ACERVO VIRTUAL HUBERTO ROHDEN E PIETRO UBALDI

Para os interessados em Filosofia, Ciência, Religião, Espiritismo e afins, o Acervo Virtual Huberto Rohden & Pietro Ubaldi é um blog sem fins lucrativos que disponibiliza uma excelente coletânea de livros, filmes, palestras em áudios e vídeos para o enriquecimento intelectual e moral dos aprendizes sinceros. Todos disponíveis para downloads gratuitos. Cursos, por exemplo, dos professores Huberto Rohden e Pietro Ubaldi estão transcritos para uma melhor absorção de suas exposições filosóficas pois, para todo estudante de boa vontade, são fontes vivas para o esclarecimento e aprofundamento integral. Oásis seguro para uma compreensão universal e imparcial! Não deixe de conhecer, ler, escutar, curtir, e compartilhar conosco suas observações. Bom Estudo!

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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

ALUNOS FILÓSOFOS

Comentário(s)

Por Eronildo Aguiar
Terminada a aula de Filosofia no 9º ano, um aluno me questionou: Professor, o senhor acredita na existência de Deus? Respondi: A pergunta teria que ser modificada viu, Ary? 'Existência' é uma palavra que pode ser entendida como: "Mostrar-se, estar do lado de fora". Desta maneira, não é adequado perguntar sobre Deus existir, pois se Ele corresponder a "algo que está fora" num mostrar-se, Ele seria um efeito, e sendo um efeito, já não seria Deus, pois teria se originado de uma causa. A pergunta mais apropriada, seria: Se Deus é uma realidade (?).... E o Ary, já um pouco impaciente comigo: Certo, professor. Mas, o senhor acredita nesta Realidade? Respondi: Sim. Acredito. Ao que ele retrucou: eu não acredito (tentando finalizar a conversa, ao mesmo tempo que apertava os lábios). Então, fiz uma reflexão em voz alta, para que ele juntamente com o Felipe (que ouvia atentamente) me acompanhassem no raciocínio:

Há algumas possibilidades para responder sobre os objetos concretos percebidos pelos nossos sentidos (Estrelas, o Sol, os Planetas, O Sistema Solar, etc). Se uma Realidade desconhecida, um Princípio Criador não for real,  eles surgiram do nada, e os que não acreditam em Deus estarão certos. Deus não "existirá". Mas, a razão nos diz que, do nada, nada pode surgir... O que é o nada? O nada, nem definido pode ser, porque não é nada. Do nada, nada surge, nem definição! Isso parece lógico, não acham? Uma segunda possibilidade, é a destes objetos terem surgido de uma Causa. Seriam provenientes dessa Realidade Desconhecida. Ou são objetos surgidos do nada, como os que negam o Princípio Criador (Deus) dizem, ou são originados desta Causa que,  embora não se tenha evidências, a razão aceita facilmente. Pergunto: vieram do nada, ou vieram de uma Realidade desconhecida? "Não há efeito sem causa", é um axioma de Ciência. Esta Realidade não é algo (efeito), não é efeito, não é alguém (efeito), não é do mundo da Ciência (humana), mas parece autoevidente, e a razão aceita. O que acham?”

A conversa continuou por mais alguns minutos com  eles (Ary e Felipe), e outros que se mostraram pensativos, e inquietos. Não mais afirmaram nada, mas ficaram pensativos. Enquanto saí, pensando nesses meus alunos filósofos...

sábado, 17 de novembro de 2012

SER CULTO PARA SER LIVRE

Comentário(s)

Por Eronildo Aguiar
Formar é dar forma. De fora para dentro. Como os escultores que dão forma as pedras informes. Os pintores, que dão vida a quadros brancos (sem informação); e ainda, os escritores que serão lembrados pela forma de suas idéias registradas nos livros. Formar homens de cultura de papagaio ou dar toda a liberdade e informação possível para que eles mesmos se tornem cidadãos auto-educados? Qual o melhor caminho? Eis o busílis de toda à questão!

Mas, e se o caminho de formação dos cidadãos for equivocado? Medido pela régua de quem pretende formar “novos homens" ? Todos os regimes totalitários tinham como bandeira formar o Homem Novo, o Homem Integral. Tanto Comunismo como Nazismo foram pelo caminho do formar. Para ter bom caráter, é preciso ser educado. A palavra educar, vem do verbo eduzir, é o contrário de induzir. Educação se dá de dentro para fora (é individual), ao contrário da indução que se dá de fora para dentro. É o caminho tomado pela maioria das escolas no mundo. Instruem mas não educam. Induzem mas não fazem eduzentes.

A bem da verdade, ninguém pode ser educado por outro, mas poderá ser instruído (de fora para dentro) indutivamente; caso tenha liberdade e muita informação, o cidadão poderá ser alguém de um belo caráter por sua própria educação (de dentro para fora). Podendo assim, se tornar um homem formado, ou um homem auto-formado!

Isso dependerá muito dele, e da forma como foi instruído.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

PACIFISTAS E PACIFICADORES

Comentário(s)

Por Eronildo Aguiar
Dar aula é um mistério. As vezes a gente se programa e a aula não flui, e há casos de improviso que saem melhor do que o esperado. Foi o que ocorreu nesses dias, numa aula de Filosofia para o 9º ano do ensino fundamental II. O tema era: Paz e Guerra. 

Comecei  lembrando a falta de um bom dicionário de filosofia para o português. Há certas ideias que carecem de palavras precisas para moldar um conceito satisfatório. No caso da Paz, por exemplo, ao se falar de pacificadores e pacifistas há uma necessidade de distinção. Uns e outros são diferentes, filosoficamente falando. Pacificador é aquele que consegue promover uma paz temporal, se impondo muitas vezes pelo uso da força física - Fala-se em polícia pacificadora, não em polícia pacifista. O pacifista não intimida, simplesmente convence. O primeiro denota poder pelo temor, o segundo por amor a alguma causa. Um impõe, o outro propõe. Um é mando, o outro é convite. Exército inglês e Mahatma Gandhi podem ser tomados como exemplos respectivos de pacificador e pacifista.

Pacifistas e pacificadores têm princípios diferentes. O primeiro grupo é norteado pela ética, o segundo por leis humanas . O primeiro, é de consciência  [ou religião]; o segundo, da ciência. É comum pacifistas serem tidos como homens de religião e pacificadores como homens da ciência. 

Os primeiros são amados, o segundo, temidos.


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