ACERVO VIRTUAL HUBERTO ROHDEN E PIETRO UBALDI

Para os interessados em Filosofia, Ciência, Religião, Espiritismo e afins, o Acervo Virtual Huberto Rohden & Pietro Ubaldi é um blog sem fins lucrativos que disponibiliza uma excelente coletânea de livros, filmes, palestras em áudios e vídeos para o enriquecimento intelectual e moral dos aprendizes sinceros. Todos disponíveis para downloads gratuitos. Cursos, por exemplo, dos professores Huberto Rohden e Pietro Ubaldi estão transcritos para uma melhor absorção de suas exposições filosóficas pois, para todo estudante de boa vontade, são fontes vivas para o esclarecimento e aprofundamento integral. Oásis seguro para uma compreensão universal e imparcial! Não deixe de conhecer, ler, escutar, curtir, e compartilhar conosco suas observações. Bom Estudo!

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terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Ubaldi deveria ter vindo morar no Brasil?

Comentário(s)



Circulam no movimento espírita três crenças que considero equivocadas sobre Pietro Ubaldi, que infelizmente afastam muitos confrades de estudar as suas Obras, gerando uma lastimável perda de oportunidade da ampliação do saber e do sentir, por coisas tão pequeninas.
Tenho encontrado anualmente muitos companheiros(as) que ao iniciarem o estudo das obras de Ubaldi se lamentam de não terem feito antes, em virtude destas crenças separatistas que falaremos neste texto. Revelam que apesar de terem tido outrora a oportunidade de estudar Ubaldi, ou deixaram o livro de lado no canto de sua biblioteca, ou recusaram de pronto, ou, até mesmo, fizeram campanha contra a Obra de Pietro Ubaldi.
Não são poucos estes relatos. É fato corrente nos eventos sobre Pietro Ubaldi. Você mesmo que está lendo este singelo texto pode ter vivido esta realidade.
Confesso que é com certo pesar que escrevo sobre tais crenças. Mas acho necessário, pois famosas personalidades do Espiritismo continuam a propagá-las em grandes eventos, afastando inúmeras pessoas de estudar Pietro Ubaldi, lamentavelmente. Portanto, talvez seja um crime maior observar estas crenças fazerem coro por aí sem contrapontos fraternos que contribuam para que os meus irmãos(as) decidam por si só, com mais elementos de avaliação.
Sei que são boas as intenções dos meus irmãos e irmãs que propagam estas crenças, elas apenas carecem, ao meu ver, de maiores estudos sobre a vida e Obra de Pietro Ubaldi.
Mas enfim, que crenças são essas? Bom, são três: 

1) Ubaldi queria superar o Espiritismo.
2) Ubaldi chamou Chico Xavier para fundar uma nova Doutrina.
3) Ubaldi não deveria ter vindo morar no Brasil.

E em que bases se “fundamentam” estas crenças? Em duas bases:

1) “Ouvi Chico Xavier dizer…” ou “Chico Xavier me disse…” 
2) Texto de Herculano Pires em oposição ao texto de Pietro Ubaldi ao VI CEPA – Congresso Espírita Pan-Americano de 1963.



