Por Eronildo Aguiar
Defender o Estado Democrático de Direito é um dever de todos. E proibir um grupo, seja cristão ou pagão, do embate político, é ser intolerante. Se na refrega política tudo se der conforme a carta magna, estará valendo.
Defender o Estado Democrático de Direito é um dever de todos. E proibir um grupo, seja cristão ou pagão, do embate político, é ser intolerante. Se na refrega política tudo se der conforme a carta magna, estará valendo.
Por isso mesmo, tentar proibir qualquer grupo de participar da política, é uma intolerância. Quem teme grupos divergentes, e quer mandá-los para "o paredão da morte política", tem que acreditar que pode convencer seus eleitores do embuste. Mas essa luta tem que se dar democraticamente.
É preciso entender que por ser laico o Estado políticos são livres para serem partidários, tomarem partido, divergirem, e serem parciais. Recordemos que a palavra "parcialidade" vem de "tomar partido, marcar posição". O político, homem público que representa os partidos, é representante de uma parcela do povo, ele não representa o "Povo", mas parte desse povo. Por isso mesmo, há os representantes das minorias, dos que trabalham no agronegócio, dos ateus, e a “bancada evangélica”. E aqui está a beleza de uma sociedade democrática dita civilizada. Ao Estado Laico — No seu conjunto de instituições, cabe ser tolerante e imparcial com os parciais. A ideia de políticos imparciais, é para quem não conseguiu compreender que os "representantes do povo" são parciais, são partidários, são políticos.
Por fim, em um Estado laico qualquer grupo pode participar da dança das cadeiras. Sem problemas, sem restrições. Na Democracia, temos que aprender a tolerar todos os grupos — desde que estes não atentem contra o ordem constituída, sejam estes ateus, satanistas, católicos, muçulmanos, evangélicos, espíritas, religiosos em geral.
Concordar ou discordar, é do embate, e vence quem convence.