Após a leitura do artigo : Arquitetura
Cósmica , de Gilson Freire, compilei algumas informações que
desejava publicar há muito tempo, sobre o desentendimento de alguns
espíritas à oferta de Pietro Ubadi (Na CEPA - Confederação Espírita
Pan-Americana) de 1963. Na sequência do artigo segue minhas
impressões e as informações sobre o fato que denominei de: O Grande Equívoco.
Eu costumo separar a Doutrina dos Espíritos do movimento humano
espiritista, em situações como a desse desentendimento de alguns
espíritas à oferta de Pietro Ubaldi (Ver a reflexão acima de Gilson
Freire).
Esse foi o maior equívoco na história do movimento espírita no meu ponto
de vista. A recusa à oferta de Pedro, de ensinos de
caráter centralizador de todas as ciências e religiões, do Espírito de
Verdade, retardou a marcha de compreensão humana por algum tempo.
Hoje, numa quase democratização da informação, é possível avaliar melhor
O Grande Equívoco. Principalmente porque temos acesso a fontes e
pontos de vista de pessoas credíveis.
Antes dos pormenores do caso, apresento (abaixo) uma Entrevista com
Divaldo Franco, que aborda sobre Pietro Ubaldi, e suas obras: Grandes
Mensagens e A Grande Síntese.
"...Bem-aventurados os que são chamados ao banquete das núpcias do Cordeiro!”
Para os de boa vontade. Quando Divaldo diz nesse vídeo, sobre as Grandes
Mensagens e A Grande Síntese. Clique aqui para ver a partir da fala
>> (7:20):
"Essas mensagens eram ditadas pelo
Espírito de Verdade; O Espírito do Senhor, que sempre visita as criaturas da
Terra, havia convocado seu antigo discípulo Pietro Ubaldi, para que
trouxesse a Europa atormentada uma mensagem capaz de resistir ao materialismo
científico. E foi o que ocorreu. Nos anos imediatos ele começou a escrever A
Grande Síntese. Como o próprio nome diz: É uma Síntese extraordinária do
pensamento filosófico, apoiado na física, então, newtoniana com as primeiras
visões da Física Quântica...."
Aqui, pode fechar o vídeo..., não é preciso ouvir mais! É ir
direto para os livros de Pietro, tendo em mente aquela frase de Jesus
para Pedro:
“…tu és Pedro e sobre esta pedra construirei
a minha Igreja...”.
O Desentendimento
Há algum tempo tive a curiosidade de pesquisar este caso do
mal-entendido de alguns espíritas.
O motivo do desentendimento foi a oferta que Ubaldi fez de sua obra aos
espíritas, em carta enviada ao VI CEPA (Confederação Espírita
Pan-Americana) de 1963 na Argentina. Encontrei "A
oferta" (de Ubaldi) transcrita parcialmente no Cap. 13 do Livro: Um
Destino Seguindo O Cristo (Nossa oferta ao Brasil e aos povos da américa
latina). No entanto, esta era a terceira vez que Ubaldi oferecia sua obra,
e eu buscava a íntegra da mensagem ao CEPA (oferta da obra feita aos espíritas
- Segunda oferta, feita depois da dos católicos). A 1ª oferta
foi feita aos católicos que a rejeitaram.
Para uma melhor compreensão do caso: a 1ª oferta foi
feita aos Católicos, a 2ª foi endereçada aos Espíritas, que também
rejeitaram, e a 3ª ao Brasil e aos povos da américa latina, que
abraçaram-na.
Pietro Ubaldi comentando sobre a 3ª oferta, diz:
"Duas vezes essa oferta foi feita e, em
ambas, providencialmente rejeitada. Dizemos "providencialmente",
porque cada recusa lhe abriu as portas para maior expansão. A primeira, a
recusa de Roma, abriu-lhe as portas do Brasil; a segunda, de alguns no Brasil,
as da América Latina. Logo, a finalidade a alcançar foi atingida. Para
quê? Qual seria essa finalidade?"
Para os interessados, segue abaixo A Tese de Pietro Ubaldi na íntegra¹,
enviada ao VI CEPA de 1963 na Argentina. A tradução foi disponibilizada no site
do Portal Pensar²
ATENÇÃO: Ler o anexo
a partir da página 12.
___________
¹ Mensagem de Pietro Ubaldi ao VI CEPA de 1963, traduzida a partir do
documento original em espanhol contido no “Libro del Sexto Congreso de CEPA”,
páginas 296-304.
² www.portalpensar.org ; link para o download: https://drive.google.com/file/d/1Gdvsb5-fzDqHQ1lZz6NG-_Nmybipv4Zy/view
A Oferta de Pietro Ubaldi aos Espíritas
Para Facilitar, segue a transcrição na íntegra da oferta de Pietro Ubaldi aos
Espíritas da CEPA em 1963.
