As águas que precedem o estio, lavaram as últimas sombras que manchavam a paisagem dos meus pensamentos.
O ar perfumado do amanhecer brincava com as folhagens do bétele das mangueiras frondosas em saudações amenas, anunciando-me o júbilo da natureza lavada pelas águas que precedem o estio.
Debruço-me à janela da minha choupana e contemplo campo sorrindo o verde da mostarda exuberante.
O seu tom me anuncia a esperança que passará a dominar os meus pensamentos desanuviados, que me guiarão no rumo da alegria.
Rabindranath Tagore
Por Divaldo Franco, Cap. XLIII, no Livro: Pássaros Livres