Sua vocação, educar a consciência do ser humano. Sua grande obra, a Filosofia Univérsica. Huberto Rohden foi um gênio. Viveu entre nós e nós não o ‘descobrimos’. Na verdade, o mundo ainda não descobriu o pensador e educador Huberto Rohden. Talvez nos falte perspectiva histórica – estamos muito próximos de sua vida e obra. Não vimos a montanha como montanha quando ela está muito próxima de nós. Talvez daqui 50 ou 100 anos o mundo irá descobrir a obra genial desse homem univérsico, dessa força crística que, por quase 90 anos do século XX, passou, silenciosamente, por este planeta Terra”. (Martin Claret)

Parabéns professor Rohden, e obrigado por tudo!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

A Equação da Substância

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Criar sem demolir

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"Em qualquer campo, seja vossa preocupação apenas criar, e jamais demolir. Nada possui tanta força para demolir as estruturas desgastadas quanto um organismo completo em funcionamento, porque todas as correntes da vida se precipitam para as novas formas, deixando o velho cair por si mesmo, sem lutas de reação." 

('Sua Voz' - Pietro Ubaldi)

A grandeza de Sócrates perante a morte

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Quando Sócrates, aos 70 anos, foi condenado à morte como “desprezador dos deuses e corruptor da juventude”, na noite que precedeu a sua execução, seu grande  amigo Kriton  subornou  os  guardas e  abriu  as  portas  do  cárcere, convidando o velho filósofo a fugir.

— Por que? – perguntou Sócrates.

— Porque amanhã te vão matar — respondeu Kriton.

— Matar? a mim? — tornou  tranquilamente  o  sábio  — Ninguém  pode  matar Sócrates.

E, puxando a pele da mão e batendo no osso do crânio, acrescentou: — Kriton, você pensa que isto aqui é Sócrates? Isto é um involucro ao redor de mim, mas isto não sou eu. Eu não sou o meu corpo, eu sou a minha alma. Sócrates é imortal.

Na manhã seguinte, conforme ordem do governo de Atenas, bebeu ele a taça de cicuta, que pôs termo à vida física desse grande cristão antes de Cristo.

Ora, todo homem realmente espiritual é socrático, e sabe com absoluta certeza que o seu verdadeiro Eu é divino, eterno, imortal, e não pode jamais estar em contradição com Deus, porque  a  alma  humana é Deus mesmo em forma individual.

Por isto,  a  santidade do  homem  espiritual  consiste  na  vigorosa  afirmação de seu verdadeiro  Eu,  e  na  negação  de  seu  pseudo-Eu,  ou  antes  na  completa subordinação do segundo ao primeiro. O céu não é, como ele sabe, a extinção nirvânica do Eu, mas, sim, a retificação cristã do conceito da personalidade, a definitiva e vitoriosa compreensão da natureza divina de sua alma e a perfeita harmonização da sua vontade individual humana com a vontade universal de Deus.

À  luz  dessa  grande  verdade,  a  vida  espiritual  deixa  de  ser  sacrificial  e cruciante, acabando por tornar-se profundamente deleitável e jubilosa.

O homem espiritual cumpre a vontade de Deus com o mesmo júbilo com que cumpriria a sua  própria  vontade,  porque  sabe  que  a  perfeita realização  da vontade de Deus é a única realização do seu verdadeiro Eu. 

(Huberto Rohden - Livro : Profanos e Iniciados - Trecho do Cap. Profano, Ético e Espiritual)

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Teilhard de Chardin e a Evolução

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terça-feira, 27 de dezembro de 2016

No princípio era o nada — ou o Tudo?

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Que é evolução?

É ela possível?

É um fato?

É compatível com a Bíblia? com o Cristianismo?

E o homem? é ele o resultado de uma paulatina evolução, através de séculos e milênios – ou é ele um ser à parte, direta criação de Deus?

Um mundo de problemas de candente atualidade...

