Por Huberto Rohden
No meu livro autobiográfico "Por um Ideal", narrei parte das minhas experiências realizadas com dois grandes médiuns europeus, com Maria Silbert, em Graz, Áustria, e com Rudi Schneider, em Braunau, também na Áustria.
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Nestes últimos anos, porém, voltei a tomar parte em algumas dessas reuniões, a fim de completar o quadro dos meus estudos de Filosofia Univérsica. Nessas nossas reuniões, vi confirmado o que eu já sabia de tempos antigos, através dos meus estudos na Europa.
Da. Yolanda nos servia de ponte ou intermediária entre a zona material e imaterial do cosmos. Em nossas reuniões costumava aparecer invariavelmente a dançarina espanhola Dolores, pondo as mãozinhas e um perfumoso lencinho de gaze no rosto dos presentes e segredar-lhes aos ouvidos palavras de simpatia: "Me gusta usted", "buenas noches", etc. Numa dessas noites, pedi-lhe que me emprestasse o seu lencinho perfumado, a que se negou, até, por fim, permitir que eu o levasse comigo a São Paulo, até a próxima reunião. Guardei-o em casa por mais de um mês, pensando que ela tivesse esquecido o empréstimo. Qual nada! Na próxima reunião, no Rio, Dolores não me desse por achado, mo tirou do bolso à força. Se o cérebro material fosse o órgão do pensamento e da memória, como pensam os materialistas, como poderiam essas entidades pensar e lembrar-se, quando eles não têm vestígio de cérebro material?
Certa vez, pedi a Dolores que me buscasse, como prova da sua presença real, um botão de rosa; ela hesitou por uns momentos; mas, em breve, me entregou dois botões, de tamanho diferente, que levei para casa. Colheu-os, certamente, no jardim da casa do nosso amigo onde estávamos, mas ninguém compreende por onde os tenha introduzido, quando todas as portas estavam fechadas, e as chaves conosco. Nem janela aberta havia. Desmaterialização e rematerialização? Em teoria, sabemos que "matéria é energia congelada", mas ignoramos como o congelado se descongela e se recongela.
(Livro: Luzes e Sombras da Alvorada, Cap. Mensagens de Outros Mundos)