FILOSOFIA UNIVÉRSICA (Huberto Rohden)
Para os interessados em Filosofia, Ciência, Religião, Espiritismo e afins, o Filosofia Univérsica é um blog sem fins lucrativos que disponibiliza uma excelente coletânea de livros, filmes, palestras em áudios e vídeos para o enriquecimento intelectual e moral dos aprendizes sinceros. Todos disponíveis para downloads gratuitos. Cursos, por exemplo, dos professores Huberto Rohden e Pietro Ubaldi estão transcritos para uma melhor absorção de suas exposições filosóficas pois, para todo estudante de boa vontade, são fontes vivas para o esclarecimento e aprofundamento integral. Oásis seguro para uma compreensão universal e imparcial! Não deixe de conhecer, ler, escutar, curtir, e compartilhar conosco suas observações. Bom Estudo!
sábado, 31 de dezembro de 2016
sábado, 31 de dezembro de 2016
Meu Ignoto Leitor

Os mistérios do eterno e a epopeia do mundo efêmero...
A noite milenar do cosmos e da terra e o lampejo fugaz da nossa história...
O Oceano imenso da nossa ignorância e a pequenina gota do nosso saber...
A noite milenar do cosmos e da terra e o lampejo fugaz da nossa história...
O Oceano imenso da nossa ignorância e a pequenina gota do nosso saber...
O enigma do mal e o paradoxo das dores...
A estranha escala de luzes e sombras que forma a vida humana...
A eterna odisseia dos bandeirantes da verdade e dos apóstolos do bem...
A tragédia anônima dos herois do dever e dos mártires do ideal...
A soluçante nostalgia das almas exiladas duma pátria longínqua...
A veemente gravitação do espirito em torno dum centro invisível...
O inextinguível heliotropismo do Eu sonhando alvoradas em plena noite...
Visões de praias longínquas...
O vulto heril de um homem feito poema de divino poder e humana caridade —
Encontrarás neste livro o teu próprio Eu...
O autor é apenas intérprete e locutor do teu subconsciente...
Ele diz o que dirias -- traduz em palavras explicitas teus pensamentos implícitos.
Dá nome aos mistérios anônimos de tua alma...
Fala do grande dia que esta noite sucede...
Por isso, meu amigo, Lê este livro como teu — e não como meu...
Lê-o, vive-o, sofre-o,não na lufa-lufa profana — mas na hora de paz e sossêgo...
Lê-o como a voz do teu próprio Eu — despertada por um Tu...
Seja ele teu companheiro e amigo na jornada da vida...
Na árdua escalada das montanhas de Deus...
Nas Lutas atrozes...
No solitário sofrer...
No silêncio dos homens...
Na vitória Final...
(Huberto Rohden - Livro : De Alma Para Alma)
sexta-feira, 30 de dezembro de 2016
Realidade — Ou Realidades?
A faculdade perceptiva dos seres, nos diversos
planos, pode ser comparada a uma espécie de rede, ou crivo, com malhas ou
interstícios de tamanho vário: A rede
número 1 corresponde ao poder sensório, que temos de comum com o mundo
animal. Nessas malhas
apanhamos certos fenômenos
de natureza muito primitiva e grosseira, como são as
coisas do mundo físico material, ao
passo que outras
realidades mais finas
e sutis escapam
pelos largos interstícios da
rede...

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016
123 anos do nascimento de Huberto Rohden
Hoje, 30 de dezembro, faz 123 anos do nascimento do professor Huberto Rohden. Em homenagem a esse servidor da humanidade, transcrevemos um texto de um de seus amigos, na obra Por Um ideal. Nele encontramos o que gostaríamos de dizer nessa data tão significativa para todos nós. A Rohden nossa eterna gratidão e felicitações, esteja ele onde estiver.