Problemas não haveria se houvesse plena clareza daquilo que entendemos por “evolução”, e do modo como realmente decorreu.

O  conceito  popular  e  tradicional  da  evolução  orgânica,  desde  os  tempos  de Darwin,  é,  mais ou menos, o  seguinte:  no princípio  existiam  sobre  a  face da terra apenas seres unicelulares (vamos começar com o mundo dos chamados seres  vivos).  Desses  unicelulares  provieram,  no  decurso  de  longuíssimos períodos,  os  pluricelulares,  passando  depois  pelos  vertebrados  e  vindo  a culminar, por fim, nos animais mamíferos, nos símios antropóides – e no homo sapiens.

Nesta concepção, como é intuitivo, os seres inferiores teriam sido a causa dos seres superiores; o menos teria produzido o mais; o pequeno teria causado o grande – ideologia  essa  absolutamente  insustentável  à  luz  da  lógica  e  da matemática. Pois, como qualquer estudante da “arte do reto pensar” sabe, em caso algum pode o efeito ser maior que sua causa, uma vez que isto envolveria contradição. E neste ponto está a lógica de perfeito acordo com a matemática (que não é senão outra palavra para lógica), não admitindo que o mais possa provir do menos, no sentido de que este seja a resultante daquele.

Para concretizar, vamos dar aos seres primitivos, unicelulares, a perfeição grau 1, aos organismos subsequentes a perfeição 5, aos vertebrados o grau 10, aos macacos antropóides 50, e ao homem a perfeição 100. É evidente que 5 não podia vir de 1, nem 10 de 5, nem 50 de 10, nem 100 de 50, e isso pela simples razão que o maior não está contido no menor.

Objeta-se  que  o  maior  está potencialmente contido  no  menor,  e  dele  saiu, através  de  milhares  e  milhões  de anos,  mediante  paulatina  atualização  das potencialidades latentes no ser inferior. É o que se encontra, em letra de forma, em quase todos os compêndios e tratados “científicos” que são de uso e abuso nas  instituições  de  ensino.  A  palavrinha  mágica  “potência”,  “potencialidade”, tem sido invocada como uma espécie de lâmpada de Aladim para iluminar as trevas da nossa ignorância, ou como uma chave misteriosa para descerrar as portas de palácios encantados e descobrir tesouros ocultos.

Na  realidade,  porém,  essa  tentativa  de  explicação  pelo  recurso  a  “potencialidades latentes” não passa dum jogo de palavras sem nenhuma base real.  Ou  melhor,  essa  tentativa  de  explicação  é  positivamente  ilógica  e  antimatemática, devendo, por isto, ser abandonada quanto antes como totalmente anti-científica e absurda.

Em  caso  algum,  enquanto  estiverem  em  vigor  as  leis  da  lógica  e  da matemática, está o maior contido no menor, nem atual nem potencialmente. A potencialidade  significa  uma  presença  real, e  não meramente fictícia,  daquilo que,  mais  tarde,  aparece  como  atualizado.  Quer  dizer  que,  na  suposição acima, estava o maior ou superior realmente contido no menor ou inferior; ou seja, o 5 estava realmente contido no 1, e assim por diante, até chegarmos a esse absurdo clamoroso, que o 100 estava contido, não somente no 50, mas, indiretamente, também no 1 inicial da ameba, ou outro ser unicelular.

É tempo para enterrarmos os nossos ídolos, mesmo os mais “científicos”! Nada pode  ser  “cientifico”  que  não  é  objetivamente  real,  e  nada  pode  ser objetivamente  real  que  não  é  intrinsecamente  possível.  É,  porém, intrinsecamente impossível, e flagrantemente contraditório, que o maior esteja de qualquer forma contido no menor.

Adeus,  portanto,  lindas  hipóteses  de  “potencialidade  latente”!...  A  lógica  e  a matemática, inexoráveis no seus vereditos, te desmascararam como miragem falaz!...