Comecemos pelas crenças 1 e 2.
De fato, qualquer leitor iniciante da Obra de Ubaldi percebe de pronto a gritante contradição das crenças 1 e 2 com os textos de Ubaldi, uma vez que em toda a Obra o missionário fez questão de declarar (até mesmo por cartas pessoais publicadas quando quiseram criar partidos/movimentos/instituições com o seu nome) o seu lema Universalidade e Imparcialidade, sendo este lema um dos pontos que mais saltam aos olhos do leitor dos seus livros.
Sem dúvidas, a maior prova contra as referidas crenças 1 e 2 são os próprios textos/livros/cartas/conceitos de Ubaldi, por confrontá-las frontalmente, me parecendo que quem propaga tais crenças não leu as Obras de Ubaldi e não conhece a sua biografia, cuja postura sempre foi a de não-filiação a quaisquer movimentos, somente a Cristo. Sendo esta maneira ubaldiana um pilar do seu sistema conceptual.
Só para citar um exemplo, Ubaldi chegou a escrever no seu livro A Lei de Deus, para explicar seu caráter não-partidário, o seguinte acontecimento:
“Uma vez expliquei a alguém o meu ponto de vista de imparcialidade e universalidade. Sua face iluminou-se e, de súbito, respondeu: “compreendo, trata-se de um novo partido: o dos imparciais e universalistas”. Este fato mostrou-me como a forma mental comum não consegue conceber coisa alguma se não for contida dentro dos limites do relativo, isto é, dum grupo particular separado dos outros e, logicamente, em luta entre si…” [1]
Sobre o fundamento 2, que se refere ao caso do VI CEPA, que é o mais utilizado para sustentar a crença 1, gravamos dois podcasts no Portal Pensar apresentando uma pesquisa documental que demonstra como que este mal-entendido foi superado ainda na década de 60 pelos seus participantes, bem como, realizei uma palestra apresentando esta pesquisa no XXX SEMINÁRIO MINEIRO PIETRO UBALDI que ocorreu na Fazenda Modelo em Pedro Leopoldo – MG. A pesquisa documental, os podcasts e a palestra estão disponíveis no link abaixo:
A vasta pesquisa documental que realizamos demonstrou que o fato não ocorreu da forma como vendo sendo propagada no Brasil, que, de maneira parcial, só se utiliza a oposição de Herculano Pires como se fosse opinião geral, desconsiderando todas as outras e de número maior a favor da tese de Ubaldi oferecida ao VI CEPA.
Neste documento com todas as referências (à disposição de todos) contamos a história cronológica dos acontecimentos baseada nos escritos de alguns dos próprios envolvidos no mal-entendido (já sepultado naquela década), além de cartas íntimas trocadas entre Pietro Ubaldi, M. Emygdio e José Amaral sobre o ocorrido.
Mas antes de me despedir das crenças 1 e 2 vale a pena contar que vivenciei na pele o impacto destas crenças no Centro Espírita quando iniciei os estudos de Pietro Ubaldi, pois um querido amigo palestrante espírita buscou (de boa intenção) alertar-me de eventual equívoco por estar estudando Ubaldi, me encaminhando um e-mail de um famoso palestrante e médium espírita que afirmava o fundamento 1 acima referido, dizendo em resumo que: “ouviu o próprio Chico dizer que Ubaldi não deveria ter vindo morar no Brasil, e que Chico contou-lhe que Pietro Ubaldi o convidou a abandonar o Espiritismo e fundar com ele uma nova Doutrina.”
Lembro como se fosse hoje o impacto que senti, tendo em vista ter vindo de um querido amigo e exímio estudioso, bem como de um famoso e respeitável médium e palestrante espírita. Todavia, apesar do respeito a informação recebida, já tinha lido o suficiente para de pronto perceber a inverdade destas crenças, peremptoriamente contrária a tudo o que eu estava lendo nas obras de Ubaldi, e segui para adiante nas leituras, amadurecendo mais, e vindo então a confirmar após a conclusão da leitura dos 24 livros o equívoco destas crenças.
Despedindo-se das crenças 1 e 2 para ficar bem claro que Ubaldi nunca quis superar o Espiritismo e/ou fundar uma nova Doutrina, vejamos um pedido seu registrado no seu livro PROFECIAS:
“Por que procurar limitar meu trabalho concebendo-o somente em função de grupos particulares? (…) E por que me ser atribuído, como o mais imperdoável dos defeitos, esta minha AUSÊNCIA DE ESPÍRITO SECTARISTA?”
Sigamos, enfim, na abordagem da crença 3, para verificar se Ubaldi deveria ou não ter vindo residir no Brasil.
Podemos verificar nos próprios escritos de Ubaldi em seus livros e cartas pessoais, nas biografias feitas por Clóvis Tavares e por José Amaral [2], bem como no filme feito pela Versátil Home Vídeo do Oceano Vieira de Melo [3] e noutras fontes, diversos acontecimentos na vida de Ubaldi que apontam diretamente para o fato de que estava no seu planejamento reencarnatório missionário sua vinda para o Brasil. Vejamos apenas 8 (oito) de tantos fundamentos:
  1. Em 1910, com a idade de 25 anos, Pietro Ubaldi, italiano, se formou em Direito pela Universidade de Roma, com a seguinte tese: EXPANSÃO COLONIAL E COMERCIAL DA ITÁLIA PARA O BRASIL. Percebam como que o Brasil, desde jovem, já estava na mente de Ubaldi. [4]
  2. Quando Pietro Ubaldi foi convocado para a primeira guerra mundial, há uma foto muito interessante no seu gabinete, onde se vê o mapa do Brasil ao fundo. [5]
  3. HÁ DIVERSAS MENSAGENS DE SUA VOZ, recebidas pelo próprio Ubaldi e contadas por ele mesmo em seus livros e cartas, dando alertas prévios e ordens diretas sobre sua mudança definitiva para o Brasil, em razão da continuidade da Obra.
  4. Naquele sublime encontro com Chico Xavier em Pedro Leopoldo, em 17 de agosto de 1951, quando os dois missionários psicografaram ao mesmo tempo mensagens para Ubaldi, uma de Francisco de Assis por Chico Xavier e outra de Sua Voz por Ubaldi, lemos na mensagem de Sua Voz a seguinte afirmação:
“(…) Eis que se inicia uma nova fase da tua missão na Terra e, precisamente, no Brasil (…) O Brasil é verdadeiramente a terra escolhida para berço desta nova e grande ideia que redimirá o mundo (…) Tua missão é desenvolvê-la. Todos os recursos te serão proporcionados (…) Pedro, confio-te esta nova Terra, o Brasil, a Terra que deves cultivar (…) as portas do mal não prevalecerão.”
Muita significativa a clareza desta afirmativa e sobretudo o ambiente espiritual em que foi ditada, extremamente propício a ser recebida uma mensagem de Francisco de Assis, secretário do Cristo. A sublimidade e os acontecimentos maravilhosos deste evento único estão registrados no livro “Trinta Anos com Chico Xavier” de Clóvis Tavares. [6]
5. Em 1934, quatro anos antes de Chico Xavier psicografar o livro “Brasil Coração do Mundo Pátria do Evangelho” pelo espírito Humberto de Campos, Ubaldi já havia escrito e publicado textos claros e objetivos sobre a missão do Brasil na hora histórica do planeta. Tais escritos se encontram publicados em seu livro “Fragmentos de Pensamento e de Paixão” nos primeiros capítulos chamados “Apresentação” e “Programa”, onde Ubaldi se apresenta ao mundo e apresenta o seu programa de trabalho, declarando, dentre outras coisas, o seu lema universalidade e imparcialidade. Vejamos dois trechos desses capítulos:
“Brasil, terra prometida da nova revelação, terra escolhida para a primeira compreensão, terra abençoada por Deus para a primeira expansão de luz no mundo (…)”. “Eis o que Sua Voz pede, primeiramente ao Brasil, escolhido para a primeira afirmação destes princípios no mundo. E esta afirmação deve ser um imenso amplexo de amor cristão. Será a primeira centelha de um incêndio que nos deve inflamar de bondade para dissolver o gelo de ódio e rivalidade que divide, esfomeia e atormenta o mundo.” [7]
6. No seu livro chamado “Profecias” lemos um longo prefácio intitulado “Gênese da II obra”, onde o próprio Ubaldi narra com detalhes os chamados de Sua Voz e os acontecimentos que o fizeram se mudar definitivamente para o Brasil. Vamos encontrar ainda neste capítulo um estudo de Ubaldi sobre os períodos cíclicos de sua vida, onde profeticamente com uma antecedência de 30 anos, ele acerta a idade do seu desencarne e da conclusão da sua Obra com o livro “Cristo”. Sobre o Brasil, vejamos um trecho:
“Observemos agora, mais de perto, os mais próximos antecedentes de minha transferência para o Brasil, expondo como e o porquê me encontro atualmente aqui. O primeiro aviso de tão grande mudança me foi dado quando isso parecia absolutamente irrealizável, na Páscoa de 1950, (…) Foi quando Sua Voz, na manhã de domingo, na hora em que Cristo ressuscitou, me disse, textualmente, estas palavras claríssimas e fortes: “Vai ao Brasil. A hora chegou. Esta é a hora em que se cumpre a tua missão. Vai! Ou agora ou nunca mais!”. [8]
7. No livro do cônsul Manuel Emygdio, onde foi publicada dezenas de cartas pessoais de Pietro Ubaldi, lemos Ubaldi narrando em detalhes os chamados de “Sua Voz” para que ele se mudasse para o Brasil. Disse ele que Sua Voz “pronuncia-se claramente (e até auditivamente), dizendo: “Vá para o Brasil, agora ou nunca mais”. [9]
8. Noutra carta inserida no livro acima, num contexto em que Ubaldi se encontrava sem condições financeiras para publicar os livros e para se sustentar, agravado por promessas de auxílio não cumpridas, lançaram a sua candidatura ao prêmio nobel, que foi aceita por Ubaldi, pois vislumbrou uma esperança de, caso vitorioso, utilizar o prêmio para comprar uma tipografia e assim, mais independente, baratear a impressão da Obra. Vemos nestas cartas Ubaldi sempre interessado em concluir a Obra. Segue trecho da resposta de Ubaldi a Manuel Emygdio sobre a campanha:
“(…) O fato é que, sem esta solução, a Obra fica paralisada. Quer o amigo que eu faça um apelo pessoal, assinado por mim dizendo a verdade, isto é, que “Eu obedeci em 1952 à “Sua Voz” que me falou” Vai para o Brasil. A sua missão se cumpre. Ou agora ou nunca mais.” Eu obedeci. São 9 anos desde que estou aqui lutando. Aprendi o português. Em 9 anos escrevi dez volumes da IIª. Obra. Aos 76 anos estou sempre trabalhando de graça pedindo esmola para sustentar a minha família e realizar a missão” [10]
É repetido aos ventos nas palestras espíritas que o Brasil é o celeiro do mundo, ante a afirmativa de Emmanuel no prefácio de Brasil Coração do Mundo Pátria do Evangelho, que disse:
“O Brasil não está somente destinado a suprir as necessidades materiais dos povos mais pobres, do planeta, mas, também, a facultar ao mundo interior uma expressão consoladora de crença e de fé raciocinada e a ser o maior CELEIRO DE CLARIDADES ESPIRITUAIS do orbe interior”. [11]
Ora, será que a vinda de Ubaldi ao Brasil promovida pelos próprios espíritas e organizada por Sua Voz, onde Ubaldi heroicamente escreveu metade da sua Obra de profundíssimas “claridades espirituais” não se encaixa nesta afirmativa de Emmanuel ???
Neste mesmo livro, encontra-se uma profecia que pode ser atribuída a vinda de Ubaldi ao Brasil, uma vez que foi justamente na região da úmbria, em Foligno na Itália, que nasceu Pietro Ubaldi. Vejamos: “Novos inspirados da Úmbria virão fundar os refúgios amenos da piedade cristã.” [12]
Sinceramente, esta crença separatista só teria validade SE A OBRA TIVESSE FALHADO NO BRASIL, se Ubaldi não tivesse concluído o que profetizou com décadas de antecedência, ou seja, se este texto não fosse escrito, uma vez que não estaríamos aqui falando deste autor.
Assim, de maneira que a Obra venceu conforme o programado, cai por terra tal crença, pois não houve prejuízo à Obra quando Ubaldi veio para o Brasil, pelo contrário, ela segue triunfante! Vejamos, resumidamente, alguns dos seus muitos triunfos aqui no Brasil:
• Fundação do IPU – Instituto Pietro Ubaldi, em Campos dos Goytacazes – RJ. [13]
• Todos os 24 livros publicados.
• 24 edições anuais do Congresso Nacional Pietro Ubaldi. Cada ano ocorre em um Estado.
• Anualmente se realizam dezenas de palestras e seminários sobre Pietro Ubaldi.
• Foram fundados 3 museus de Pietro Ubaldi, um no IPU e outro em Sobradinho – DF, bem como um museu virtual, lindíssimo, que pode ser visitado neste site http://www.museupietroubaldi.org/ [14]
