ACERVO VIRTUAL HUBERTO ROHDEN E PIETRO UBALDI

Para os interessados em Filosofia, Ciência, Religião, Espiritismo e afins, o Acervo Virtual Huberto Rohden & Pietro Ubaldi é um blog sem fins lucrativos que disponibiliza uma excelente coletânea de livros, filmes, palestras em áudios e vídeos para o enriquecimento intelectual e moral dos aprendizes sinceros. Todos disponíveis para downloads gratuitos. Cursos, por exemplo, dos professores Huberto Rohden e Pietro Ubaldi estão transcritos para uma melhor absorção de suas exposições filosóficas pois, para todo estudante de boa vontade, são fontes vivas para o esclarecimento e aprofundamento integral. Oásis seguro para uma compreensão universal e imparcial! Não deixe de conhecer, ler, escutar, curtir, e compartilhar conosco suas observações. Bom Estudo!

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domingo, 31 de janeiro de 2016

A ARTE DE DESAPRENDER

Comentário(s)


Muita coisa aprendi,
No decurso da minha vida
Mas só no fim da vida
Aprendi a arte dificílima
De desaprender...
Desaprender dos erros sem conta
Que os sentidos percebem
Na sua erudita ignorância...
Aprendera ele que os fatos externos
São a própria Realidade.
Aprendera que este mundo
que os sentidos percebem
E o intelecto concebe,
São a realíssima
E única Realidade...
E por largos anos
Andei escravizado por essa ilusão.
Pois, que admira?
Se, por tantos séculos e milênios,
Dormira a humanidade nas trevas,
Como poderia eu, em poucos decênios,
Despertar para a luz?

Até que, finalmente, descobri
A Realidade para além das facticidades,
A alma do eterno “Ser”
No corpo desse efêmero “parecer”.
Hoje sei que os fatos são meros reflexos
No espelho bidimensional de tempo e espaço,
Reflexos da Realidade,
Que está em sentido oposto
A esses fatos refletidos
No espelho de tempo e espaço.

Mas só Deus sabe quanto esforço,
Quantos sofrimentos,
E quanta agonia me custou
Essa nova atitude,
Essa meia-volta que tive que dar
Ante o espelho do mundo das velhas ilusões,
Para enxergar o novo mundo da verdade!
Esse movimento de 180 graus,
Que dei em face do refletor,
Essa conversão dos conhecidos finitos
Para o desconhecido Infinito,
Me custou o holocausto do meu ego,
Esse sangrento egocídio,
Que a verdade me exigiu....

Mas agora, de costas para os fatos
E de rosto para a Realidade,
Me sinto grandemente liberto
E jubilosamente feliz
E, em vez de amar o mundo sem Deus,
Amo o mundo em Deus
Porque vejo em cada fato efêmero
O reflexo da Realidade eterna.
(Escalando o Himalaia – Huberto Rohden)

MINHA FILOSOFIA CRUCIFICADA

Comentário(s)

Meu Deus! Como é difícil viver aquilo que se pensa!
Outrora, toda a minha filosofia estava na cabeça,
Em forma de grandes idéias,
Mais tarde, a minha filosofia desceu ao coração,
Em forma de belos ideais.
E eu, na minha erudita ignorância,
Me tinha em conta de um filósofo...
E, em frases grandíloquas de altissonante eloquência,
Proclamava aos quatro ventos a minha sapiência filosófica...

Quando, porém, tentei passar a minha filosofia
Da cabeça e do coração para as mãos,
Para a crueza da vida prática,
Para o rude prosaísmo da vivência cotidiana -
Quase que desanimei...
Verifiquei que subia ao Gólgota
E ia ser crucificado...
Da cabeça e do coração para as mãos -
Não é isto uma cruz?
Minha pobre filosofia,
Ontem tão segura e autocomplacente,
Hoje, sangrando entre os braços da cruz!...