Mas... não provou a ciência, com fatos inegáveis, que ouve uma evolução de formas vivas inferiores para formas superiores?...

Não,  a  ciência  não  provou  isto,  nem  jamais  o  provará;  porque  não  pode  ser provado o que é intrinsecamente impossível e irreal. O que a ciência provou, e o que é real, é que as formas superiores vieram através de formas inferiores;  mas não provou que o superior veio do inferior.

Simples jogo de palavras?

Não. Vai entre o através e o do uma diferença infinita, a mesma diferença que vai entre causa e condição, entre real e irreal, entre sim e não.  

Pode, certamente, o maior vir através do menor, o superior através do inferior, mas não podem vir do menor ou do inferior.

Do indica  a  causa,  ao  passo  que através diz  a condição, o veículo,  o  canal, através  do  qual  fluiu  o  efeito,  mas  do  qual  não  nasceu.  A água  que  sai  da torneira não veio do encanamento, mas, sim, da nascente, fluindo através do encanamento para chegar à torneira. Não sairia, certamente, da torneira se não houvesse  encanamento,  mas  existiria  na  nascente  mesmo  sem  torneira  nem encanamento.  Pode-se  considerar  a  condição  como  um  fator  externo  que canaliza em certa direção a atividade interna da causa; mas em caso algum o efeito é filho da condição, é filho da causa somente. A condição é estéril, não produz, apenas dirige, canaliza, veicula o efeito em certa direção.

A luz solar no interior de uma sala não vem da janela aberta, mas vem do sol,  sua  causa  produtora;  vem  através  da  janela,  como  sua  condição  veiculante.  Também haveria sol de janelas fechadas, embora não fosse canalizado para o interior da sala.

Semelhantemente, os seres superiores da cadeia evolutiva não nasceram dos inferiores,  como  efeitos  produzidos  por  sua  causa;  fluíram  apenas  através desses seres inferiores, como por outros tantos canais adutores e dirigentes.

Donde vieram esses seres superiores, já que não vieram dos inferiores?

Vieram do Ser Supremo. Vieram de uma causa cuja perfeição é ao menos igual à desses superiores. E, como esses seres evolvem de perfeição em perfeição, temos  de  admitir  logicamente  que  aquilo  que  lhes  serve  de  causa  produtora seja  pelo  menos  da  mesma  perfeição  que  o  mais  perfeito  dos  seres  em evolução. Para simplificar, vamos chamar essa causa geral a Causa Suprema, ou  a Causa Máxima.  Não  há  ilogismo  ou  contradição  em  admitir  que  o Supremo produza o superior e o inferior, ou que o Máximo seja causa do maior
e do menor. Derivar os inferiores e os superiores do Supremo, ou os menores e os  maiores  do  Máximo,  não  é anti-científico;  é,  pelo  contrário,  genuinamente científico  –  porque  não  há  ciência  contra  a  lógica  e  a  matemática. Anticientífico, porém, seria querer derivar os superiores dos inferiores, os maiores dos menores, os seres mais perfeitos dos menos perfeitos. Querer derivar 100 de 50, 50 de 10, 10 de 5, 5 de 1, e assim por diante, isto, sim, é flagrantemente anti-científico, porque intrinsecamente contraditório.

No princípio de toda essa longa cadeia evolutiva não está, pois, o 1, ou até o 0 (zero) – mas está o, quer dizer, o Infinito, o Absoluto, o Supremo, o Máximo. No início da evolução não está o pouco, de que teria vindo o muito – mas está o TUDO. Do algo menor não podiam vir os algos maiores – mas todos os algos, menores e maiores, podiam vir do Algo Máximo, isto é, do Tudo, da ilimitada plenitude do Algo.  