Segue o texto:
“Sua matéria-prima era a mensagem do Cristo. Sua permanente inspiração, o ideal de servir à humanidade. Sua arma, a palavra. Sua vocação, educar a consciência do ser humano. Sua grande obra, a Filosofia Univérsica. Huberto Rohden foi um gênio. Viveu entre nós e nós não o ‘descobrimos’. Na verdade, o mundo ainda não descobriu o pensador e educador Huberto Rohden. Talvez nos falte perspectiva histórica – estamos muito próximos de sua vida e obra. Não vimos a montanha como montanha quando ela está muito próxima de nós. Talvez daqui 50 ou 100 anos o mundo irá descobrir a obra genial desse homem univérsico, dessa força crística que, por quase 90 anos do século XX, passou, silenciosamente, por este planeta Terra”. (Martin Claret)
Parabéns professor Rohden, e obrigado por tudo!
quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
Criar sem demolir

"Em qualquer campo, seja vossa preocupação apenas criar, e jamais demolir. Nada possui tanta força para demolir as estruturas desgastadas quanto um organismo completo em funcionamento, porque todas as correntes da vida se precipitam para as novas formas, deixando o velho cair por si mesmo, sem lutas de reação."
('Sua Voz' - Pietro Ubaldi)
quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
A grandeza de Sócrates perante a morte
Quando Sócrates, aos 70 anos, foi condenado à morte
como “desprezador dos deuses e corruptor da juventude”, na noite que precedeu a
sua execução, seu grande amigo Kriton
subornou os guardas e
abriu as portas
do cárcere, convidando o velho
filósofo a fugir.
— Por que? – perguntou Sócrates.
— Porque amanhã te vão matar — respondeu Kriton.
— Matar? a mim? — tornou tranquilamente o
sábio — Ninguém pode
matar Sócrates.
E, puxando a pele da mão e batendo no osso do
crânio, acrescentou: — Kriton, você pensa que isto aqui é Sócrates? Isto é um
involucro ao redor de mim, mas isto não sou eu. Eu não sou o meu corpo, eu sou
a minha alma. Sócrates é imortal.
Na manhã seguinte, conforme ordem do governo de
Atenas, bebeu ele a taça de cicuta, que pôs termo à vida física desse grande
cristão antes de Cristo.
Ora, todo homem realmente espiritual é socrático, e sabe com absoluta certeza que o seu verdadeiro Eu é divino, eterno, imortal, e não pode jamais estar em contradição com Deus, porque a alma humana é Deus mesmo em forma individual.
Ora, todo homem realmente espiritual é socrático, e sabe com absoluta certeza que o seu verdadeiro Eu é divino, eterno, imortal, e não pode jamais estar em contradição com Deus, porque a alma humana é Deus mesmo em forma individual.
Por isto,
a santidade do homem
espiritual consiste na
vigorosa afirmação de seu verdadeiro
Eu, e na
negação de seu
pseudo-Eu, ou antes
na completa subordinação do
segundo ao primeiro. O céu não é, como ele sabe, a extinção nirvânica do Eu,
mas, sim, a retificação cristã do conceito da personalidade, a definitiva e
vitoriosa compreensão da natureza divina de sua alma e a perfeita harmonização
da sua vontade individual humana com a vontade universal de Deus.
À luz
dessa grande verdade,
a vida espiritual
deixa de ser
sacrificial e cruciante, acabando
por tornar-se profundamente deleitável e jubilosa.
O homem espiritual cumpre a vontade de Deus com o mesmo júbilo com que cumpriria a sua própria vontade, porque sabe que a perfeita realização da vontade de Deus é a única realização do seu verdadeiro Eu.
O homem espiritual cumpre a vontade de Deus com o mesmo júbilo com que cumpriria a sua própria vontade, porque sabe que a perfeita realização da vontade de Deus é a única realização do seu verdadeiro Eu.
(Huberto
Rohden - Livro : Profanos e Iniciados - Trecho do Cap. Profano, Ético e Espiritual)

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016
terça-feira, 27 de dezembro de 2016
No princípio era o nada — ou o Tudo?
Que é evolução?
É ela possível?
É um fato?
É compatível com a Bíblia? com o Cristianismo?
E o homem? é ele o resultado de uma paulatina
evolução, através de séculos e milênios – ou é ele um ser à parte, direta
criação de Deus?
Um mundo de problemas de candente atualidade...
Problemas não haveria se houvesse plena clareza
daquilo que entendemos por “evolução”, e do modo como realmente decorreu.
O conceito popular
e tradicional da
evolução orgânica, desde
os tempos de Darwin,
é, mais ou menos, o seguinte:
no princípio existiam sobre
a face da terra apenas seres
unicelulares (vamos começar com o mundo dos chamados seres vivos).
Desses unicelulares provieram,
no decurso de
longuíssimos períodos, os pluricelulares, passando
depois pelos vertebrados
e vindo a culminar, por fim, nos animais mamíferos,
nos símios antropóides – e no homo sapiens.