• Dezenas de grupos de estudos presenciais e virtuais da Obra Pietro Ubaldi.
• Dezenas de livros escritos sobre as Obras de Pietro Ubaldi.
• Institutos, como por exemplo o IBBIS [15], utilizam de uma pedagogia baseada na Obra de Pietro Ubaldi nos seus núcleos de trabalho e propagam a Obra pela TV IBBIS.
Enfim, dentre tantos avanços, o maior fundamento é o fato de que a Obra foi TODA PUBLICADA e segue sendo reeditada, revisada, procurada e estudada, apesar de todas as perseguições, condenações, crenças separatistas e amargos sacrifícios enfrentados pelo instrumento, “o apóstolo de Gubbio” (como costumava ser chamado por Chico Xavier), que pôde concluir a sua missão planejada na agenda do Cristo.
Dou graças a Deus por ter tido acesso a esta Obra no Brasil. E agradeço demais ao professor Ubaldi pela oferta, com lágrimas de sangue, bem o sei.
Viva o Brasil que produz estes verdadeiros milagres, que faz nascer em berço esplêndido estas portentosas obras evangélicas, para acender nos corações a chama da fraternidade cristã e a inaugurar a era da concórdia, característica da nova civilização do terceiro milênio.
Viva Ubaldi, pelo sacrifício feito em prol de todos, pela cruz carregada com resignação e fé, pela vida de dever e perdão, e pela obediência à missão que lhe foi confiada, sendo fiel até o fim, não negando, nem sequer uma vez, quanto mais três, os olhares e mensagens de Sua Voz, respeitando até mesmo a dificílima tarefa de se mudar, com 65 anos de idade, com salário de professor aposentado, com esposa doente, uma filha e duas netas pequenas, para um outro continente, em viagem de navio na década de 50, bem diferente de hoje, com clima, língua, cultura e culinária diferentes, e numa época em que o Brasil se encontrava em intensas convulsões sociopolíticas, com pobreza extrema, muito pior do que hoje.
Enfim, convido o leitor a pensar nisto, pois realmente só um ato de genuína fé e renúncia seria capaz de, acreditando numa Voz do além, realizar tamanha mudança, e com um único intuito, concluir a escritura da Obra, sua missão!
Diante de todo o exposto, considero tal crença separatista um desserviço à busca da verdade e uma ofensa à memória de Pietro Ubaldi e sua família, por se tratar de uma invasão a sua vida pessoal dizendo o que ele deveria ou não ter feito, sem viver a vida dele.
Portanto, caro amigo (a), fica a dica para que busque por si só o conhecimento e não se deixe levar pelo que disseram por aí. Toque com suas próprias mãos o saber, sinta com o próprio coração a experiência da leitura, viva com teu próprio espírito a sensação de conhecer a si mesmo nas Obras de Pietro Ubaldi, onde Jesus e Francisco de Assis te aguardam.
Paz e bem.
Por Rafael Van Erven Ludolf  (Niterói, RJ, 29.03.2018.)
REFERÊNCIAS: 
[1] Pietro Ubaldi. A LEI DE DEUS. Capítulo 2. Página 23. 5ª ed. 2001. IPU.
[2] José Amaral. GRANDES MENSAGENS. Primeira Parte: Pietro Ubaldi e o Terceiro Milênio. Página 47. IPU. 2012.
[3] http://www.dvdversatil.com.br/a-grande-sintese-de-pietro-ubaldi-2/ Pode ser assistido aqui:https://www.youtube.com/watch?v=Pt2ZYonzlPg
[4] José Amaral. PIETRO UBALDI, O MISSIONÁRIO. Página 37. IPU. 2009.
[5] José Amaral. PIETRO UBALDI, O MISSIONÁRIO. Página 59. IPU. 2009.
[6] Clóvis Tavares. TRINTA ANOS COM CHICO XAVIER. Capítulo 13. 7ª ED. IDE. 2008.
[7] Pietro Ubaldi. FRAGMENTOS DE PENSAMENTO E DE PAIXÃO. Primeira Parte. Apresentação (1934) e Programa (1934). 4ª Ed. IPU. 1987.
[8] Pietro Ubaldi. PROFECIAS. Prefácio: Gênese da II Obra. 5ª Ed. IPU. 2000.
[9] Manuel Emygdio da Silva. O GÊNIO DE UBALDI E A EVOLUÇÃO DA HUMANIDADE: COLÓQUIOS E CORRESPONDÊNCIA. Páginas 25 e 157.
[10] Humberto de Campos. Chico Xavier. BRASIL, CORAÇÃO DO MUNDO, PÁTRIA DO EVANGELHO. Prefácio de Emmanuel. 34ª Ed. FEB. 2013.
[11] Humberto de Campos. Chico Xavier. BRASIL, CORAÇÃO DO MUNDO, PÁTRIA DO EVANGELHO. Página 180. 34ª Ed. FEB. 2013.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Crítica