Desde então, nunca mais falei em filosofia
Grandiloquamente,
Como se a possuísse, com segura abundância,
Como se fosse milionário do saber...
Desde então, tentei realizar,
Em humildade e silêncio,
Uma pequenina parcela
Das minhas grandes teorias,
E por feliz me dava quando conseguia viver um por cento
Das minhas idéias e dos meus ideais...
Enveredei pelo “caminho estreito”
Passei pela “porta apertada”,
Deixei para cá da fronteira
Toda a minha orgulhosa bagagem filosófica
De ontem e anteontem...
Bem pouco da minha filosofia de antanho
Passou pelo “fundo da agulha” da vida real...
Abandonei aquém da fronteira fatídica
Toda aquela luxúria mental e verbal,
Como ilegal contrabando...
Mas, pouco que passou para além
É sólido, seguro e legítimo,
É puro como ouro acrisolado
Em fornalha carinhosamente cruel...

E é este cerne da minha filosofia
Que me sustenta nas lutas da vida
E lança misteriosa ponte
Para a vida eterna...
Minha filosofia crucificada,
Morta e sepultada -
Ressuscitou -
Em plena Páscoa!
Aleluia!...

(A Voz do Silêncio - Huberto Rohden)

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

A SEMENTE E O IDEALISTA

Comentário(s)

"A semente é uma força. Carregada de um dinamismo criador, ela desceu ao terreno que a acolheu para que pudesse tornar-se árvore. Ela está carregada da potência e sapiência necessárias para pôlas em movimento. Entretanto, está escondida no terreno e espera em silêncio. Quando o idealista tiver cumprido a sua função e morrido, quando todos os assaltos contra o ideal se esgotarem, quando tudo parecer sepultado no passado; então, numa manhã de primavera, no momento azado, despontará do segredo da terra um broto que começará a crescer. Neste instante, a onda do fenômeno, depois de ter sido obrigada a imergir na terra, emerge, começa a subir em direção ao Alto, seguindo a sua natureza ascensional. Desse modo, a semente desabrocha e o ideal cumpre a sua função. A semente torna-se árvore e produz seus frutos. O fenômeno, e a finalidade para a qual nasceu é alcançada; o seu desenvolvimento completou-se com a realização do plano preestabelecido, segundo o qual tudo aconteceu, desde o início da Obra".


Pietro Ubaldi (No livro: Um Destino Seguindo Cristo)

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

VIDA E MORTE DO MEU ORGULHO FILOSÓFICO

Comentário(s)

Ah! Como me sentia feliz,
Naquele tempo!...
Havia aprendido, com muito esforço,
A pensar filosoficamente...
Altos conceitos, sublimes idéias e ideais
Me enchiam a cabeça e o coração...
E eu olhava com secreto menosprezo
A turbamulta dos profanos,
Da massa anônima,
Dos que não sabiam pensar
Filosoficamente.

Na cabeça e no coração era plenamente triunfante
A minha querida filosofia.
Mas, quando, um dia, tentei passar para a vida,
Para as mãos, para os pés,
Para minha vivência cotidiana,
A minha bela filosofia
Foi tremenda a minha decepção...
Ao primeiro esbarro com o mundo profano
Lá se foi, em mil pedaços,
O meu lindo cristal filosófico!...

Humilde e cabisbaixo, varri
Para a lata de lixo
Os cacos do meu cristal partido...
Quão poéticas são as teorias mentais
E quão prosaica é a prática real!
“Você é filósofo?” perguntou-me um amigo.
Quis responder com um afoito “sim”,
Como outrora,
Mas não tive suficiente energia
Para semelhante audácia....
Os cacos do meu lindo cristal me preservaram
Da infecção do velho orgulho mental.
“Procuro compreender um pouco”, respondi, hesitante.
E fui riscar um zero e mais um zero
Do nédio “100” da minha afirmação categórica
De tempos idos.
Ficou apenas o modesto “1” do orgulhoso “100”,
Esse “1”, mirrado e magro,
A apontar, silenciosamente,
As ignotas alturas do além...
Foi o que sobrou do opulento festim
Da minha filosofia que eu tinha
Na cabeça e no coração,
Mas que não era a minha vida...
Hoje procuro amparar,
Com mãos de solícita Vestal,
A bruxoleante luzinha sagrada,
A chama do meu grande ideal
De espiritualidade,
Feliz quando consigo
“Ser” na vida
Um por cento daquilo
Que “sei” na cabeça.
É tão orgulhosamente doce
Esse “eu sei”
É tão indizivelmente amargo
Esse “eu sou”.
O “eu sei” alimenta o meu velho ego,
O “eu sou” exige a morte desse ego
Para que nascer possa o novo Eu...
Agora, só me resta essa chama humilde
Do meu sincero querer,
Do meu sagrado crer,
Do meu cândido querer-compreender,
Na silente expectativa da graça de Deus
Que venha com sua plenitude
Encher a minha vacuidade...