Nesta concepção, como é intuitivo, os seres
inferiores teriam sido a causa dos seres superiores; o menos teria produzido o mais;
o pequeno teria causado o grande – ideologia essa
absolutamente insustentável à luz da
lógica e da matemática. Pois, como qualquer estudante
da “arte do reto pensar” sabe, em caso algum pode o efeito ser maior que sua
causa, uma vez que isto envolveria contradição. E neste ponto está a lógica de
perfeito acordo com a matemática (que não é senão outra palavra para lógica),
não admitindo que o mais possa provir
do menos, no sentido de que este seja
a resultante daquele.
Para concretizar, vamos dar aos seres primitivos,
unicelulares, a perfeição grau 1, aos organismos subsequentes a perfeição 5,
aos vertebrados o grau 10, aos macacos antropóides 50, e ao homem a perfeição
100. É evidente que 5 não podia vir de 1, nem 10 de 5, nem 50 de 10, nem 100 de
50, e isso pela simples razão que o maior não está contido no menor.
Objeta-se
que o maior
está potencialmente
contido no menor,
e dele saiu, através
de milhares e
milhões de anos, mediante
paulatina atualização das potencialidades latentes no ser inferior.
É o que se encontra, em letra de forma, em quase todos os compêndios e tratados
“científicos” que são de uso e abuso nas
instituições de ensino.
A palavrinha mágica
“potência”, “potencialidade”, tem
sido invocada como uma espécie de lâmpada de Aladim para iluminar as trevas da
nossa ignorância, ou como uma chave misteriosa para descerrar as portas de
palácios encantados e descobrir tesouros ocultos.
Na
realidade, porém, essa
tentativa de explicação
pelo recurso a “potencialidades
latentes” não passa dum jogo de palavras sem nenhuma base real. Ou
melhor, essa tentativa
de explicação é
positivamente ilógica e
antimatemática, devendo, por isto, ser abandonada quanto antes como
totalmente anti-científica e absurda.
Em caso algum,
enquanto estiverem em
vigor as leis
da lógica e da matemática,
está o maior contido no menor, nem atual nem potencialmente. A potencialidade significa
uma presença real, e
não meramente fictícia, daquilo que, mais
tarde, aparece como
atualizado. Quer dizer
que, na suposição acima, estava o maior ou superior
realmente contido no menor ou inferior; ou seja, o 5 estava realmente contido
no 1, e assim por diante, até chegarmos a esse absurdo clamoroso, que o 100
estava contido, não somente no 50, mas, indiretamente, também no 1 inicial da
ameba, ou outro ser unicelular.
É tempo para enterrarmos os nossos ídolos, mesmo os
mais “científicos”! Nada pode ser “cientifico”
que não é
objetivamente real, e
nada pode ser objetivamente real
que não é
intrinsecamente possível. É,
porém, intrinsecamente impossível, e flagrantemente contraditório, que o
maior esteja de qualquer forma contido no menor.
Adeus,
portanto, lindas hipóteses
de “potencialidade latente”!...
A lógica e a matemática,
inexoráveis no seus vereditos, te desmascararam como miragem falaz!...
Mas... não provou a ciência, com fatos inegáveis,
que ouve uma evolução de formas vivas inferiores para formas superiores?...
Não, a ciência
não provou isto,
nem jamais o
provará; porque não
pode ser provado o que é
intrinsecamente impossível e irreal. O que a ciência provou, e o que é real, é
que as formas superiores vieram através
de formas inferiores; mas não provou que
o superior veio do inferior.
Simples jogo de palavras?
Não. Vai entre o através e o do uma
diferença infinita, a mesma diferença que vai entre causa e condição, entre real e irreal, entre sim e não.
Pode, certamente, o maior vir através do menor, o superior através
do inferior, mas não podem vir do
menor ou do inferior.
Do
indica a
causa, ao passo
que através diz a condição,
o veículo, o canal, através do
qual fluiu o
efeito, mas do
qual não nasceu.
A água que sai da
torneira não veio do encanamento,
mas, sim, da nascente, fluindo através
do encanamento para chegar à torneira. Não sairia, certamente, da torneira se
não houvesse encanamento, mas
existiria na nascente
mesmo sem torneira
nem encanamento. Pode-se considerar
a condição como
um fator externo
que canaliza em certa direção a atividade interna da causa; mas em caso
algum o efeito é filho da condição, é filho da causa somente. A condição é
estéril, não produz, apenas dirige, canaliza, veicula o efeito em certa direção.
