"Ainda que eu falasse as línguas
dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou
como o címbalo que retine.
Mesmo que eu tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda
a ciência; mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se
não tiver caridade, não sou nada.
Ainda que distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres, e ainda que
entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada
valeria!
A caridade é paciente, a caridade é
bondosa. Não tem inveja. A caridade não é orgulhosa. Não é arrogante.
Nem escandalosa. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não
guarda rancor.
Não se alegra com a injustiça, mas se
rejubila com a verdade.
Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera,
tudo suporta.
A caridade jamais acabará. As
profecias desaparecerão, o dom das línguas cessará, o dom da ciência findará.
A nossa ciência é parcial, a nossa
profecia é imperfeita.
Quando chegar o que é perfeito, o imperfeito desaparecerá.
Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava
como criança. Desde que me tornei homem, eliminei as coisas de criança.
Hoje vemos como por um espelho,
confusamente; mas então veremos face a face. Hoje conheço em parte; mas então
conhecerei totalmente, como eu sou conhecido.
Por ora subsistem a fé, a esperança e
a caridade - as três. Porém, a maior delas é a caridade."
Paulo de Tarso
(Carta aos Coríntios 13:1-13)