Por Huberto Rohden
Quanto mais alguém se aproxima do grande Centro Cósmico (Deus), tanto mais se aproxima ao mesmo tempo de seus companheiros de jornada que seguem o mesmo rumo. É este o glorioso mistério da “comunhão dos santos”, do credo apostólico, ou a “irmandade branca”, dos profetas hodiernos. O homem espiritual parece trilhar caminhos solitários, veredas secretas à margem da vida, longe da turbamulta dos profanos e dos barulhentos; na verdade, porém, ninguém vive mais em sociedade, e em melhor companhia, do que o iniciado, o santo, o místico, o vidente do reino de Deus.
Vigora entre todos os viajores de Deus uma simpatia cósmica, uma telepatia espiritual, uma misteriosa simbiose divina, que, consciente ou inconscientemente, os irmana todos numa fraternidade universal.
A paternidade de Deus tem como resultado imediato a fraternidade dos homens.
Não há verdadeira sociedade entre os profanos e os maus, porque todo egoísmo é dissociante, desintegrante, centrífugo, caótico. Todo egoísta quer ser um sol por si, e não tolera ser um planeta em companhia de outros planetas. O altruísta, porém, o cultor do amor, conhece e reconhece a centralidade do grande Sol divino, e sente-se feliz em poder gravitar em torno do Astro central em companhia de outros planetas.
A lei do egoísta é caos, desordem.
A lei do altruísta é cosmos, ordem, harmonia.