A luz solar no interior de uma sala não vem da
janela aberta, mas vem do sol, sua causa
produtora; vem através
da janela, como
sua condição veiculante. Também haveria sol de janelas fechadas, embora
não fosse canalizado para o interior da sala.
Semelhantemente, os seres superiores da cadeia
evolutiva não nasceram dos inferiores,
como efeitos produzidos
por sua causa;
fluíram apenas através desses seres inferiores, como por
outros tantos canais adutores e dirigentes.
Donde vieram esses seres superiores, já que não
vieram dos inferiores?
Vieram do Ser
Supremo. Vieram de uma causa cuja perfeição é ao menos igual à desses
superiores. E, como esses seres evolvem de perfeição em perfeição, temos de
admitir logicamente que
aquilo que lhes
serve de causa
produtora seja pelo menos
da mesma perfeição
que o mais
perfeito dos seres
em evolução. Para simplificar, vamos chamar essa causa geral a Causa Suprema, ou a Causa
Máxima. Não há
ilogismo ou contradição
em admitir que o Supremo
produza o superior e o inferior, ou que o Máximo seja causa do maior
e do menor. Derivar os inferiores e os superiores
do Supremo, ou os menores e os
maiores do Máximo,
não é anti-científico; é,
pelo contrário, genuinamente científico –
porque não há
ciência contra a
lógica e a
matemática. Anticientífico, porém, seria querer derivar os superiores
dos inferiores, os maiores dos menores, os seres mais perfeitos dos menos
perfeitos. Querer derivar 100 de 50, 50 de 10, 10 de 5, 5 de 1, e assim por
diante, isto, sim, é flagrantemente anti-científico, porque intrinsecamente
contraditório.
No princípio de toda essa longa cadeia evolutiva
não está, pois, o 1, ou até o 0 (zero) – mas está o, quer dizer, o Infinito, o
Absoluto, o Supremo, o Máximo. No início da evolução não está o pouco, de que teria vindo o muito – mas está o TUDO. Do algo menor não podiam vir os algos maiores – mas todos os algos, menores e maiores, podiam vir do Algo Máximo, isto é, do Tudo, da
ilimitada plenitude do Algo.
A
infinita Energia do
Universo, o oceano
imenso da Vida
Cósmica, a Consciência Universal – aquilo que
as religiões chamam
Deus – é que é a Causa
Suprema e Única de todos os efeitos, menores e maiores, ao passo que as chamadas
causas individuais da
natureza não são
verdadeiras causas, senão
apenas condições, canais,
veículos, de que
se serve a
Causa Única para realizar os seus
efeitos.
A semente não é a causa da planta.
O ovo não é a causa da ave.
O infinito oceano de Energia Cósmica, de Vida, de
Inteligência, de Consciência, de Espírito –
ou que outro
nome queiramos dar
à eterna Realidade, essencialmente
anônima – é esta
a Causa única
de todos os efeitos
individuais. O Noúmeno é a causa única
dos fenômenos.
Unicelulares, pluricelulares, organismos,
vertebrados, mamíferos, antropóides, o
homem – tudo isto proveio da Causa Suprema e Única.
Se alguém me pergunta se admito que o homem veio do
macaco, não tenho de responder a essa
pergunta; tenho de fazer ao meu interlocutor outra pergunta, a saber: se ele admite as leis da lógica e da
matemática. Se não as admite, é inútil entrar em discussão com ele, por razões
muito óbvias. Se as admite – ele mesmo já deu resposta implícita à sua
pergunta, negando que o homem tenha provindo do símio – a não ser que recuse
admitir a superioridade do homem ao
macaco – e,
neste caso, é
inútil discutir com
ele, como não
discutirei com o peludo inquilino
de certa jaula do Jardim Zoológico...
(Huberto Rohden - Livro: Profanos e Iniciados)

terça-feira, 27 de dezembro de 2016
Guarda o que tens — E passa além!
É esta a grande lei da evolução em todas as
províncias do cosmos.
Também no plano do gênero humano.
Guarda
o que de
positivo, certo e
bom a humanidade
conquistou, no drama milenar da sua evolução ascensional. Sê
conformista!