1) Mensagem de Pietro Ubaldi ao VI CEPA de 1963,
traduzida a partir do documento original em espanhol contido no “Libro del
Sexto Congreso de CEPA”, páginas 296-304.
Sua mensagem é a seguinte:
"O progresso das doutrinas que constituem a
base das religiões é um problema do qual depende suas vidas. A existência em
nosso universo só pode realizar-se conquanto seja um transformismo, um devenir
contínuo. Quem se detém morre, abandonado, deixado para trás no caminho geral.
O progresso, porém, exige esforço, ao qual é cômodo renunciar. Assim, as
religiões tendem a cristalizar-se dentro das verdades já adquiridas, o que
significa envelhecimento. Esse é um fenômeno humano pertinente não só de uma,
mas a todas as religiões. Acontece que onde falta o impulso de renovação, a
iniciativa do progresso cultural e espiritual dirige-se para outra direção,
passa a outro campo, como aconteceu em nosso tempo, no qual tal iniciativa deixou
as religiões e tornou-se domínio da ciência. O Espiritismo não pôde deixar de
envolver-se nesse fenômeno universal.
A verdade não é uma posição psicológica definitiva
e estática, mas um conhecimento relativo em evolução. O absoluto pertence
somente a Deus, não ao homem. As próprias verdades reveladas só podem ser
proporcionais à capacidade de entendimento dos povos que as recebem. Por isso,
elas representam apenas posições humanas, relativas e progressivas ao longo do
caminho da evolução, dentro do absoluto que abarca todas essas posições
relativas e sucessivas, próprias de quem está em movimento progressivo e só
pode existir na forma de um transformismo que tende à evolução.
A consequência disso é que não podemos imobilizar a
verdade, permanecendo amarrados ao passado, imóveis, sem uma forma de
progredir, pois, se não seguimos adiante caímos na paralisia. A verdade não é
inerte, porém pesquisa e conquista contínuas. Uma religião, para manter-se
viva, não pode permanecer paralisada na repetição do que foi dito, sempre
estacionada no ponto de partida, adormecida onde nasceu. Sucede então que, para
que a vida não sucumba estagnada no caminho, o pensamento que a dirige migra
para fora das religiões, seguindo novas formas de pesquisas, superando assim o
velho passado e avançando por outras rotas, diferentes meios e novos obreiros,
progredindo por sua própria conta.
É aí que reside o perigo que ameaça todas as
religiões, filosofias e formas de pensamento. Eis o que pode suceder também com
o Espiritismo, porque ele está dentro da mesma humanidade e leis da vida. Se
não se renovar e progredir em paralelo com o pensamento moderno, arrisca-se a
envelhecer e ficar abandonado pela ciência e por esse pensamento.
Chegamos agora aos pontos antes mencionados da
programação do VI CEPA, isto é:
Nº 10: Contribuição do Espiritismo ao progresso da
ciência. Nº 13: A filosofia espírita e a civilização contemporânea. Nº 14: Como
conter os avanços do Materialismo. Nº 22: Prepara o Espiritismo uma nova
civilização?
Por que o Materialismo avança? Porque as religiões
não possuem uma filosofia racional evidente, que convença com provas. Suas
verdades não são demonstradas de uma forma positiva e colocadas em contato com
os fatos e a realidade, como o faz a ciência, a qual, por isso, é
universalmente aceita. Nossa humanidade está saindo de sua infância. Por isso
não deseja mais crer com os olhos fechados, mas saber com eles abertos. É certo
que muitos agem por sugestão ou instinto, porém também é verdade estes vivem na
imitação, sugestionados e dirigidos por aqueles que pensam, os quais estão
sempre crescendo em número. A essa humanidade o leite da fé, próprio para
crianças, satisfaz cada vez menos. Acontece assim que as religiões que não
possuem um sistema racional convincente, sobrevivem apenas na forma de
superstição para os ignorantes e de hipocrisia para os mais astutos.
Quanto ao Espiritismo, em que posição ele se
encontra na civilização contemporânea? Que contribuição deu ao progresso da
ciência e à preparação de uma nova civilização?
O fato é que o Espiritismo ficou mais ou menos
estacionado em sua fase de origem, limitado a dois pontos principais: a teoria
da reencarnação e o fenômeno mediúnico. Nada haverá, então, além desses dois
fatos? Esgotam eles o problema do conhecimento, respondendo a todas as
perguntas e tudo resolvendo? A mente humana, com seu desejo de saber, não pode
ficar encerrada dentro dos limites desses dois pontos. Que solução pode dar o
Espiritismo a infinitos outros problemas que hoje estão vivos na mentalidade
moderna, no terreno psicológico, biológico, social, ético, espiritual,
teológico etc.? Como pode o Espiritismo atual ser levado em conta pela ciência,
filosofia, sociologia, psicologia, moral etc., se não possui um sistema
conceitual completo próprio, que abarque todos os ramos do conhecimento, munido
de provas, baseado na lógica, racionalmente demonstrado, apoiado na forma
mental e na ciência moderna? Terá ele então que exigir a fé cega, que
representa o ponto fraco das religiões?
