Por Huberto Rohden
O Centro de Auto-realização “Alvorada”, que funciona em todo o Brasil, com sede na capital de São Paulo, tem por fim iniciar o Homem na consciência da sua Realidade interna e eterna. Esta iniciação do Homem na verdade sobre si mesmo (auto-conhecimento) visa a realização do homem integral (auto-realização).
Para este fim,
“Alvorada” não adota nem uma espécie de filosofia baseada em pessoas, escolas
ou sistemas do pensamento, antigo ou modernos; mas guia-se pela própria
Constituição Cósmica do universo. As leis do macrocosmo mundial são
as mesmas leis do microcosmo hominal.Conhecer este é conhecer
aquele; auto-conhecimento é cosmo conhecimento. A base da Filosofia Univérsica
é a Filosofia Hominal.
Nesses últimos decênios,
em livros e aulas, temos usado freqüentemente a palavra Filosofia Univérsica,
forma latinizada do termo grego Filosofia Cósmica.
Numerosas pessoas, não
encontrando nos vocabulários a palavra “univérsico”, perguntam sobre o sentido
da mesma. A fim de dar uma resposta coletiva a todos os interessados, e ao
mesmo tempo uma sucinta explanação desse movimento, que já é de âmbito
nacional, resolvemos publicar o presente resumo.
Depois de ter convivido
mais de um ano com Albert Einstein, na Universidade de Princentom; e depois de
ter lecionado Filosofia a milhares de jovens e adultos numa das Universidades
de Washington D.C. — Cheguei à conclusão de que, em plena Era Atômica e
Cosmonáutica, não podemos mais apresentar a Filosofia nos moldes tradicionais.
A ciência, nos últimos decênios, assumiu um caráter monista como
nunca dantes; o seu antigo pluralismo heterogênico culminou num monismo
homogêneo, que focaliza a aparente diversidade do Cosmos numa fascinante
unidade. Esta unificação da pluralidade é devida, sobretudo, ao fato de ter a
matemática de Einstein e a Ciência dos físicos demonstrado que os 92 elementos
da química, de que são feitas todas as coisas são essencialmente luz, luz
congelada ou semi-passivizada, manifestando-se como matéria ou energia. Sabemos
hoje analiticamente o que Moisés sabia, há 3.500 anos, intuitivamente: que
todas as coisas do mundo sãolucigênitas. E, por esta razão, podem
ser também lucificadas.
Esta verdade que enche
de estupefação os inexperientes e de dúvidas os céticos, é a conquista suprema
da inteligência humana do século vinte.
Este monismo
físico da ciência não podia deixar de ter o seu paralelo no monismo
metafísico da sapiência, ou filosofia. A heterogeneidade diversitária
dos sistemas filosóficos estava a clamar por uma homogeneidade unitária que,
complementasse pelo eterno Uno o efêmero Verso do universo.
Não era mais possível em
nosso tempo, tomar por base da Filosofia perene, escolas, sistemas e pessoas.
Mister se fazia partir de um alicerce mais sólido que não fosse a variável
mentalidade humana.
O grande médico Russo A.
Salmanoff afirma, nos seus livros “Segredo e Sabedoria do Organismo” e “O
milagre da vida”, que encontrou na Europa nada menos do que 75 sistemas
filosóficos, nenhum dos quais prestou jamais o menor benefício à humanidade. É
possível que Salmanoff tenha razão no tocante aos “sistemas filosóficos”,
produtos do cérebro humano.
Nós, porém, não tratamos
de nenhum sistema filosófico mentalmente excogitado — tratamos da eterna e
indestrutível realidade do Universo. Tomamos o próprio Cosmos como base e
diretriz do pensamento e da vida humana — o Universo que, na sua essência Una e
imutável, se manifesta sem cessar no Verso de existências sempre nova: o
Universo, Alfa e Ômega da vida humana.
Sendo o Universo
infinito e finito, Eterno e Temporário — a indestrutível realidade do
macrocosmos sideral não pode deixar de ser também a lei que rege o microcosmo
hominal; o homem deve tornar-se livremente o que o Universo é automaticamente;
deve fazer de si mesmo a harmonia que o Creador fez do Cosmos sideral e
atômico. O homem Univérsico ou integral é uma harmonia creada pelo seu livre
arbítrio.
Os gregos denominavam o
universo Kosmos, cujo radical significa beleza.
Os romanos deram ao
Universo o nome mundus, que quer dizer puro.
Quando o homem se
universifica, torna-se belo e puro, como o Kosmos e o Mundus.
Se houvesse, no
macrocosmo ou no microcosmo, apenas unidade sem diversidade, centripetismo sem
centriguguismo, teriamos uma insuportável monotonia e eterna estagnação.
Se houvesse apenas
diversidade sem unidade, centrifuguismo sem centripetismo, acabaria tudo num
imenso caos.
Mas, como o Universo é o
que seu nome diz, unidade na diversidade, resulta essa estupenda harmonia, que
é o perfeito equlíbrio entre dois polos, aparentemente contrários, mas
realmente complementares: o Uno da Causa vertido (verso) na pluralidade dos
efeitos.
O homem univérsico ou
universificado pode e deve fazer, pelo poder do livre arbítrio, o que o cosmos
sideral e atômico é por necessidade automática.
É esta a quinta essência
da Filosofia Univérsica, o Alfa e Ômega da vida humana.
* * *
CONTINUAÇÃO:
A BIPOLARIDADE DO MUNDO E DO HOMEM (3)
Matéria anterior:
1 - A ALVORADA DA FILOSOFIA UNIVÉRSICA E DO HOMEM CÓSMICO (1)
CONTINUAÇÃO:
A BIPOLARIDADE DO MUNDO E DO HOMEM (3)
Matéria anterior:
1 - A ALVORADA DA FILOSOFIA UNIVÉRSICA E DO HOMEM CÓSMICO (1)