(Huberto Rohden – Escalando o Himalaia)

domingo, 17 de janeiro de 2016

A VITÓRIA DO MEU SER SOBRE OS MEUS TERES

Comentário(s)

No tempo em que eu gostava de ter algo não consegui ser alguém.
Escravizava-me o que tinha ou desejava ter.

As quantidades de fora impediam a realização da minha qualidade de dentro.
O meu violento Ter eclipsava o meu suave Ser.

Despossuí-me, então, de todas as minhas posses – e encontrei paz diante de mim mesmo.
Encontrei o meu puro e desnudo Ser,
O meu Eu divino em toda a sua alvura e castidade,
Longe de todas as profanidades dos meus Teres...

Entretanto, como cidadão desta terra, tenho de viver no meio das coisas terrestres.
Tenho de lidar com objetos materiais...
Como matéria morta em forma de dinheiro, casas, terrenos, ferro, cimento, pedra, cal, e outras materialidades...
Surpreendi-me novamente proprietário de coisas materiais – e recuei, horrorizado...
Que triste apostasia a minha!

Por que esse regresso ao cárcere de antanho?...
Depois de ter gozado as iguarias do reino de Deus tornei ao bagaço imundo dos animais da terra?...
Assim pensava eu.
Até que verifiquei, com exultante júbilo, que hoje não possuo nada daquilo que em minhas mãos está.

Hoje, já não sou possuidor de coisas minhas – sou apenas administrador das coisas de Deus, em prol dos filhos de Deus, meus irmãos.
Hoje, não existe mais entre o Eu e o Meu um vínculo real que prenda o meu sujeito àqueles objetos.
Cortei os liames entre o Ser e o Ter.

Nada mais possuo desde que sou possuído pelo Cristo.
Sou simples administrador daquilo de que me julgava possuidor.
Não me escraviza o que tenho nem o que desejo ter – porque nada tenho nem nada desejo ter...

Administrando o que é Deus, sem nada possuir que seja meu...
Oh! gloriosa liberdade dos filhos de Deus!

Gerindo negócios materiais, já não sou por eles derrotado...
Possuidor não possuído – que estupenda conquista!
Ser apenas administrador do patrimônio de Deus – como isto é leve e luminoso!...
É roçar de leve as coisas materiais, com asas etéreas de andorinha, como imperceptíveis adejos de borboleta...
É pousar de mansinho sobre as pétalas duma flor, sem as lesar, sem a elas se prender...
É deixar todas as coisas tão puras e virgens como elas saíram das mãos de Deus – em vez de profaná-las e prostituí-las com a violência brutal da cupidez egoísta...

Outrora, possuindo, profanava eu tudo quanto possuía ou desejava possuir – hoje, tudo que me foi entregue vem aureolado da sacralidade de intata virgindade...
Naquele tempo, cometia eu o sacrilégio de considerar meus certos bens de Deus – hoje sou redimido da irredenção dessa sacrílega usurpação...

Hoje considero todas as coisas como propriedade única e exclusiva de Deus em prol da humanidade...

(A Voz do Silêncio – Huberto Rohden)

sábado, 9 de janeiro de 2016

CONVITE: Comunidades Huberto Rohden e Pietro Ubaldi na Rede Social VK

Comentário(s)

Para todos os que curtem fóruns de comunidades (no mesmo formato do saudoso orkut), convido a conhecer e participar de nossas comunidades: Huberto Rohden, e Pietro Ubaldi, na Rede Social VK. A intenção é repetir as boas discussões que tínhamos antes, sobre as ideias destes pensadores.

COMUNIDADE HUBERTO ROHDEN

COMUNIDADE PIETRO UBALDI

COMUNIDADE FILOSOFIA UNIVÉRSICA/CÓSMICA





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