A  infinita  Energia  do  Universo,  o  oceano  imenso  da  Vida  Cósmica,  a Consciência  Universal – aquilo  que  as  religiões  chamam  Deus – é  que  é  a Causa Suprema e Única de todos os efeitos, menores e maiores, ao passo que as  chamadas  causas  individuais  da  natureza  não  são  verdadeiras  causas,  senão  apenas  condições,  canais,  veículos,  de  que  se  serve  a  Causa  Única para realizar os seus efeitos.

A semente não é a causa da planta.

O ovo não é a causa da ave.

O infinito oceano de Energia Cósmica, de Vida, de Inteligência, de Consciência,  de  Espírito –  ou  que  outro  nome  queiramos  dar  à  eterna  Realidade,  essencialmente  anônima –  é  esta  a  Causa  única  de  todos  os  efeitos  individuais. O Noúmeno é a causa única dos fenômenos.

Unicelulares, pluricelulares, organismos, vertebrados, mamíferos, antropóides,  o homem – tudo isto proveio da Causa Suprema e Única.

Se alguém me pergunta se admito que o homem veio do macaco, não tenho de  responder a essa pergunta; tenho de fazer ao meu interlocutor outra pergunta,  a saber: se ele admite as leis da lógica e da matemática. Se não as admite, é inútil entrar em discussão com ele, por razões muito óbvias. Se as admite – ele mesmo já deu resposta implícita à sua pergunta, negando que o homem tenha provindo do símio – a não ser que recuse admitir a superioridade do homem ao
macaco – e,  neste  caso,  é  inútil  discutir  com  ele,  como  não  discutirei  com o peludo inquilino de certa jaula do Jardim Zoológico...

(Huberto Rohden - Livro: Profanos e Iniciados)

Guarda o que tens — E passa além!

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É esta a grande lei da evolução em todas as províncias do cosmos.

Também no plano do gênero humano.

Guarda  o  que  de  positivo,  certo  e  bom  a  humanidade  conquistou,  no  drama milenar da sua evolução ascensional. Sê conformista!

Mas, depois de firmares os pés solidamente no plano real de hoje, espraia os  olhos pelos vastos horizontes de amanhã, procurando ultrapassar a estática do  que possues pela dinâmica do que poderás possuir.

Depois  de  seres  conformista,  passa  a  ser  não-conformista,  ou  melhor, transformista. Não creias numa eterna luz-vermelha na estrada percorrida – crê também na luz-verde na estrada a percorrer.  

O  homem  da  rotina  conservadora  guarda  o  que  tem – e  recusa-se  a  passar  além. É um crente fanático na luz-vermelha – e um descrente céptico na luz verde. De tão passadista e presentista, é incapaz de ser futurista.

O revolucionário demolidor, por outro lado, sacrifica o que possui por algo que  procura possuir, ignorando que as paredes do edifício de amanhã não podem  deixar de assentar sobre os alicerces de hoje.  

Nem  a  rotina  estática  do  conformista  passivo,  nem  a  revolução  dinâmica  do  não-conformista  ativo  são  garantia  de  melhores  dias  para  a  humanidade,  quando trabalham separadamente no cenário da vida. O verdadeiro progresso  não é nem rotina nem revolução unilaterais.

Mas, quando o homem tem o suficiente critério para saber o que convém ser  guardado e o que convém ser abandonado das coisas de ontem; e ao mesmo  tempo  possui  a  necessária  iniciativa  para  ultrapassar a etapa  já alcançada – então despontará para a humanidade a alvorada de uma evolução realmente  positiva, dinâmica e construtiva.

A história das igrejas cristãs, nesses quase vinte séculos de cristianismo, é, de  preferência, a história da rotina conformista, por um lado, ou da revolução não conformista, por outro.

Quando veremos no seio da igreja uma síntese feliz das conquistas reais do passado e dos gloriosos ideais do futuro? Quando deixará a igreja de professar  rotina  fossilizada  ou  proclamar  revolução  demolidora – a  fim  de  entrar  numa  fase dinâmica de evolução construtiva?...