O Espiritismo não possui uma teologia que nos
esclareça a respeito das primeiras origens do universo e do plano geral da
criação. Sequer os Espíritos revelaram coisas importantes sobre esse tema. E
estes não são problemas distantes, pois, sem conhecer a primeira fonte de tudo,
não se pode compreender a razão pela qual nosso mundo está feito da maneira
como se apresenta, conhecimento que pode nos conduzir a determinados princípios
éticos. A atual filosofia espírita é limitada, não nos dá uma visão completa do
Todo, não explica, pelo menos em uma visão de conjunto, todos os aspectos e não
abarca todos os momentos da Lei de Deus. Quem entrou nesse terreno viu que há
horizontes sem fim, ainda não suspeitados pelas religiões. Allan Kardec deteve-
se nas portas desse mundo imenso e não entrou, como também, com certeza,
naquele tempo ninguém poderia entrar.
Claro que não é fácil produzir todo esse
conhecimento, e de fato a mediunidade não o produziu. Então, onde, está a
Terceira Revelação? Não deveria ela ter dado frutos maiores? Não é este um
problema a ser solucionado? E se alguém humildemente oferece um tal produto já
feito, resultado de inspiração, mas controlado de uma forma positiva, para que
possa enfrentar os próprios materialistas, uma vez que usa a forma mental deles
(produto desenvolvido com a mesma lógica da ciência, que é a única maneira de
ser por ela levado a sério); se alguém oferece um sistema filosófico completo e
uma teologia moderna, racional, que convence por tratar-se de uma verdade
verificada com fatos, o que não acontece com a das religiões, perguntamos: por
que um Espiritismo moderno, evolucionista por sua natureza e apto a
atualizar-se e a tornar-se mais amplo e profundo, não deveria aceitar uma
vantajosa contribuição que lhe completaria os pontos vagos? Contribuição que
não lhe contradiz a doutrina, trazendo-lhe conhecimentos que ele ainda não
possui e que seria útil ao seu progresso.
Trata-se de um conteúdo produzido de forma a
encaixar-se dentro do Espiritismo, uma vez que foi obtido por inspiração ou
intuição, julgada por ele como a mais alta forma de mediunidade, aquela
consciente, controlada pela razão. Essa mediunidade foi utilizada como
verdadeiro método de pesquisa, o método da inspiração ou intuição, enfocado e
analisado pela razão, de modo a tornar- se racionalmente aceitável pelo moderno
positivismo científico. Só assim o Espiritismo poderá avançar paralelo à
ciência e exigir a atenção dos materialistas, usando sua própria forma mental e
seus métodos racionais. Só assim o Espiritismo poderá sair do caminho trilhado
pelos habituais conceitos que se repetem em suas sessões mediúnicas, e
colocar-se à altura do adiantado pensamento moderno, no terreno da filosofia e
da ciência.
No Sexto Congresso Espírita Pan-americano,
perguntamos: por que o Espiritismo não quer tomar a iniciativa de
transformar-se em uma religião universal, bastando para isso que se apoie sobre
as mais amplas bases científicas e racionais? Desse tipo será a religião do
futuro, aceita por todos como o é a ciência, por se apoiar em fundamentos
lógicos e inteligíveis. Somente essa será a religião que os materialistas e a
ciência poderão levar em conta. Enquanto oferecermos somente uma fé cega e
produtos mediúnicos, aos quais se dá valor apenas pelo fato de serem mediúnicos
e não por seus conteúdos de lógica e originalidade, como se poderá exigir que
os pensadores se interessem por eles? Isso não poderá acontecer enquanto o
Espiritismo não produzir algo superior e original, que vá além do que o
espiritualismo já produziu e que não será valorizado pelo simples fato de ser
mediúnico, mas porque representará um conhecimento que as outras doutrinas
espiritualistas não geraram. Poderia ser uma glória para o Espiritismo haver produzido
em seu seio, com o método inspirativo ou intuitivo, um sistema
filosófico-ético-científico que possa iluminar todo o pensamento humano, como
também poderia acontecer com as outras religiões que ainda não possuem tal
sistema. Enquanto, porém, cada um acreditar possuir toda a verdade, à qual nada
mais se possa acrescentar, tudo isso não será possível. Então qualquer pesquisa
nova, como qualquer descoberta, será julgada heresia, e não se poderá realizar
progresso algum. Atingindo esse desejável desiderato, o Espiritismo deixaria de
ser uma doutrina limitada a uma prática mediúnica, convertendo-se em uma
concepção imensa, uma religião universal, já que seria uma filosofia completa,
salvadora, convincente até para os materialistas.
