Por Eronildo Aguiar
A
dúvida é um pensamento inato ao Ser humano. Se duvido, penso; se penso,
existo. Não é uma questão de ter ou não tê-la. Ninguém aprende a ter
dúvida, somos na essência duvidosos.
"Cogito,
ergo sun" (Duvido, logo sou)
René
Descartes

Não
somos máquinas. Não é o ser social que determina a consciência, mas a
consciência que determina o ser . É esta a constatação genial de Descartes. Com
ela, o ser individual [a alma] é apresentado como uma realidade inquestionável
[Duvido, logo sou]. A substância espiritual [res cogitans] é separada da
substância da matéria [res extensas]. É isso que se chama de “dualismo”
cartesiano. Alma e corpo [espírito e matéria] se distinguem.
O
Inatismo é um fato irrefutável (Duvidamos!). Descartes matou o materialismo que
apresentava o ser como produto alopensante [determinado pelo mundo externo].
Com Descartes a tabula rasa de Aristóteles e a folha de papel em branco de John
Locke tem a digital imanente de Deus.
Como na
propaganda da TV Cultura: não são as respostas que movem o mundo, mas as
perguntas!