(Huberto Rohden - Livro: Profanos e Iniciados)

Não busques o mundo — E o mundo te buscará!

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Homem! afirma o mundo espiritual, e o mundo espiritual te afirmará, e, como o espiritual é a causa do material, também o mundo material acabará por afirmarte. De maneira que, se fores um afirmador do espiritual, serás um homem total, um realista no verdadeiro sentido da palavra.

É esta a grande lei do universo, lei tão pouco compreendida dos homens: quem possui  a causa (o  Creador)  necessariamente  também  possui  os efeitos (as creaturas) – mas quem possui estas não possui necessariamente aquele; pois o mais contém o menos, mas o menos não contém o mais.

Verdade  é  que  os  profanos,  ou  analfabetos  da  Realidade, julgam  possuir  as creaturas  sem  possuírem  o  Creador,  mas  é  ilusão  deles.  Não  é  possuidor quem  é  possuído  das  coisas  do  mundo – falta-lhe  o R redentor.  Só  o  nãopossuído, ou não-possesso, é o que pode ser possuidor.  

Quando o homem se afasta de Deus a fim de possuir o mundo, até as coisas do  mundo  fogem  do  homem,  porque  um  misterioso  teotropismo  inerente  a todos os seres lhes diz que esse homem não está certo, e assim as creaturas não têm confiança num homem que vá rumo ao Creador.

Mas, quando o homem se desprende das creaturas a fim de buscar o Creador –  eis  que  todos  os  seres  do  mundo,  racional  e  irracional,  lhe  correm  no encalço,  porque,  sabendo  que  esse  homem  está  certo,  com  ele  querem  ir  a Deus, princípio e fim de todas as coisas.  

Se assim não fosse, o mundo não seria um cosmos – um sistema de ordem e  harmonia – mas um caos – uma desordem e desarmonia.  

O mundo, porém, prima por uma admirável e imperturbável ordem, harmonia e  retidão. Ele é o “reino de Deus e sua retidão”.  

De maneira que o Alfa e o Ômega de toda a sabedoria é este: Vai em busca do Deus  do  mundo – e  o  mundo  de  Deus  irá  em  busca  de  ti!  Mas,  se  correres  atrás do mundo de Deus à custa do Deus do mundo, verás, cedo ou tarde, que  não  podes  possuir  o  mundo  de  Deus  sem  primeiro  possuíres  o  Deus  do  mundo; porquanto, com a causa eterna também possuirás os efeitos temporais,  mas, possuindo estes, não possuirás necessariamente aquela.  

É esta a inexorável matemática do universo!  
É esta a eterna lógica do reino de Deus!
Sê sábio, ó homem – e serás santo!

(Huberto Rohden - Livro: Profanos e Iniciados)

sábado, 24 de dezembro de 2016

Mensagem Do Natal

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Na Glória do Natal

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Senhor – Rei divino projetado às sombras da manjedoura -, diante do teu berço de palha recordo-me de todos os conquistadores que te antecederam na terra.

Em rápida digressão, vejo Sesóstris, em nome do Egito sábio, e Cambises, o rei dos persas, ocupando o vale do Nilo, antes poderoso e dominador. Recordo as lutas sanguinolentas dos assírios, disputando a hegemonia do seu império dividido e infeliz.

Nabopolassar e Nabucodonosor reaparecem à minha frente, arrasando Ninive e atacando Jerusalém, cercados de súditos a se banquetearem sobre presas misérrimas para desaparecerem, depois, num sudário de cinza.

Não observo, contudo, apenas o gentio, na pilhagem e na discórdia, expandindo a própria ambição; o povo escolhido, apesar dos desígnios celestes que lhes fulguram na Lei, entrega-se, de quando em quando, á sementeira de miséria e ruína; revoluções e conflitos ceifam as doze tribos e o orgulho desvairado compele irmãos ao extermínio de irmãos.

Revejo os medos, açoitados pelos cimerianos e citas.

