Por Eronilldo Aguiar
Dia desses, numa das turmas que dou aula, no 6 º ano do ensino fundamental II, estava explicando as diferenças entre ser feliz e estar contente, Ser e Estar; ou seja, sobre felicidade constante e contentamento passageiro.
Procurava mostrar aos alunos que os contentamentos ocorrem pela aquisição de algum objeto desejado, e que estas alegrias passageiras se desfazem logo após a perda de interesse pelo objeto conquistado. E que a felicidade, por se tratar de um estado de espírito, era constante. Foi quando uma das alunas ao fundo levantou a mão. Queria fazer uma pergunta: “Professor, como o Sr. sabe que a felicidade é constante?”
Da posição em que eu me encontrava até chegar a ela para responder foi o que chamei de 60 segundos connections. Enquanto caminhava, tentava encontrar a melhor resposta. Uma que a fizesse compreender, não uma resposta técnica, mas uma que a fizesse encontrar a resposta dentro dela mesma. Assim, não procurei respondê-la de imediato, apenas a questionei:
EU- Francisca, Jesus era um homem feliz ou contente?
ELA – Feliz.
EU – Você consegue vê-lo infeliz?
ELA – Não.
EU – Então ele era feliz o tempo todo?
ELA – Sim.
EU – A felicidade dele era constante, então?
ELA – (!)
EU - ...
ELA - Entendi professor... Obrigado.
Situações como estas propiciam uma grata satisfação de dar aula.