ACERVO VIRTUAL HUBERTO ROHDEN E PIETRO UBALDI

Para os interessados em Filosofia, Ciência, Religião, Espiritismo e afins, o Acervo Virtual Huberto Rohden & Pietro Ubaldi é um blog sem fins lucrativos que disponibiliza uma excelente coletânea de livros, filmes, palestras em áudios e vídeos para o enriquecimento intelectual e moral dos aprendizes sinceros. Todos disponíveis para downloads gratuitos. Cursos, por exemplo, dos professores Huberto Rohden e Pietro Ubaldi estão transcritos para uma melhor absorção de suas exposições filosóficas pois, para todo estudante de boa vontade, são fontes vivas para o esclarecimento e aprofundamento integral. Oásis seguro para uma compreensão universal e imparcial! Não deixe de conhecer, ler, escutar, curtir, e compartilhar conosco suas observações. Bom Estudo!

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terça-feira, 27 de outubro de 2015

A IMPORTÂNCIA DO RELACIONAMENTO

Comentário(s)

Por Aloísio Wagner

Relacionarmo-nos é antes de tudo conhecer-nos a nós mesmos. O outro é sempre o espelho por onde nos vemos.

Quando estamos em isolamento geralmente não percebemos as sutilidades de nosso ego que se manifesta por meio de nossas relações expressando desequilíbrios, impaciência, vaidade, orgulho, egoísmo, etc. Tornando então fundamental o contato com o outro. 

Nenhum homem ou ambiente tem a capacidade de nos fazer maus ou bons. 

Quando o somos, apenas deixamos externalizar aquilo que já existia em estado latente. Aquilo que estava implícito se torna explícito.  Daí a importância de um entrelaçamento de ideias, pensamentos, sentimentos, pois o homem solitário tem dificuldade de perceber suas doenças e feridas internas, que somente em relação passa a identificar. Muitos inconscientemente fogem e a Lei o alcança, exigindo profundas transformações num trabalho incessante, pois queremos nos furtar ao invés de vê-la como chance e oportunidade de  transformação.


Quando estamos numa relação, somos exigidos pela Lei divina a conquistar a perfeição espiritual. Sedes perfeito como vosso Pai celestial é perfeito, e o termômetro desta perfeição, para nós mesmos, é  compreender e amar, seja quem for, amigo ou inimigo, esposa ou vizinho, conhecido ou desconhecido, aceitando suas limitações e imperfeições, e ajudando-os a alcançar uma consciência mais lúcida. 

Não devemos esperar nada de ninguém. Nem atenção, carinho, reconhecimento, respeito, amor, etc. Nossos atos não devem ter interesse de satisfação de nossos desejos.  Agir esperando uma recompensa é sinal de egoísmo.

Quem busca recompensa externa  ainda não encontrou a substância interna, que é o verdadeiro alimento, que é vida, que é Deus, dentro de nós.   

terça-feira, 20 de outubro de 2015

INICIAÇÃO TOTAL

Comentário(s)

Por Huberto Rohden 

Enquanto algo é meu, 
Não pode triunfar o EU. 
Meus são bens de fortuna, 
Meus são amores de homem ou mulher, 
Meus são filhos, parentes, amigos, 
Meu é o prestígio social de que gozo, 
Meus são o corpo e o intelecto.

Nada disto, porém, sou Eu. 
Eu sou o sujeito central, 
Meus são os objetos periféricos. 
E esses objetos são velhos companheiros meus, 
Crudelíssimos tiranos, 
Desde o meu nascimento, 
Poucos decênios atrás. 

Esses objetos são velhos companheiros, 
Onipotentes ditadores, 
Do gênero humano, 
Há muitos séculos e milênios.

Haverá esperança de que eu possa 
Realizar a minha libertação?
Que eu possa viver, aqui na terra, 
Sem esses objetos escravizantes? 
Sem esses queridos "meus"? 
Sem esses idolatrados fetiches?...

Não! ninguém pode desfazer-se desses ídolos
E continuar a viver.
Já compreendi que iniciação
Não é algo que eu possa adicionar
A minha vida horizontal,
Como um belo enfeite,
Como um colar de pérolas.

Compreendi que iniciação
A morte total desta vida
E algo inédito e inaudito, 
Até agora vivida... 

Iniciação não é continuação 
De algo preexistente 
Não!

É o fim de tudo que foi e é 
E o início de tudo que deve ser... 
Iniciação é algo virgem, 
Um novo "fiat lux" creador. 
Não é remendo novo em roupa velha, 
Não é vinho recente em odres gastos 
Não! 

Iniciação é morte total 
Do "homem velho" 
E ressurreição integral 
Do "homem novo". 
Nem um átomo da bagagem do ego 
Passa para além da fronteira. 
Porque o ego só conhece o que é "dele" 
E ignora o que é "ele". 