Dario surge, ao meu olhar assombrado, envolvido nos esplendores de Persépolis para mergulhar-se em seguida, nos labirintos do túmulo.

Esparta e Atenas, entre códigos e espadas, se estraçalham mutuamente, no impulso de predomínio; numerosos tiranos, dentro de seus muros, manobram o cetro da governaça, fomentando a humilhação e o luto.

Alexandre, à maneira de privilegiado, passa esmagando cidades e multidões, deixando um cortejo de lagrimas, atrás da fanfarra guerreira que lhe abre caminho à morte, em plena mocidade.

E os romanos, Senhor? Desde as alucinações dos descendentes de Príamo ao último dos imperadores, deposto por Odoacro, jamais esconderam a vocação do poder, arrojando povos livres ao despenhadeiro da destruição...

Todos os conquistadores vieram e dominaram, surgindo na condição de pirilampos barulhentos, confundidos, à pressa, num turbilhão de desencanto e poeira. Tu, porém, Soberano Senhor, Te contentou com o berço da estrebaria!

Ministros e sábios não te contemplaram, na hora primeira, mas humildes pastores se ajoelharam sorridentes, diante de Ti, buscando a luz de teus olhos angelicais...

Hinos de guerra não se fizeram ouvir à tua chegada libertadora; todavia, em sinal de reconhecimento, cânticos abençoados de louvor subiram ao Céu, dos corações singelos que te exaltavam a Estrela Gloriosa, a resplandecer nos constelados caminhos.

Os outros, Senhor, conquistaram à custa de punhal e veneno, perseguição e força, usando exércitos e prisões, assassínio e tortura, traição e vingança, aviltamento e escravidão, títulos fantasiosos e araçás de ouro...

Tu, entretanto, perdoando e amando, levantando e curando, modificaste a obra de todos os déspotas e legisladores que procediam do Egito e da Assíria, da Judéia e da Fenícia, da Grécia e de Roma, renovando o mundo inteiro.

Não mobilizaste soldados, mas ensinaste a um punhado de homens valorosos a luminosa ciência do sacrifício e do amor. Não argumentaste com os reis e com os filósofos; no entanto, conversaste fraternalmente com algumas crianças e mulheres humildes, semeando a compreensão superior da vida no coração popular...

E por fim, Mestre, longe de escolheres um trono de púrpura a fim de administrares o Reino Divino de que te fizeste embaixador e ordenador, preferiste o sólido da cruz, de cujos braços duros e tristes ainda nos envias compassivo olhar, convidando-nos à caridade e à harmonia, ao entendimento e ao perdão...

Conquistador das almas e governador do mundo, agora que os teus tutelados afiam as armas para novos duelos sangrentos, neste século de esplendores e trevas, de renovação e morticínio, de esperanças e desilusões, ajuda-nos a dobrar a cerviz orgulhosa, diante do teu singelo berço de palha!...

Mestre da Verdade e do Bem, da Humildade e do Amor, permite que o astro sublime de teu Natal brilhe, ainda, na noite de nossas almas e estende-nos caridosas mãos para que nos livremos de velhas feridas, marchando ao teu encontro na verdadeira senda de redenção.

Irmão X

Comunidade Huberto Rohden. Conheça. Participe!

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Comunidade Pietro Ubaldi. Venha conhecer e participar

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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Saúde contagiosa

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A verdade divina é simples como a luz incolor – os sistemas humanos são complexos como as luzes coloridas do prisma. Quanto mais o homem se aproxima de Deus tanto mais se simplifica de todas as complexidades e complicações, e se retifica de todas as tortuosidades da vida. 

Verdade é que também o homem extremamente ignorante é simples, mas a sua simplicidade é negativa, como a simplicidade de um vácuo – ao passo que a simplicidade do iniciado espiritual é positiva, como a da plenitude. A simplicidade estática da vacuidade é monótona e mortífera – a simplicidade dinâmica da plenitude é harmônica e vivificante. 