Mas, depois de firmares os pés solidamente no plano
real de hoje, espraia os olhos pelos vastos horizontes de amanhã, procurando ultrapassar a
estática do que possues pela dinâmica do
que poderás possuir.
Depois
de seres conformista,
passa a ser
não-conformista, ou melhor, transformista. Não creias numa eterna
luz-vermelha na estrada percorrida – crê também na luz-verde na estrada a
percorrer.
O homem da
rotina conservadora guarda
o que tem – e
recusa-se a passar além. É um crente fanático na luz-vermelha – e
um descrente céptico na luz verde. De tão passadista
e presentista, é incapaz de ser futurista.
O revolucionário demolidor, por outro lado,
sacrifica o que possui por algo que procura
possuir, ignorando que as paredes do edifício de amanhã não podem deixar de assentar sobre os alicerces de hoje.
Nem a rotina
estática do conformista
passivo, nem a
revolução dinâmica do não-conformista ativo
são garantia de
melhores dias para
a humanidade, quando trabalham separadamente no cenário da
vida. O verdadeiro progresso não é nem
rotina nem revolução unilaterais.
Mas, quando o homem tem o suficiente critério para
saber o que convém ser guardado e o que
convém ser abandonado das coisas de ontem; e ao mesmo tempo
possui a necessária
iniciativa para ultrapassar a etapa já alcançada – então despontará para a
humanidade a alvorada de uma evolução realmente positiva, dinâmica e construtiva.
A história das igrejas cristãs, nesses quase vinte
séculos de cristianismo, é, de preferência,
a história da rotina conformista, por um lado, ou da revolução não conformista,
por outro.
Quando veremos no seio da igreja uma síntese feliz
das conquistas reais do passado e dos gloriosos ideais do futuro? Quando
deixará a igreja de professar rotina fossilizada
ou proclamar revolução
demolidora – a fim de
entrar numa fase dinâmica de evolução construtiva?...
(Huberto Rohden - Livro: Profanos e Iniciados)
(Huberto Rohden - Livro: Profanos e Iniciados)

terça-feira, 27 de dezembro de 2016
Não busques o mundo — E o mundo te buscará!
Homem! afirma o mundo espiritual, e o mundo
espiritual te afirmará, e, como o espiritual é a causa do material, também o
mundo material acabará por afirmarte. De maneira que, se fores um afirmador do
espiritual, serás um homem total, um realista no verdadeiro sentido da palavra.
É esta a grande lei do universo, lei tão pouco
compreendida dos homens: quem possui a causa (o
Creador) necessariamente também
possui os efeitos (as creaturas) – mas quem possui estas não possui
necessariamente aquele; pois o mais
contém o menos, mas o menos não contém o mais.
Verdade
é que os
profanos, ou analfabetos
da Realidade, julgam possuir
as creaturas sem possuírem
o Creador, mas
é ilusão deles.
Não é possuidor quem é
possuído das coisas
do mundo – falta-lhe o R
redentor. Só o
nãopossuído, ou não-possesso, é o que pode ser possuidor.
Quando o homem se afasta de Deus a fim de possuir o
mundo, até as coisas do mundo fogem
do homem, porque
um misterioso teotropismo
inerente a todos os seres lhes
diz que esse homem não está certo, e assim as creaturas não têm confiança num
homem que vá rumo ao Creador.
Mas, quando o homem se desprende das creaturas a
fim de buscar o Creador – eis que
todos os seres
do mundo, racional
e irracional, lhe
correm no encalço, porque,
sabendo que esse
homem está certo,
com ele querem
ir a Deus, princípio e fim de
todas as coisas.
Se assim não fosse, o mundo não seria um cosmos –
um sistema de ordem e harmonia – mas um
caos – uma desordem e desarmonia.
O mundo, porém, prima por uma admirável e
imperturbável ordem, harmonia e retidão.
Ele é o “reino de Deus e sua retidão”.
De maneira que o Alfa e o Ômega de toda a sabedoria
é este: Vai em busca do Deus do mundo – e
o mundo de
Deus irá em
busca de ti!
Mas, se correres atrás do mundo de Deus à custa do Deus do
mundo, verás, cedo ou tarde, que não podes
possuir o mundo
de Deus sem
primeiro possuíres o
Deus do mundo; porquanto, com a causa eterna também
possuirás os efeitos temporais, mas,
possuindo estes, não possuirás necessariamente aquela.
É esta a inexorável matemática do universo!
É esta a eterna lógica do reino de Deus!