O meu verdadeiro Eu nada sabe 
Desse mundo dos meus,
Desses pequenos e grandes nadas 
Que parecem ser algo. 
Iniciação é verdade suprema, 
Incompatível com a menor das ilusões.

Ergue-te, pois, sobre asas levíssimas,
Meu grande Eu divino,
Meu átomo crístico!
E lá das excelsas alturas
Dominarás todos os "meus",
Sem seres por eles dominado...

Albert Schweitzer e os párias na África

Comentário(s)

Vultos e episódios da Época Contemporânea



Schweitzer, Albert. Filósofo, teólogo luterano, organista interprete de Bach, tornou-se médico missionário, e sua mulher enfermeira, na África Equatorial. Recebeu o Prêmio Nobel da paz em 1952 pelos seus esforços pela "Irmandade das Nações". Nasceu em 14 de janeiro de 1875, em Kaysersberg, Alta Alsacia, Alemanha (hoje França) e faleceu em 04 de setembro de 1965, em Lambaréné, Gabão.

Filho mais velho de um pastor luterano Schweitzer estudou filosofia e teologia na Universidade de Strasbourg, onde obteve seu grau de doutor em filosofia em 1899. Foi simultaneamente professor de filosofia e pregador na Igreja de São Nicolau, e no ano seguinte ele recebeu doutorado em teologia. Seu livro "A Questão do Cristo Histórico" (1906) fez dele uma figura mundial em teologia. Nesta e em outras obras ele salienta as visões escatológicas (referentes ao fim do mundo) de Jesus e São Paulo, afirmando que suas atitudes foram tomadas na expectativa do fim iminente do mundo.

Durante esses anos Schweitzer também se tornou um músico completo, começando sua carreira como organista em Strasbourg em 1893. Charles-Marie Widor, seu professor de órgão em Paris, reconheceu Schweitzer como um intérprete de Bach de uma percepção impar e pediu-lhe para escrever um estudo sobre a vida e arte do compositor. O resultado foi J.S. Bach: le musicien-poète (1905). Neste trabalho, Schweitzer via Bach como um místico religioso e comparou sua música a forças impessoais e cósmicas do mundo natural. Em 1905 Schweitzer anunciou sua intenção de tornar-se um médico missionário e dedicar-se ao trabalho filantrópico e em 1913 tornou-se doutor em medicina. Com sua mulher, Hélène Bresslau, que havia praticado como enfermeira para acompanhá-lo, ele foi para Lambaréné, no Gabão, colônia francesa na África Equatorial.

Lá, às margens do rio Ogooué, Schweitzer, com a ajuda dos nativos, construiu seu hospital, o qual equipou e manteve com seus recursos, mais tarde suplementados por doações de indivíduos e fundações de muitos países. Preso lá como estrangeiro inimigo (alemão) e depois levado para a França como prisioneiro de guerra durante a Primeira Guerra Mundial, ele cada vez mais voltou sua atenção para questões mundiais e foi levado a escrever o seu Kulturphilosophie (1923; "Philosophy of Civilization"), no qual lançou sua filosofia pessoal de "reverência pela vida", um princípio ético relativo a todas as coisas vivas, que ele considerava essencial para a sobrevivência da civilização.

Schweitzer retornou à África em 1924 para reconstruir o hospital arruinado, o qual ele relocou cerca de duas milhas acima no rio Ogooué. Uma colônia de leprosos foi anexada mais tarde. Por volta de 1963 havia lá 350 pacientes com seus familiares no hospital e 150 pacientes na colônia de leprosos, todos atendidos por cerca de 36 médicos brancos, e enfermeiras e trabalhadores nativos. Schweitzer nunca abandonou inteiramente seu interesse intelectual e musical. Ele publicou Die Mystik des Apostels Paulus (1930 - O misticismo de Paulo Apóstolo), deu aulas e recitais de órgão pela Europa, fez gravações, e retomou sua edição dos trabalhos de Bach, iniciados com Widor em 1911 (Bachs Orgelwerke, 1912-14). Seu discurso ao receber o Prêmio Nobel da Paz, Das Problem des Friedens in der heutigen Welt (1954 - "O problema da paz no mundo de hoje"), teve circulação mundial.

A despeito de críticas ocasionais das práticas médicas de Schweitzer, como sendo autoritária e primitiva, e a despeito da oposição algumas vezes levantada contra seus trabalhos teológicos, sua influência continua a ter um apelo moral forte, freqüentemente servindo como uma fonte de encorajamento para outros missionários médicos.

R.Q.Cobra
Doutor em Geologia
e bacharel em Filosofia.
1999

Para citar este texto: Cobra, Rubem Queiroz - NOTAS: Vultos e episódios da Época Contemporâmea. Site www.cobra.pages.nom.br, INTERNET, Brasília, 1997 
("www.geocities.com/cobra_pages" é "Mirror Site" de www.cobra.pages.nom.br)


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