Comentário(s)


Por Divaldo Franco

A crítica é uma conduta filosófica decorrente da análise de um fato, uma produção literária, artística ou de qualquer natureza. Tem a finalidade de analisar e opinar a respeito daquilo que é observado.

Há, no entanto, dois tipos de críticas: a positiva (ou edificante) e a negativa (muitas vezes de caráter destrutivo). Tudo quanto ocorre torna-se motivo de crítica, sendo uma séria maneira de estudo daquilo que se deseja comentar. 

Não deveria, no entanto, ter o caráter destruidor, que muitas vezes é manifestado pelo sentimento perverso daquele que a elabora. Mesmo quando merece uma análise negativa, não se deve revesti-la do sentimento colérico, porém de uma análise profunda em relação ao seu conteúdo. 

Através da História temos visto um perfeito retrato das emoções culturais de cada época, quando de referência à crítica de arte, literatura, arquitetura, etc...

Quando Goethe, o extraordinário escritor alemão publicou o seu livro WERTHER, sofreu as mais diferentes críticas, e porque o tema delicado induzisse ao suicídio, diversos países proibiram a sua publicação e o condenaram. Com o tempo, a evolução do processo do raciocínio e da análise, tornou-se clássico da literatura mundial.

Não há muito, quando Paris desejou ampliar a estrutura, a fachada do Museu do Louvre e foi apresentado o projeto atual, ocorreram críticas rigorosas contra o arquiteto, considerado incapaz para a realização de tal porte, e hoje permanece com a sua audaciosa beleza, desafiando a agressividade de que foi vítima.

Na literatura como na arte especialmente, no vestuário como no comportamento da sociedade, muito combate extravagante e feroz tentou impedir a sua aceitação, e não poucos artistas, escritores, arquitetos chegaram ao cúmulo de suicidar-se face à impiedade com que foram tratados...

Os tempos mudaram e as suas obras são hoje consideradas como frutos da genialidade e da grandeza de que eram portadoras.

Vivemos um momento grave nesse aspecto, em razão da facilidade da comunicação virtual. As pessoas facilmente opinam em tudo, mesmo sem qualquer conhecimento do tema, numa exibição, às vezes, vergonhosa, em razão da sua falta de capacidade analítica e de estudo em torno da questão comentada.

Algumas de temperamento irascível, não dispondo de argumentos justos para comentar o que não é correto, investem contra o autor com quem não simpatizam, ofendendo-o com acusações desonestas e mentirosas, algumas vezes, frutos da inveja e do complexo de inferioridade.

O crítico veraz nunca abandona a obra em análise para comentar o seu autor, interessado somente na qualidade do estudo a que se dedica.

Criticar é fácil, especialmente quando não se tem condições...

Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, 23 de janeiro 2020.

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

A resistência à lei e suas consequências

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"O indivíduo que trabalha em sentido anti-Lei procura fortalecer a sua resistência contra a corrente da Lei. Constrói um dique que se manterá em pé enquanto puder, porque está do lado oposto. Mas a corrente não se detém e a água continua a forçar o dique, que gostaria de deter-lhe o curso. Mas o nível da água cresce e aumenta cada vez mais a pressão. Por mais alto e forte que seja o dique, cada vez mais se aproxima o momento da catástrofe, com a vitória da corrente, afundando e destruindo o dique. Então, o impulso da Lei, isto é, o das forças do bem, vence finalmente o impulso da anti-Lei, isto é, o das forças do mal¹."

Pietro Ubaldi

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¹Do Livro: A Técnica Funcional da Lei de Deus, Cap. A resistência à lei e suas consequências. 

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Cooperar é melhor do que competir

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terça-feira, 14 de janeiro de 2020

LIBERDADE, LIBERDADE!

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"Segue a baixo a opinião de Divaldo Franco sobre o grupo que satiriza Jesus e sua família, em vídeo do Porta dos Fundos.  O artigo é de cinco dias antes e vale a conferência pela lucidez de Divaldo Franco. Por concordar plenamente com o exposto compartilhamos." (Eronildo Aguiar)

LIBERDADE, LIBERDADE!
Por Divaldo Franco
Há um velho dito que assim se expressa: “Ainda não vi tudo!”

