Por Aloísio Wagner
Relacionarmo-nos é antes de tudo conhecer-nos a nós mesmos. O outro é sempre o espelho por onde nos vemos.
Quando estamos em isolamento geralmente não
percebemos as sutilidades de nosso ego que se manifesta por meio de nossas
relações expressando desequilíbrios, impaciência, vaidade, orgulho, egoísmo,
etc. Tornando então fundamental o contato com o outro.
Nenhum homem ou ambiente tem a capacidade de nos fazer maus ou bons.
Quando o
somos, apenas deixamos externalizar aquilo que já existia em estado latente.
Aquilo que estava implícito se torna explícito. Daí a importância de um entrelaçamento de ideias,
pensamentos, sentimentos, pois o homem solitário tem dificuldade de perceber suas doenças
e feridas internas, que somente em relação passa a identificar. Muitos
inconscientemente fogem e a Lei o alcança, exigindo profundas transformações num
trabalho incessante, pois queremos nos furtar ao invés de vê-la como chance e
oportunidade de transformação.
Quando estamos numa relação, somos exigidos pela Lei divina a conquistar a
perfeição espiritual. Sedes perfeito como
vosso Pai celestial é perfeito, e o termômetro desta perfeição, para nós
mesmos, é compreender e amar, seja quem
for, amigo ou inimigo, esposa ou vizinho, conhecido ou desconhecido, aceitando
suas limitações e imperfeições, e ajudando-os a alcançar uma consciência mais
lúcida.
Não devemos esperar nada de ninguém. Nem atenção, carinho, reconhecimento,
respeito, amor, etc. Nossos atos não devem ter interesse de satisfação de
nossos desejos. Agir esperando uma
recompensa é sinal de egoísmo.
Quem busca recompensa externa ainda não
encontrou a substância interna, que é o verdadeiro alimento, que é vida, que é
Deus, dentro de nós.