Não há nada mais “infeccioso” do que uma perfeita saúde e sanidade espiritual – a tal ponto que chega a ser profilática e imunizadora contra as infecções mórbidas do ambiente negativo, como acontecia com a pessoa do homem dotado da mais perfeita sanidade espiritual que o mundo conheceu. 

Acontece então que as almas receptivas são curadas das suas enfermidades – ao passo que as almas irreceptivas, que resistem à influência salutífera do homem espiritualmente são, se tornam ainda mais enfermas, acabando por sucumbir à sua moléstia moral, porque “pecaram contra o espírito santo”, o espírito da sanidade moral...

(Huberto Rohden - Livro: Profanos e Iniciados)


Zen, a Vida de Dogen (Filme)

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Filme baseado em fatos reais, ambientado no Japão e na China. Com uma deslumbrante fotografia e poéticos efeitos visuais, retrata a vida do mestre zen budista Dogen Zenji, durante o turbulento período Kamakura. Os pais de Dogen morreram quando ele ainda era muito jovem, e o desejo final de sua mãe era que ele se tornasse um monge e trabalhasse para o bem estar de todos os seres. A experiência de ter perdido seus pais, deu uma visão especial a Dogen para a natureza fugaz da vida e desencadeou a sua busca pela iluminação. Ele viajou para a China e treinou para se tornar um mestre budista, mas quando retornou ao Japão para difundir o que ele aprendera como uma forma nova de budismo, foi recebido com muita resistência e repressão.

Acervo Virtual

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

De Graça

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O homem espiritual partilhará contigo até o último centavo antes que te exija meio centavo por seus dons espirituais. Nunca e em hipótese alguma pedirá ele prêmio material por seus benefícios espirituais, ainda que aceite com humildade e gratidão o sustento necessário que seus beneficiados lhe ofereçam espontaneamente, para que possa prosseguir na sua luminosa jornada.  

Neste particular têm as igrejas cristãs organizadas cometido tristíssima apostasia do espírito de seu divino fundador. Nem há esperança alguma de melhores dias para a humanidade enquanto o sacerdócio ou ministério cristão continuar a ser uma profissão, e não se tornar um jubiloso ideal. 

(Huberto Rohden - Livro: Profanos e Iniciados)

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

O Novo Início

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domingo, 18 de dezembro de 2016

A caridade da pureza - Huberto Rohden - Locução Eronildo - (Legendado)

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sábado, 17 de dezembro de 2016

"Mensagem do Natal"

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Colaborar e ascender

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"Ordem, harmonia, eis pra onde progride a evolução. Neste sentido, é necessário canalizar as nossas energias, não lançando um contra o outro, os dois pólos de nosso ser - alma e corpo - mas, como já mencionamos, harmonizando-os, para que concordem e colaborem num único objetivo, o da vida, o da ascensão espiritual."

Pietro Ubaldi - Livro: Princípios de uma Nova Ética. Cap. 13

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

A Guerra dos Carneiros e das Flores

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(Trecho de "O Pequeno Príncipe" de Antoine de Saint-Exupéry)


Ele olhou-me estupefato: 

— Coisas sérias ! 

Via-me, martelo em punho, dedos sujos de graxa, curvado sobre um feio objeto. 

— Tu falas como as pessoas grandes! 

Senti um pouco de vergonha. Mas ele acrescentou, implacável: 

— Tu confundes todas as coisas ... 

—  Misturas tudo ! 

Estava realmente muito irritado. Sacudia ao vento cabelos de ouro: 

— Eu conheço um planeta onde há um sujeito vermelho, quase roxo. Nunca cheirou uma flor. Nunca olhou uma estrela. Nunca amou ninguém. Nunca fez outra coisa senão somas. E o dia todo repete como tu: "Eu sou um homem sério! Eu sou um homem sério!" e isso o faz inchar-se de  orgulho. Mas ele não é um homem; é um cogumelo! 