Refere-se às surpresas do quotidiano, no que diz respeito aos acontecimentos durante a existência física.
Fatos aberrantes chocam-nos a cada momento e, através da Imprensa em seus vários aspectos, o noticiário surpreende-nos com ocorrências inimagináveis, que se vão tornando comuns em nosso processo de relacionamentos sociais.
Mais recentemente, todas pessoas sensatas, religiosas ou não, fomos surpreendidos com o escândalo satírico, em torno das figuras históricas e nobres de Jesus, Seus familiares e seguidores mais próximos.
Em nome da liberdade de pensamento e de expressão um grupo, repetindo-se em perversões chocantes, tenta denegrir o Homem de Nazaré, assim como todos aqueles que com Ele conviveram, em cenas vulgares de uma vileza moral que nos obriga a entretecer os comentários que seguem.
Essas pessoas permitem-se liberdades libertinas, confundindo-as e azorragando a cultura e a arte com baixeza moral alarmante.
Esses artistas que navegam contra a correnteza da Historia e da Ética dos bons costumes chegam ao despautério de ver todos os membros que envolvem Jesus, Ele inclusive, como portadores das chagas mais ultrizes que, certamente, são familiares aos sentimentos que se transferem deles na atualidade e atirados nos homens e mulheres do pensamento cristão inicial.
Têm, sim, um propósito destrutivo esses indivíduos anarquistas. Na falta de cultura e de arte para combaterem os nobres ideais com outros que lhes sejam superiores, rebaixam-nos à própria condição. Aquele que dividiu a História com a Sua existência ímpar e atraiu ao holocausto por aproximadamente trezentos anos, mais de um milhão de pessoas de todas as classes sociais e culturais é inatacável.
Certamente essa visão atormentada não afeta a mensagem do Evangelho e muito menos o Seu autor, mas perturba as gerações novas despreparadas para o respeito ao próximo e à sociedade, criando um campo de tormentos morais mais servis do que aqueles que hoje arrastam multidões desassisadas.
Ninguém tem o direito de agredir impunemente as crenças e os ideais dos outros, especialmente aqueles que os não têm nenhuns, que se caracterizam pela zombaria, autodestrutivos e enfermiços.
O meu silêncio diante das ofensas propositais e patológicas ao Mestre venerado por mais de um bilhão de homens e mulheres de todo jaez, será anuência à perversão e indignidade de que se reveste o ataque deplorável, perpetrado por esse grupo que elegeu a porta do fundo para se fazer conhecido.
Apresento, deste modo, o meu repúdio pessoal à anticultura e devassidão desses apóstolos da era de decadência da sociedade que perdeu o rumo da razão e dos deveres morais.
Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, 09 de janeiro 2020.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

O que é a guerra ?

Comentário(s)



Por Huberto Rohden

De algum desses eremitas da Tebaida se contam coisas estranhas, se não historicamente verdadeiras, certamente verdadeiras como característica espiritual deles. 

Um dia, o eremita A. disse ao eremita B., seu vizinho: 

— Sabes, irmão, que lá fora há guerra? 

— Guerra? – replicou o outro. – Que é isto?

— Bem... – retrucou o primeiro – guerra... guerra... é uma coisa muita feia, que não se deve fazer.

— Mas, afinal de contas, que é guerra?

— Não sei explicar... Mas vamos brincar de guerra, para compreenderes o que é. Olha aqui, eu tenho um livro; tu não tens livro algum. Eu digo: Este livro é meu! Tu respondes: Não! Este livro é meu! Eu grito: Este livro é meu! Assim começa a guerra. Vamos brincar de guerra: Este livro é meu!...

— ?

— Responde!

— Responder, o quê?...

— Grita: Este livro é meu!

— Como? Se este livro é teu, então não é meu...

— Ora, ora... Tu não tens vocação para guerra... Já acabaste com a guerra antes de começar... Os homens lá fora não fazem assim. Brigam sem fim, por causa de coisas que não são nem de um nem de outro.                                                              

— É verdade, nós não temos jeito para guerra...

— Também não temos nada por que brigar...

— Paciência... Não podemos sequer brincar de guerra...¹

_____________                                                                                          
¹Do livro: Minhas vivências na Palestina, no Egito, e na Índia


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