Sê sábio, ó homem – e serás santo!
(Huberto Rohden - Livro: Profanos e Iniciados)
(Huberto Rohden - Livro: Profanos e Iniciados)

sábado, 24 de dezembro de 2016
sábado, 24 de dezembro de 2016
Na Glória do Natal
Senhor – Rei divino projetado às sombras da
manjedoura -, diante do teu berço de palha recordo-me de todos os
conquistadores que te antecederam na terra.
Em rápida digressão, vejo Sesóstris, em nome
do Egito sábio, e Cambises, o rei dos persas, ocupando o vale do Nilo, antes
poderoso e dominador. Recordo as lutas sanguinolentas dos assírios, disputando
a hegemonia do seu império dividido e infeliz.
Nabopolassar e Nabucodonosor reaparecem à
minha frente, arrasando Ninive e atacando Jerusalém, cercados de súditos a se
banquetearem sobre presas misérrimas para desaparecerem, depois, num sudário de
cinza.
Não observo, contudo, apenas o gentio, na
pilhagem e na discórdia, expandindo a própria ambição; o povo escolhido, apesar
dos desígnios celestes que lhes fulguram na Lei, entrega-se, de quando em
quando, á sementeira de miséria e ruína; revoluções e conflitos ceifam as doze
tribos e o orgulho desvairado compele irmãos ao extermínio de irmãos.
Revejo os medos, açoitados pelos cimerianos e
citas.
Dario surge, ao meu olhar assombrado, envolvido
nos esplendores de Persépolis para mergulhar-se em seguida, nos labirintos do
túmulo.
Esparta e Atenas, entre códigos e espadas, se
estraçalham mutuamente, no impulso de predomínio; numerosos tiranos, dentro de
seus muros, manobram o cetro da governaça, fomentando a humilhação e o luto.
Alexandre, à maneira de privilegiado, passa
esmagando cidades e multidões, deixando um cortejo de lagrimas, atrás da
fanfarra guerreira que lhe abre caminho à morte, em plena mocidade.
E os romanos, Senhor? Desde as alucinações dos
descendentes de Príamo ao último dos imperadores, deposto por Odoacro, jamais
esconderam a vocação do poder, arrojando povos livres ao despenhadeiro da
destruição...
Todos os conquistadores vieram e dominaram,
surgindo na condição de pirilampos barulhentos, confundidos, à pressa, num
turbilhão de desencanto e poeira. Tu, porém, Soberano Senhor, Te contentou com
o berço da estrebaria!
Ministros e sábios não te contemplaram, na
hora primeira, mas humildes pastores se ajoelharam sorridentes, diante de Ti,
buscando a luz de teus olhos angelicais...
Hinos de guerra não se fizeram ouvir à tua
chegada libertadora; todavia, em sinal de reconhecimento, cânticos abençoados
de louvor subiram ao Céu, dos corações singelos que te exaltavam a Estrela Gloriosa,
a resplandecer nos constelados caminhos.
Os outros, Senhor, conquistaram à custa de
punhal e veneno, perseguição e força, usando exércitos e prisões, assassínio e
tortura, traição e vingança, aviltamento e escravidão, títulos fantasiosos e
araçás de ouro...
Tu, entretanto, perdoando e amando, levantando
e curando, modificaste a obra de todos os déspotas e legisladores que procediam
do Egito e da Assíria, da Judéia e da Fenícia, da Grécia e de Roma, renovando o
mundo inteiro.
Não mobilizaste soldados, mas ensinaste a um
punhado de homens valorosos a luminosa ciência do sacrifício e do amor. Não
argumentaste com os reis e com os filósofos; no entanto, conversaste
fraternalmente com algumas crianças e mulheres humildes, semeando a compreensão
superior da vida no coração popular...
E por fim, Mestre, longe de escolheres um
trono de púrpura a fim de administrares o Reino Divino de que te fizeste
embaixador e ordenador, preferiste o sólido da cruz, de cujos braços duros e
tristes ainda nos envias compassivo olhar, convidando-nos à caridade e à
harmonia, ao entendimento e ao perdão...
Conquistador das almas e governador do mundo,
agora que os teus tutelados afiam as armas para novos duelos sangrentos, neste
século de esplendores e trevas, de renovação e morticínio, de esperanças e
desilusões, ajuda-nos a dobrar a cerviz orgulhosa, diante do teu singelo berço
de palha!...