Chegou para todas as religiões a hora de
renovar-se, se não quiserem ser superadas, ficando esquecidas e mortas. Seguir
repetindo os velhos ritos e formas, sem agitar o pensamento e o espírito,
equacionando e resolvendo os problemas novos que estão surgindo na mente
humana, significa ficar em abandono, fora do caminho da vida que avança. Nossa
oferta é feita a todos, com absoluto espírito de imparcialidade e
universalidade, acima de toda ideia de luta e de sectarismo exclusivista. A
religião mais inteligente aceitará, e será então a "líder", destinada
a atuar como centro difusor de maiores verdades que as atualmente conhecidas.
Qual será o grupo mais inteligente que aceitará assumir esse papel?
Isso não significa destruir o passado. Conservar é
bom e necessário, porém é indispensável também continuar evoluindo. Para isso
não se pode viver unicamente da repetição do velho, mas importa também investir
na pesquisa e na criação do novo. Uma religião ou doutrina pode firmar-se
também no terreno de seus opositores, quando estes lhes oferecem um produto de
valor que ela não possui, explicações e soluções que ela não soube alcançar,
como uma contribuição útil que pode e deve aproveitar para o seu progresso. De
outro modo, ela se mantém fechada em seu espírito sectário, encerrada no estreito
âmbito de seus adeptos e seguidores, repetindo de memória as velhas verdades
que pôde alcançar. E o mundo, fora daquele grupo, dirá que essa religião está
morta, porque nada mais produz.
O perigo comum a todas as religiões é a
cristalização, que as leva à velhice e à morte. Para que sobrevivam e se
fortaleçam é necessário que avancem, trabalhando no espírito. Sem renovação não
há vida. A quietude conceitual é para elas a velhice que antecede a morte. O
Espiritismo corre o risco de ficar parado no nível Allan Kardec, como o
catolicismo ficou no nível de São Tomás e da escolástica, o protestantismo no
nível Bíblia etc. Segundo o Catolicismo, a revelação interrompeu- se com São
João. O que produziu, porém, de fundamental importância, a nova revelação de
que fala o Espiritismo? Que progresso teve a doutrina desde sua origem? Por que
não nasceu uma teologia espírito-científica que explique o que a católica não
explicou, para que assim desperte o interesse do mundo daqueles que pensam?
Este está com fome de tais coisas que faltam, porque o homem ainda não
encontrou resposta satisfatória e lógica, e portanto convincente, às mais
elementares perguntas e porquês referentes a nossa existência. Tudo progride,
menos o pensamento religioso. Ao imenso avanço mecânico e material, é urgente
que se contraponha um paralelo desenvolvimento espiritual.
Esse é o conteúdo de nossa oferta e suas razões.
Ela foi feita a todos imparcialmente para que alguém a entenda, a aceite, a
sustente, a difunda e a utilize para si. Nada pedimos em troca. Essa oferta
representa o fruto de 33 anos de trabalho árduo, vencendo mil dificuldades.
Trabalho que hoje está concentrado em 20 volumes, que somam até agora cerca de
8000 páginas.
Nessa Obra há um livro: Princípios de uma Nova
Ética, o qual responde ao item nº 17, da seção V da programação do VI CEPA. Há
vários livros de ciência social, que respondem ao item nº 21 da seção VI do
mesmo programa. Além destes, quase não há problema que atormente a mente do
homem que não tenha sido abordado. Essa é a contribuição com a qual o
Espiritismo poderia favorecer o progresso da ciência (seção III, nº 10); eis
aqui o que uma filosofia espiritista poderia ofertar à civilização
contemporânea (seção IV, nº 13); eis aqui como se poderia conter o avanço do
Materialismo (seção IV, nº 14). Eis aqui como o Espiritismo poderia preparar
uma nova civilização (seção VI, nº 22). Temos exatamente um livro intitulado: A
Nova Civilização do Terceiro Milênio. Estamos assim dentro dos temas do
Congresso.
Não queremos honras, nem poderes, sequer glórias. O
que pedimos é compreensão. O que nos interessa é somente o bem de todos. Nossa
oferta pode ser utilizada por todas as religiões. Já por uma dessas, que não a
entendeu, tal oferta foi rechaçada. Nosso trabalho não parou o seu avanço, e
assim continuou andando, pois ninguém pode deter uma obra de Deus. E ela
continuará de um hemisfério a outro, viajando de povo em povo, de nação em
nação, mudando de lugar e de idioma, atravessando formas mentais e civilizações
diferentes, mas em cada país deixando um pilar de sua passagem, trabalhando com
paixão e esperando com fé, até que fatalmente encontrará quem a compreenderá.
Essa é a história do caminho e da aceitação de toda ideia nova no mundo".
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