— Um o quê? 

— Um cogumelo! 

O principezinho estava agora pálido de cólera. 

— Há milhões e milhões de anos que as flores fabricam espinhos. Há milhões e milhões de anos que os carneiros as comem, apesar de tudo. E não será sério procurar  compreender por que perdem tanto tempo fabricando espinhos inúteis? Não terá  importância a guerra dos carneiros e das flores? Não será mais importante que as contas do tal sujeito? E se eu, por minha vez, conheço uma flor única no mundo, que só existe no meu planeta, e que um belo dia um carneirinho pode liquidar num só golpe, sem avaliar o que faz, - isto não tem importância?! 

Corou um pouco, e continuou em seguida: 

— Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões e milhões de estrelas, isso basta para que seja feliz quando a contempla. Ele pensa: "Minha flor está lá, nalgum lugar.
" Mas se o carneiro come a flor, é para ele, bruscamente, como se todas as estrelas se apagassem! E isto não tem importância!

(Trecho do Audiolivro "O Pequeno Príncipe" de Antoine de Saint-Exupéry.)

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Uma das mais belas metáforas de acontecimentos históricos observáveis no mundo no decorrer do tempo. “Que veja quem tiver olhos de ver”. 

domingo, 11 de dezembro de 2016

Meditação no dia a dia

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sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

O Orkut e a obsolescência programada

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Controlar e pautar grupos no facebook, é como vender doce para crianças. É bem mais fácil do que no tipo de plataforma que o Orkut oferecia. Em termos de administração de comunidades, era sem sombra de dúvidas a melhor, que o digam os donos de comunidades. E os poderosos sabiam disso...

Muitas políticas e ideologias eram desnudadas nas comunidades no Orkut. Havia recursos e ferramentas que facilitavam a interação, pesquisas, buscas avançadas, com um alcance impressionante. E esse, a meu ver, foi um dos motivos que levou o governo federal a optar por uma "Obsolescência programada", utilizada em produtos, ou naquilo que se queira uma “descartalização”. Em outras palavras, o governo trabalhou com o google para deixar o Orkut não funcional e assim venderem o produto desejado e parceiro: O facebook.

No facebook bastam 10 perfis de pessoas dispostas para monopolizarem grupos. Diferente de plataformas como o Orkut (e a VK), em que recursos como: discussões em fóruns, fechar tópicos, pesquisas avançadas, são possíveis, diminuindo as chances de controle dos MAV's - Militantes de Ambientes Virtuais. E os poderosos sabiam disso...

A plataforma de Mark Zuckerberg é muito boa para propagar notícias e fofocas rapidamente, mas em termos de troca de ideias, é uma lástima. Um exemplo,  alguém posta algo interessante. Você começa a trocar ideias, depois tem de sair, e volta horas depois. Quando já há mais de 1000 postagens. Para você pegar o fio de ariádne novamente, você busca sua última postagem naquele mural, subindo de 50 em 50 postagens num processo lento, até encontrá-la — no Orkut era paginada, como na Rede Social VK. Isso se você não clicar acidentalmente em algum link que te mande para a “terra do nunca”, sem possibilidade de retorno imediato — tendo que recomeçar tudo de novo! E os poderosos sabem disso...

Posso estar equivocado sobre a obsolescência programada no Orkut, mas tenho razões para acreditar nela¹. E a depender de mim, as pessoas saberão dessa nova Rede Social, onde a troca de ideias é muito mais eficiente do que o compartilhamento de trivialidades.  Tenho esperança de ver esta comunidade de Brasileiros | VK com 1.000.000 (UM MILHÃO DE MEMBROS!). Basta isso, para essa Rede Social ficar visível, e atrair meio mundo de pessoas. 

É o que precinto e acredito,  por isso farei o que estiver ao meu alcance nessa propaganda voluntária.

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¹Algumas curiosidades:






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