Mestre da Verdade e do Bem, da Humildade e do
Amor, permite que o astro sublime de teu Natal brilhe, ainda, na noite de
nossas almas e estende-nos caridosas mãos para que nos livremos de velhas
feridas, marchando ao teu encontro na verdadeira senda de redenção.
Irmão X
Irmão X

sábado, 24 de dezembro de 2016
sábado, 24 de dezembro de 2016
sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
Saúde contagiosa
A verdade divina é
simples como a luz incolor – os sistemas humanos são complexos como as luzes
coloridas do prisma. Quanto mais o homem se aproxima de Deus tanto mais se
simplifica de todas as complexidades e complicações, e se retifica de todas as
tortuosidades da vida.
Verdade é que também
o homem extremamente ignorante é simples, mas a sua simplicidade é negativa,
como a simplicidade de um vácuo – ao passo que a simplicidade do iniciado
espiritual é positiva, como a da plenitude. A simplicidade estática da
vacuidade é monótona e mortífera – a simplicidade dinâmica da plenitude é harmônica
e vivificante.
Não há nada mais
“infeccioso” do que uma perfeita saúde e sanidade espiritual – a tal ponto que
chega a ser profilática e imunizadora contra as infecções mórbidas do ambiente
negativo, como acontecia com a pessoa do homem dotado da mais perfeita sanidade
espiritual que o mundo conheceu.
Acontece então que as
almas receptivas são curadas das suas enfermidades – ao passo que as almas
irreceptivas, que resistem à influência salutífera do homem espiritualmente
são, se tornam ainda mais enfermas, acabando por sucumbir à sua moléstia moral,
porque “pecaram contra o espírito santo”, o espírito da sanidade moral...
(Huberto Rohden - Livro:
Profanos e Iniciados)

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
Zen, a Vida de Dogen (Filme)

Filme baseado em fatos reais, ambientado no Japão e na China. Com uma deslumbrante fotografia e poéticos efeitos visuais, retrata a vida do mestre zen budista Dogen Zenji, durante o turbulento período Kamakura. Os pais de Dogen morreram quando ele ainda era muito jovem, e o desejo final de sua mãe era que ele se tornasse um monge e trabalhasse para o bem estar de todos os seres. A experiência de ter perdido seus pais, deu uma visão especial a Dogen para a natureza fugaz da vida e desencadeou a sua busca pela iluminação. Ele viajou para a China e treinou para se tornar um mestre budista, mas quando retornou ao Japão para difundir o que ele aprendera como uma forma nova de budismo, foi recebido com muita resistência e repressão.
terça-feira, 20 de dezembro de 2016
De Graça
O homem espiritual partilhará contigo até o último centavo antes que te exija meio centavo por seus dons espirituais. Nunca e em hipótese alguma pedirá ele prêmio material por seus benefícios espirituais, ainda que aceite com humildade e gratidão o sustento necessário que seus beneficiados lhe ofereçam espontaneamente, para que possa prosseguir na sua luminosa jornada.
Neste particular têm as igrejas cristãs organizadas cometido tristíssima apostasia do espírito de seu divino fundador. Nem há esperança alguma de melhores dias para a humanidade enquanto o sacerdócio ou ministério cristão continuar a ser uma profissão, e não se tornar um jubiloso ideal.
(Huberto Rohden - Livro: Profanos e Iniciados)

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
domingo, 18 de dezembro de 2016
sábado, 17 de dezembro de 2016
sábado, 17 de dezembro de 2016
Colaborar e ascender
"Ordem, harmonia, eis pra onde progride a evolução. Neste sentido, é necessário canalizar as nossas energias, não lançando um contra o outro, os dois pólos de nosso ser - alma e corpo - mas, como já mencionamos, harmonizando-os, para que concordem e colaborem num único objetivo, o da vida, o da ascensão espiritual."

terça-feira, 13 de dezembro de 2016
A Guerra dos Carneiros e das Flores
(Trecho de "O Pequeno Príncipe" de
Antoine de Saint-Exupéry)
Ele olhou-me estupefato:
— Coisas sérias !
Via-me, martelo em punho, dedos sujos de graxa, curvado sobre um feio objeto.
— Tu falas como as pessoas grandes!
Senti um pouco de vergonha. Mas ele acrescentou, implacável:
— Tu confundes todas as coisas ...
— Misturas tudo !
Estava realmente muito irritado. Sacudia ao vento cabelos de ouro:
— Eu conheço um planeta onde há um sujeito vermelho, quase roxo. Nunca cheirou uma flor. Nunca olhou uma estrela. Nunca amou ninguém. Nunca fez outra coisa senão somas. E o dia todo repete como tu: "Eu sou um homem sério! Eu sou um homem sério!" e isso o faz inchar-se de orgulho. Mas ele não é um homem; é um cogumelo!
— Um o quê?
— Um cogumelo!
O principezinho estava agora pálido de cólera.
— Há milhões e milhões de anos que as flores fabricam espinhos. Há milhões e milhões de anos que os carneiros as comem, apesar de tudo. E não será sério procurar compreender por que perdem tanto tempo fabricando espinhos inúteis? Não terá importância a guerra dos carneiros e das flores? Não será mais importante que as contas do tal sujeito? E se eu, por minha vez, conheço uma flor única no mundo, que só existe no meu planeta, e que um belo dia um carneirinho pode liquidar num só golpe, sem avaliar o que faz, - isto não tem importância?!
Corou um pouco, e continuou em seguida:
— Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões e milhões de estrelas, isso basta para que seja feliz quando a contempla. Ele pensa: "Minha flor está lá, nalgum lugar.
" Mas se o carneiro come a flor, é para ele,
bruscamente, como se todas as
estrelas se apagassem! E isto não tem importância!
(Trecho do Audiolivro "O Pequeno Príncipe" de Antoine de Saint-Exupéry.)
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Uma das mais belas metáforas de acontecimentos históricos observáveis no mundo no decorrer do tempo. “Que veja quem tiver olhos de ver”.

domingo, 11 de dezembro de 2016
sexta-feira, 9 de dezembro de 2016
O Orkut e a obsolescência programada
Controlar
e pautar grupos no facebook, é como vender doce para crianças. É bem mais fácil do
que no tipo de plataforma que o Orkut oferecia. Em termos de administração de
comunidades, era sem sombra de dúvidas a melhor, que o digam os donos de
comunidades. E os poderosos sabiam disso...
Muitas políticas e
ideologias eram desnudadas nas comunidades no Orkut. Havia recursos e
ferramentas que facilitavam a interação, pesquisas, buscas avançadas, com um alcance
impressionante. E esse, a meu ver, foi um dos motivos que levou o governo federal a optar
por uma "Obsolescência programada", utilizada em
produtos, ou naquilo que se queira uma “descartalização”. Em outras palavras, o
governo trabalhou com o google para deixar o Orkut não funcional e assim venderem o produto
desejado e parceiro: O facebook.
No facebook bastam 10
perfis de pessoas dispostas para monopolizarem grupos. Diferente de plataformas
como o Orkut (e a VK), em que recursos como: discussões em fóruns, fechar tópicos, pesquisas
avançadas, são possíveis, diminuindo as chances de controle dos MAV's - Militantes de Ambientes Virtuais. E os poderosos sabiam disso...
A plataforma de Mark Zuckerberg é muito boa para propagar
notícias e fofocas rapidamente, mas em termos de troca de ideias, é uma
lástima. Um exemplo, alguém posta algo interessante.
Você começa a trocar ideias, depois tem de sair, e volta horas depois. Quando
já há mais de 1000 postagens. Para você pegar o fio de ariádne novamente, você
busca sua última postagem naquele mural, subindo de 50 em 50 postagens num
processo lento, até encontrá-la — no Orkut era paginada, como na Rede Social VK. Isso
se você não clicar acidentalmente em algum link que te mande para a “terra do nunca”,
sem possibilidade de retorno imediato — tendo que recomeçar tudo de novo! E os poderosos
sabem disso...
Posso
estar equivocado sobre a obsolescência programada no Orkut, mas tenho razões
para acreditar nela¹. E a depender de mim, as pessoas saberão dessa nova Rede Social, onde a troca de ideias é muito mais eficiente do que o
compartilhamento de trivialidades. Tenho
esperança de ver esta comunidade de Brasileiros | VK com 1.000.000 (UM MILHÃO
DE MEMBROS!). Basta isso, para essa Rede Social ficar visível, e atrair meio
mundo de pessoas.
É o que precinto e acredito, por isso farei o que estiver ao meu alcance nessa propaganda voluntária.
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¹Algumas curiosidades:

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